Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Governo não gastou um centavo em 17 ações orçamentárias

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Governo não gastou um centavo em 17 ações orçamentárias

Congresso em Foco

17/8/2015 | Atualizado 18/8/2015 às 9:08

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_205311" align="alignleft" width="285" caption="Verba para construção de delegacias e presídios continua represada, apesar de caos no sistema penitenciário"][fotografo]Gláucio Dettmar/CNJ[/fotografo][/caption]No oitavo mês do ano, o governo federal ainda não liberou um centavo sequer do R$ 1 bilhão previsto no orçamento da União para 17 ações nas áreas de educação básica, saúde e segurança pública. Desse total, apenas R$ 23 milhões (2,2% do orçamento previsto) foram empenhados (reservados para execução futura). Nenhum pagamento, porém, foi feito até agora. A quatro meses do fim do ano, a verba segue zerada para iniciativas de interesse popular como assistência à saúde de populações ribeirinhas, educação infantil e construção de delegacias e penitenciárias. Essas ações estão previstas no orçamento de quatro ministérios: Saúde, Educação, Justiça e Desenvolvimento Social (MDS). Os dados são de levantamento feito pelo Congresso em Foco no Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento público, até 31 de julho deste ano. A falta de execução orçamentária nessas áreas, até o momento, contraria o discurso do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ao anunciar o bloqueio de R$ 69,9 bilhões do orçamento, em maio, Levy disse que todos os setores do governo seriam atingidos, mas que ações da saúde, da educação e do desenvolvimento social seriam preservadas. Ajuste fiscal Há três semanas, o ministro anunciou novo corte de R$ 8,6 bilhões nas chamadas despesas discricionárias, aquelas cuja execução não é obrigatória. A tesoura atingiu, em cheio, as duas pastas com maior aporte orçamentário: a Saúde e a Educação. A primeira teve um bloqueio adicional de R$ 1,7 bilhão (3,5% do total autorizado) e a segunda, de R$ 1,16 bilhão (2% do previsto na lei orçamentária). Sete das 17 ações com execução orçamentária zerada até o momento estão vinculadas à Saúde. "Não há a menor dúvida de que o ajuste fiscal está comprometendo a realização de investimentos e programas sociais. O ideal é que reduzíssemos despesas administrativas e fizéssemos ajustes na qualidade do gasto público", avalia Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas, organização não-governamental que fiscaliza os gastos públicos. Mas o levantamento mostra que o governo não tem repassado a essas ações nem mesmo verbas represadas do orçamento de anos anteriores, os chamados restos a pagar - antes, portanto, ao ajuste fiscal. Apenas R$ 12,9 milhões (12,3%) dos R$ 105,2 milhões autorizados para essas iniciativas haviam sido empenhados até julho. Confira as 17 ações aqui. Educação e saúde Na área da educação, há três ações com execução orçamentária zerada. Uma delas, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, previa o repasse de R$ 642,7 milhões para a educação básica. Nada saiu do orçamento. Pior: nenhum real foi reservado até agora. Outros R$ 67 milhões estão presos no Ministério da Educação. O montante está previsto para ser gasto em duas rubricas referentes à manutenção da educação infantil e à promoção dos direitos humanos. Cinco ações do governo federal para aperfeiçoar o Sistema Único de Saúde (SUS), no valor de R$ 38,2 milhões, também seguem zeradas. As iniciativas preveem de construção de unidades da Vigilância Sanitária em portos e aeroportos a atenção à saúde das populações ribeirinhas. Segurança pública País com a quarta maior população carcerária do mundo, com cerca de 607 mil detentos, o Brasil enfrenta denúncias de violação aos direitos humanos por causa das péssimas condições de seu sistema penitenciário. Passados sete meses do ano, nenhum real foi executado dos R$ 189,9 milhões previstos para serem gastos na área. Nove ações zeradas estão sob a responsabilidade do Ministério da Justiça e fazem parte do programa "Segurança Pública com Cidadania". Juntas, elas somam orçamento de 301,5 milhões. Os projetos vão de construção de delegacias a modernização de fronteiras e sistemas penitenciários. Nada foi gasto. A versão dos ministérios O Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que os pagamentos da ação de apoio à educação infantil costumam ser realizados no final do segundo semestre. "É importante ressaltar que, dos R$ 1,4 bilhão transferido nos últimos três anos, havia um saldo de R$ 665 milhões, no final de junho, nas contas das prefeituras, sem aplicação na manutenção de creches", disse por meio de nota. No ano passado, porém, o ministério não concentrou os pagamentos ao fim do ano. Até junho de 2014, o MDS liberou R$ 150,3 milhões para a mesma iniciativa. Em resposta ao Congresso em Foco, o MEC atribuiu a demora no início da execução orçamentária em algumas de suas ações ao atraso na sanção da Lei Orçamentária Anual. "Temos a esclarecer que, em 2014, a sanção da Lei Orçamentária Anual foi realizada em janeiro (Lei nº 12.952), permitindo a execução de sua programação integral desde o inicio do ano. Já em 2015 a Lei Orçamentária Anual (Lei Nº 13.115) só foi sancionada em 20/04/2015.  Dessa forma,  empenhos e pagamentos dos crédito consignados no projeto de lei orçamentária anual (PL nº 13/2014) ficaram restritos ao estabelecido no artigo 53 da Lei  de Diretrizes Orçamentárias - LDO 2015 (Lei nº 13.080, de  2 de janeiro de  2015),  a qual estabelece que a execução provisória projeto de lei orçamentária, até a sanção da lei orçamentária, fica restrita às despesas urgentes de caráter inadiável", diz a nota. Já o Ministério da Saúde informou que suas cinco ações orçamentárias zeradas seguem o rito necessário para a liberação de recursos. Segundo a pasta, são iniciativas que estão em andamento e aguardam, por exemplo, a apresentação de documentos, conclusão de projetos, processos administrativos ou preparatórios, bem como a liberação de emendas parlamentares. O órgão ainda acrescentou que esses recursos, assim como os demais previstos no orçamento do poder Executivo, têm até dezembro para serem empenhados. O Ministério da Justiça não respondeu aos questionamentos do Congresso em Foco até a publicação desta reportagem. Confira aqui a íntegra das respostas dos ministérios. Mais informações sobre orçamento
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures Saúde Segurança Pública MEC educação orçamento economia SUS segurança contingenciamento Ministério da Saúde MDS Ministério da Educação Joaquim Levy Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome corte orçamentário Levy restos a pagar empenhos empenhado valor empenhado valor pago total pago aporte orçamentário

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

Economia

Investimento em infraestrutura deve crescer 4,2% em 2025, diz CNI

Crédito aprovado

Comissão de Orçamento aprova crédito de R$ 816,6 mi para o FDNE

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES