Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Coragem para mudar

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Coragem para mudar

Congresso em Foco

7/5/2016 18:43

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Mais que de transição, é de emergência o futuro governo de Michel Temer. Herdará um país em frangalhos, com tudo por fazer e refazer: na economia, na política e na autoestima do Brasil. Não há tempo a perder e não há espaço para errar. O país já esperou, sofreu e errou demais. A força capaz de nutri-lo - e é essencial que não se perca isso de vista - não virá das cúpulas partidárias, nem dos arranjos, por mais engenhosos, de bastidores ou do atendimento a interesses corporativos. Virá das ruas, da fonte e origem de todo esse processo, que levou ao fim a Era PT. É essa a peculiaridade deste momento histórico: não foram os partidos que moveram a população, mas o contrário. Foi o clamor das multidões que levou os partidos a agir. Temer, embora detentor de prestígio no campo jurídico e de densa bagagem política, chega ao poder sem o lastro de uma eleição nele focada. Foi eleito como vice; teve, portanto, votos, mas por tabela. Terá de compensar buscando interpretar as multidões que apearam a presidente. Tancredo Neves viveu, em outra circunstância, essa realidade. Capitalizou a frustração das Diretas-já e arrastou ao colégio eleitoral a expectativa popular. Itamar Franco fez o mesmo: governou para a sociedade e não para os partidos. Esse gesto deu-lhe a força moral de que carecia para cumprir a missão. Cabe ao futuro presidente dar sinais claros de que não fará dessa ocasião singular mera reprodução do modelo que acaba de ruir. Não pode fazer do Estado e de seus cargos moeda de troca política, buscando nessa prática, variante do mensalão, a fonte da governabilidade. Não funciona, como constatou tardiamente a presidente Dilma Rousseff. Deve, isto sim, pautar-se em dois exemplos que nos vêm da Argentina: o presidente Maurício Macri e o Papa Francisco. O primeiro enfrenta, sem hesitar, o populismo institucional dos Kirchner, adotando medidas amargas, corajosas e necessárias à reconstrução do país; o segundo, ciente da eficácia e da força do exemplo - e a política move-se também em torno de símbolos -, abdicou de luxos pessoais e adotou hábitos simples, que o identificam com a realidade sofrida em que vive o povo. E o que querem os milhões que foram às ruas? Um Estado mais eficiente e enxuto, mais transparente. Um Estado em que a sociedade se veja refletida. Deve, portanto, cortar mordomias, a começar pelas de seu próprio cargo. Menos promessas e mais ação - eis, em síntese, a receita. Nada de comitivas gigantescas em viagens ao exterior ou de cargos inúteis em profusão; trocar o caríssimo Airbus por um jato da Embraer. Numa palavra, aproximar-se do povo, reduzir o abismo que o separa dos governantes; munir-se de autoridade moral para pedir sacrifícios a uma sociedade que já contabiliza mais de 11 milhões de desempregados. Os primeiros sinais não são alentadores. Temer, ao que parece, recuou do anúncio de que cortaria à metade os ministérios - e já discute com os partidos o seu loteamento. Repete aí o PT. São hoje 32 ministérios. Oscar Niemeyer projetou a Esplanada dos Ministérios com 17 prédios; Juscelino, que a inaugurou, governou com 12 ministros. E há ainda os milhares de cargos em comissão, criados não para atender o público, mas à militância. É preciso sinalizar desde o início que se inaugura de fato uma nova etapa, com mudança radical de rumo. Para tanto, é preciso coragem, ousadia. Temer precisa deixar claro que não postula reeleição, que fala para a História e não para os partidos. Coragem, presidente. Se a demonstrar, terá o povo a seu lado - e tendo-o, nada será capaz de ameaçá-lo. Mais sobre impeachment Mais sobre crise na base
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

impeachment PT Dilma Rousseff Oscar Niemeyer pmdb Ronaldo Caiado populismo Michel Temer governo dilma Cristina Kirchner Nestor Kirchner papa francisco Juscelino Kubitschek Tancredo Neves o brasil nas ruas Embraer crise política Mauricio Macri Governo Temer Airbus

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Eleições partidárias

Edinho Silva é eleito o novo presidente nacional do PT

Eleições no partido

Eleições do PT seguem indefinidas com impasse em Minas Gerais

Eleições partidárias

PT elege novo presidente do partido neste domingo

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Negociação

Tarcísio pediu ao STF aval para Bolsonaro viajar e negociar com Trump

2

EUA

Em live, Eduardo Bolsonaro incentiva empresários a investir nos EUA

3

RELAÇÕES EXTERIORES

Lula publica artigo pelo multilateralismo em 9 jornais internacionais

4

CARTA ABERTA

Michelle lê carta direcionada a Lula e pede para "baixar as armas"

5

EMENDAS PARLAMENTARES

Deputados do Psol e do Novo ficam no final da fila de emendas

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES