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Congresso em Foco
14/7/2005 1:02
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Última mulher a liderar um partido no Congresso Nacional, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) atribui o crescimento da participação feminina no Executivo à criação, pelo governo Lula, de secretarias voltadas para a formulação de políticas públicas específicas para segmentos historicamente discriminados. "Essa sinalização obviamente replica no comportamento do governo e da ocupação do espaço pelos funcionários públicos", argumenta a ex-líder do PT no Senado. Mesmo assim, Ideli considera que o Estado ainda é muito conservador. "Esse Brasil é muito machista", critica, ao cutucar, logo em seguida, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O preconceito está tão embutido que as coisas se manifestam até na brincadeira", completa a senadora, referindo-se à piada feita por Lula no último dia 8. Durante comemorações do Dia Internacional da Mulher, no Rio Grande do Norte, o presidente pediu às mulheres que fossem "devagar com essa pressa de poder" e que não começassem a "pensar logo na Presidência da República". O governo Lula pretende recriar, em outros moldes, um programa instituído no governo Fernando Henrique de capacitação de funcionárias públicas para atuarem como chefes. Instituído em 1999, o projeto Mulheres Gerentes no Serviço Público pretendia estimular a ascensão profissional das mulheres no serviço público. Funcionou até 2001 na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), onde cerca de 300 mulheres de vários estados brasileiros se formaram. Agora, a Presidência da República, com a Casa Civil à frente, quer relançá-lo com o nome de Programa Mulher Gerente (PMG), possivelmente em maio. Com quatro módulos, num total de 160 horas de aula, o curso deve reforçar questões relativas a raça e gênero no orçamento, e as necessidades e competências das mulheres à frente de postos de alta hierarquia. O curso deverá ter duração de quatro meses e, mais uma vez, se negocia e viabilidade de a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) ministrá-lo. "Há uma questão de se fazer o programa para que os homens comecem a compreender as diferenças deles para as mulheres, passando aceitá-las como chefes no trabalho", afirma Maria Laura Sales Pinheiro, secretária-adjunta da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que participa das negociações. |
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