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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Tom Barros
6/6/2018 15:51
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Explicar francamente as consequências prováveis de cada ação ou política é difícil. Falar a verdade e dar notícias ruins é difícil. Tomar decisões que contemplem política e materialmente os mais pobres e deseducados, de forma sustentável, retirando-os dessa condição, é difícil. Resistir ao canto da sereia populista é muito difícil. Mas não é fácil liderar. Requer, antes de outras coisas, a fortaleza de ser intelectualmente honesto, em um meio que "premia" o comportamento oposto.
No começo de 2017, dava boas-vindas a 2018. O ano era outro, mas já vivíamos nesse, de agora. A polarização exacerbada dominava a conjuntura, todos os temas e ambientes de discussão. Nessa atmosfera sufocante, a irracionalidade da defesa ideológica cega e do culto personalista começava a mostrar nossa antes velada preferência por salvadores da pátria. A classe média brasileira parou de se envergonhar, e nas suas fronteiras com pobres e ricos, passou a reproduzir esse cansaço de se ver pouco representada.
Bolsonaros e Ciros despontam triunfais como porta-estandartes dessa narrativa. Exuberantes, talvez se lembrem que não são de forma alguma outsiders da política. Indiferente à carência reinante no cenário político nacional, outubro se aproxima com velocidade assustadora. Como será possível comunicar esse fato e acolher nossas camadas mais populares no processo político em tão pouco tempo, sem que ela resolva manifestar seu inconformismo por meio de alguma expressão eleitoral autoritária?
Não haverá solução imediata. Essa é uma missão para alguns anos e que dependerá fortemente de como passarmos a exigir do Estado a melhoria da nossa educação. Não é preciso citar os ganhos advindos de um maior equilíbrio de oportunidades entre ricos e pobres e do aumento da produtividade da nossa economia. A consolidação da nossa democracia depende da qualidade da formação do elemento humano brasileiro.
É por isso que campanhas como a #EducaçãoJá, coordenada pelo Todos pela Educação, são tão necessárias e urgentes. Colocar no lugar de soluções fáceis o planejamento e investimento nas gerações futuras pode nos fazer de fato uma nação que não dependa de "iluminados". É uma boa ideia, pois eles não vacilam ao disputar o poder a qualquer preço, mesmo que isso nos encerre nas trevas da civilização.
***
No artigo da semana que vem, o preconceito das elites e o reforço indesejado do populismo.
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Explicar francamente as consequências prováveis de cada ação ou política é difícil. Falar a verdade e dar notícias ruins é difícil. Tomar decisões que contemplem política e materialmente os mais pobres e deseducados, de forma sustentável, retirando-os dessa condição, é difícil. Resistir ao canto da sereia populista é muito difícil. Mas não é fácil liderar. Requer, antes de outras coisas, a fortaleza de ser intelectualmente honesto, em um meio que "premia" o comportamento oposto.
No começo de 2017, dava boas-vindas a 2018. O ano era outro, mas já vivíamos nesse, de agora. A polarização exacerbada dominava a conjuntura, todos os temas e ambientes de discussão. Nessa atmosfera sufocante, a irracionalidade da defesa ideológica cega e do culto personalista começava a mostrar nossa antes velada preferência por salvadores da pátria. A classe média brasileira parou de se envergonhar, e nas suas fronteiras com pobres e ricos, passou a reproduzir esse cansaço de se ver pouco representada.
Bolsonaros e Ciros despontam triunfais como porta-estandartes dessa narrativa. Exuberantes, talvez se lembrem que não são de forma alguma outsiders da política. Indiferente à carência reinante no cenário político nacional, outubro se aproxima com velocidade assustadora. Como será possível comunicar esse fato e acolher nossas camadas mais populares no processo político em tão pouco tempo, sem que ela resolva manifestar seu inconformismo por meio de alguma expressão eleitoral autoritária?
Não haverá solução imediata. Essa é uma missão para alguns anos e que dependerá fortemente de como passarmos a exigir do Estado a melhoria da nossa educação. Não é preciso citar os ganhos advindos de um maior equilíbrio de oportunidades entre ricos e pobres e do aumento da produtividade da nossa economia. A consolidação da nossa democracia depende da qualidade da formação do elemento humano brasileiro.
É por isso que campanhas como a #EducaçãoJá, coordenada pelo Todos pela Educação, são tão necessárias e urgentes. Colocar no lugar de soluções fáceis o planejamento e investimento nas gerações futuras pode nos fazer de fato uma nação que não dependa de "iluminados". É uma boa ideia, pois eles não vacilam ao disputar o poder a qualquer preço, mesmo que isso nos encerre nas trevas da civilização.
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No artigo da semana que vem, o preconceito das elites e o reforço indesejado do populismo.SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas