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CPI dos atos golpistas

CPI dos atos golpistas vai apurar responsabilidade do Exército no 8 de janeiro

Após ouvir policial que acompanhou retirada de golpistas, deputados distritais desconfiam de interesse do Exército em obstruir operação.

Congresso em Foco

Autoria e responsabilidade de Lucas Neiva

16/3/2023 | Atualizado às 17:24

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Após ouvir policial que acompanhou retirada de golpistas, deputados distritais desconfiam de interesse do Exército em obstruir operação. Foto: Lucas Neiva/Congresso em Foco

Após ouvir policial que acompanhou retirada de golpistas, deputados distritais desconfiam de interesse do Exército em obstruir operação. Foto: Lucas Neiva/Congresso em Foco
Nesta quinta-feira (16), a CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que investiga os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro recebeu o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-diretor de operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), para prestar depoimento sobre a atuação da corporação no enfrentamento dos ataques. Ao ouvir indícios de cumplicidade de militares do Exército, a Mesa Diretora do colegiado decidiu que deveria investigar a atuação da cúpula da força terrestre. Naime foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a falta de planejamento na ação policial encarregada de acompanhar os manifestantes na manhã do dia 8. O colegiado suspeitava de uma disputa de poder dentro da PMDF, em que Naime teria negligenciado o plano operacional para atingir a reputação de seu comandante, coronel Fábio Augusto, e assumir seu lugar. No depoimento, porém, a CPI descobriu que Naime não estava escalado para a operação, e que ele e Fábio Augusto eram aliados próximos no Estado-Maior da corporação.

Depoimento de Naime

A narrativa oferecida por Naime, porém, chamou a atenção dos diretores ao narrar a cronologia dos acontecimentos que sucederam imediatamente a desocupação das sedes dos três poderes. Iniciada a intervenção federal que instituiu Ricardo Cappelli como secretário interino de segurança do DF, a PMDF recebeu o reforço de um pelotão da Força Nacional de Segurança para prender os golpistas, que fugiam para o acampamento. As duas forças adotaram uma estratégia chamada "foice e bigorna", que consistia em um grupo maior de policiais pressionar a massa de manifestantes em uma direção, enquanto outro grupo menor avançava com viaturas para se instalar na rota de fuga, onde poderiam prender os fugitivos. Essa posição avançada era próxima à entrada do Setor Militar Urbano (SMU), onde se encontrava o acampamento que deu origem aos atos golpistas. Naime conta que seus policiais enfrentaram resistência do Exército logo ao se aproximar SMU, tendo sido recebidos por um tenente que tentou impedir a entrada das viaturas. Mesmo conseguindo posicionar sua tropa no local planejado, o Exército mobilizou sua tropa na entrada do setor militar, bloqueando definitivamente a entrada das forças de segurança. A PMDF planejava desmobilizar o acampamento na mesma noite, mas a operação precisou ser adiada por pressão do Exército após uma negociação intensa entre seus comandantes e representantes do governo federal, incluindo Cappelli. Confira a fala do coronel:  

"O Exército foi conivente"

Ao ouvir o depoimento de Naime, o relator da CPI, deputado distrital Hermeto (MDB), manifestou a necessidade de investigar as intenções dos militares envolvidos na resistência aos policiais, e foi orientado imediatamente pelo presidente Chico Vigilante (PT) a elaborar o requerimento de convocação. Hermeto reforçou sua posição após a reunião. De acordo com o relator, "o Exército foi conivente" com os golpistas, e essa suposta conivência requer esclarecimentos do até então comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra. "É extremamente importante ouvir esse general. O que ia acontecer na desmobilização do acampamento seria um confronto entre o Exército e a PMDF. Ficou claro isso", disse ao Congresso em Foco. O deputado ainda lembra que, no dia, o general tentou intimidar o relator Ricardo Cappelli, afirmando possuir uma tropa mais numerosa. "Ele tentou impedir o trabalho da Polícia Militar dando 'chave de estrela' [intimidação por meio do posto]. Isso precisa ser apurado, não tenho dúvida nenhuma", declarou. Os diretores da CPI buscam agora verificar se é juridicamente permitido fazer a convocação do general, que foi exonerado de seu posto mas segue dentro da força. O deputado Fábio Félix (Psol), titular e um dos idealizadores da CPI, também defendeu a convocação do general. "Precisamos abrir o caminho de ouvir autoridades do Exército. Na dimensão do planejamento, existem planejadores e incentivadores com relação direta com as forças armadas". Ele também é a favor de preservar a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, cujo requerimento a deputada Paula Belmonte (Cidadania) busca transformar em convite, desobrigando sua convocação.
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