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Congresso em Foco
11/7/2005 19:40
Edson Sardinha |
Na seqüência, aparecem os projetos da Parceria Público-Privada (PPP), da Biossegurança, do Gerenciamento de Recursos Hídricos e da nova Lei de Falências. Apenas o primeiro, já aprovado pela Câmara, tem o aval do empresariado industrial tal como está. As demais proposições têm o apoio dos industriais, mas com ressalvas. A agenda da indústria, antecipada pelo Congresso em Foco há três semanas, é resultado de um trabalho que envolve mais de 20 profissionais da Coordenação de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) (leia mais). Segundo o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), o setor projeta um crescimento econômico de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2004. "Tem de haver estabilidade de regras para que o investimento possa fluir, sobretudo em áreas críticas, como infraestrutura, em que os investimentos são de longa maturação", disse Monteiro. Regulação Para atingir a meta, os industriais apostam suas fichas na definição de um marco regulatório claro e na flexibilização das leis trabalhistas. "Em todo o mundo a legislação do trabalho está migrando de lei para contrato. É preciso criar um modelo minimamente flexível para retomarmos o crescimento econômico do país", afirmou.
Veja quais são as propostas que os empresários querem ver aprovadas o mais rápido possível no Congresso: Na Câmara - PEC 228/04 (Reforma Tributária) A emenda paralela da reforma tributária contém cerca de 120 dispositivos introduzidos ou alterados pelo Senado no ano passado e que, por isso, serão apreciados pela Câmara. Entre as modificações estão a introdução da possibilidade da não-incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre gêneros alimentícios de primeira necessidade e a definição de que o ICMS será cobrado no destino nas operações com energia elétrica e petróleo. O setor industrial defende ainda a introdução de um mecanismo que permita ao setor privado se defender dos estados na cobrança das obrigações tributárias. - PEC 227/04 (Reforma Previdenciária) A emenda paralela da reforma previdenciária afeta indiretamente a indústria, segundo a CNI. A entidade defende maior aproximação entre os regimes geral (dos trabalhadores do setor privado) e jurídico único (dos servidores públicos) como forma de reduzir o déficit da Previdência, cuja conta estaria sendo repassada para as empresas. A proposta de emenda restabelece a paridade entre os inativos e os servidores da ativa, desde que o aposentado tenha 20 anos de serviço público, dez anos na carreira ou cinco no mesmo cargo. Permite ainda a adoção de alíquotas menores de contribuição ao INSS para os trabalhadores sem vínculo empregatício. Institui ainda regra de transição para o funcionário público que completar o tempo de serviço antes da idade mínima, antecipando a aposentadoria em um ano para cada ano excedente trabalhado.
- PL 2546/03 (Parceria Público-Privada) O projeto que institui as parcerias público-privadas é uma estratégia do governo para contornar a falta de recursos para investimentos nas áreas de segurança pública, habitação, saneamento básico e infra-estrutura viária ou elétrica. De acordo com a proposta, o setor privado vai arcar com o financiamento total de uma obra e, só depois de concluída, começará a receber pelo investimento realizado. - PLC 71/03 (Lei de Falências) Um dos projetos que mais despertam a atenção do empresariado industrial, ele regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência de devedores pessoas físicas e jurídicas que exerçam atividade econômica regida pelas leis comerciais. O relator da proposta na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Ramez Tebet (PMDB-MS), já anunciou que vai mudar o projeto aprovado pelos deputados na parte que permite a interpretação de que os credores financeiros das empresas falidas poderão receber seus pagamentos antes dos trabalhadores. A prevalência dos créditos com bancos sobre os trabalhistas é o ponto mais polêmico da proposta, que tramita há mais de dez anos no Congresso e é considerada pelo governo fundamental para a redução do spread bancário - a taxa de lucros dos bancos ao conceder os empréstimos. Os industriais não estão satisfeitos com a atual redação, tampouco com a sugestão do senador peemedebista. Entre os pontos defendidos por eles estão a efetiva participação da Fazenda Pública no processo de recuperação, com a sua inclusão em uma das classes da assembléia de credores, e a regulação da responsabilidade dos sucessores nos débitos trabalhistas. Os industriais também querem eliminar o risco de restituição de bens e valores na recuperação, impedir a utilização do pedido de falência como ação de cobrança, definir os sujeitos passivos da falência e da recuperação e redefinir a exigência das multas ambientais na recuperação judicial. Ainda não encaminhada ao Congresso - Reformulação das Agências Reguladoras O Executivo está elaborando dois projetos de lei que mudam as regras sobre gestão, organização e controle social das agências. Os projetos vão garantir aos ministérios o poder de formular as políticas do setor e às agências o papel de outorgar, fiscalizar e regular. O governo defende a reestruturação das agências sob três aspectos regulatórios: econômico, social e administrativo. O empresariado teme que o governo afugente os investidores ao criar tentáculos políticos nas agências. Eles defendem a permanência das agências longe do controle do Estado. |
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