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Congresso em Foco
8/5/2016 | Atualizado às 14:33
[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]Em enredo inicial para firmar delação premiada na Operação Lava Jato, o herdeiro e ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, relatou a investigadores que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Luciano Coutinho, encarregavam-se de pedir doações para a campanha eleitoral que reelegeu a presidente Dilma Rousseff, em 2014. Preso desde junho de 2015 no Paraná, base da Lava Jato nos inquéritos de primeira instância, Marcelo disse que Mantega e Coutinho dividiam a função de obter compromisso de doação junto a empresários contemplados com financiamentos do BNDES para realização de projetos no exterior.
Com os relatos, Marcelo pretende conseguir benefícios por ter colaborado com as investigações, como progressão de regime prisional e redução de pena. Ele foi condenado a 19 anos e quatro meses de detenção em regime fechado, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Mas a delação premiada ainda não foi aceita pelo Ministério Público Federal, que considera ainda insatisfatório o conjunto de informações do empreiteiro - os investigadores querem, por exemplo, que Marcelo detalhe o esquema de financiamentos do BNDES para empresas brasileiras com projetos no exterior.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo publicadas neste domingo (8), a força-tarefa da Lava Jato tem elementos para acreditar que Marcelo Odebrecht vai contribuir com informações nesse sentido. A reportagem lembra que o ex-presidente Lula defendia, no exterior, interesses de empresas brasileiras na disputa de projetos e empreendimentos na África e na América Latina.
Ainda segundo o jornal, em 2007, a partir do segundo mandato do governo Lula, houve um aumento no volume de obras financiadas pelo BNDES e tocadas pela Odebrecht fora do Brasil: entre 1998 e 2006, a média anual de financiamento para obras da empresa no exterior era de US$ 166 milhões; de 2007 a 2014, o valor chegou a US$ 1 bilhão.
"Por meio da delação de executivos da Andrade Gutierrez, os investigadores da Lava Jato já sabem que o PT cobrava propina de 1% de empréstimos concedidos pelo BNDES para financiar obras fora do país. A empresa, porém, isentou o banco de participar de um esquema de corrupção. Coutinho e Mantega nega qualquer conversa sobre doações de campanha", registra trecho da reportagem.
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