Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Orlando Silva culpa imprensa por "escândalo" no Pan

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Orlando Silva culpa imprensa por "escândalo" no Pan

Congresso em Foco

14/10/2009 14:40

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Mário Coelho

O ministro do Esporte, Orlando Silva, ignorou hoje (14) as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e disse que não houve qualquer "escândalo" no uso do dinheiro público na realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. O ministro atribuiu à imprensa a responsabilidade pelo rótulo negativo que as obras dos jogos ganharam. "Não necessariamente o título e a manchete correspondem aos fatos", disse Orlando.

Com orçamento inicial de aproximadamente R$ 400 milhões, os jogos custaram aos cofres públicos aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Dois anos após o encerramento do Pan-Americano, o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda não terminou de fiscalizar o uso de dinheiro público para o evento. Segundo reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense, as suspeitas de irregularidades levantadas pelo tribunal resultaram na abertura de 35 processos.

Durante audiência conjunta de três comissões da Câmara (Fiscalização Financeira e Controle; Turismo e Desporto, e Desenvolvimento Urbano) -, Orlando Silva disse que o TCU ainda não terminou a análise. O ministro se mostrou otimista quanto à aprovação das contas. "O relatório final vai mostrar que não houve irregularidades no Pan", disse.

Apesar de não ter encerrado as análises, o TCU já tomou duas decisões concretas. O tribunal encontrou falhas na implantação de infraestrutura de natureza temporária e locação de equipamentos para a construção das instalações na Vila Pan-Americana. Também foi apontado superfaturamento dos serviços que envolviam a prestação de serviços de hotelaria temporária na Vila Pan-Americana.

Os dois casos envolvem o secretário de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser. Um dos "homens fortes" na estrutura do PCdoB - mesmo partido do ministro Orlando Silva -, ele representou a pasta na organização do Pan. Leyser, que também está na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, foi condenado pelo TCU a devolver, junto com outras sete pessoas, cerca de R$ 18 milhões aos cofres públicos. Mas ainda cabe recurso contra a decisão.

No fim da audiência pública, Orlando justificou o grande aporte financeiro pelo governo federal no Pan por conta de "ruídos e dificuldades de diálogos" entre as esferas de poder. "O governo federal interveio para não prejudicar a imagem do país. Foi preciso socorrer a organização do Pan para não expor o Brasil ao ridículo", afirmou.

Preocupação

Em entrevista aos jornalistas após a audiência, Orlando Silva disse que a maior preocupação com as obras da Copa do Mundo não está em sua pasta. Para ele, o tempo é pequeno e é preciso agilidade para construir e reformar os aeroportos brasileiros.

"Já conversamos com a Infraero [estatal que administra os aeroportos] para agilizar as obras", disse. Segundo o ministro, existem R$ 2,5 bilhões autorizados e previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a estrutura aeroportuária.

Na semana passada, o Congresso em Foco mostrou que o cronograma das obras da Copa, estabelecido pela Fifa, entidade internacional que rege o futebol mundialmente, está atrasado. As licitações deveriam ter sido abertas em agosto, com conclusão prevista para dezembro. O início das obras deveria ter ocorrido em fevereiro.

"Há um limite de responsabilidade e de interferência quanto a atrasos no cronograma. Prefiro confiar que os estados e os municípios vão cumprir o acordo que firmaram com a Fifa", disse Orlando Silva. O ministro afirmou que todas as obras estarão em andamento até 1º de março de 2010.

"Continuo com muitas dúvidas", disse o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), presidente da CFFC. Ele lembrou que, tirando linhas de crédito abertas pelo BNDES e algumas obras previstas no PAC, ninguém sabe quanto o país vai gastar nas obras para receber o maior evento do futebol mundial. "Para piorar, os financiamentos colocados são insuficientes, são ofertas que não possuem demanda", disparou.

Projetos

Não há, até o momento, nenhuma proposta do governo federal relacionada à organização da Copa do mundo. Os dois primeiros projetos devem chegar até o fim do ano. Uma das matérias será a lei geral para o evento. O governo criticou um anteprojeto de lei sugerido pela Fifa. Está fazendo alterações na proposta e deve concluí-la até o fim do ano. "São temas de baixa complexidade, que representam garantias aos turistas e profissionais que virão assistir a Copa", afirmou.

O outro projeto trata de isenções tributárias para os agentes envolvidos diretamente com a Copa. O ministro exlicou que a proposta está sendo pautada pelas experiências recentes de realização do evento, principalmente na Alemanha, no Japão, na Coreia e na França. "Fizemos um estudo comparado entre as isenções tributárias e queremos adotar algo semelhante ao modelo já existente", disse.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Damares é condenada a indenizar professora por vídeo postado em redes sociais

Senado

Governo deve perder controle de quatro comissões no Senado

LEI DA FICHA LIMPA

Bolsonaristas articulam mudança na Ficha Limpa para tornar Bolsonaro elegível

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SENADO

Na mira de Alcolumbre: dois indicados podem ser recusados em sabatinas

2

EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL

Deputado pede prisão de Hytalo Santos após denúncia de Felca

3

Tarifaço

Motta critica Eduardo Bolsonaro: "Nem os seus apoiadores concordam"

4

REAÇÃO NA CÂMARA

Vídeo de Felca gera mais de 30 projetos sobre adultização de crianças

5

Tributação Financeira

Haddad debate nova tributação de fundos e ativos virtuais no Senado

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES