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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
14/3/2014 | Atualizado às 21:36
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No dia em que se completou meio século do discurso histórico que acelerou o golpe militar de 1964, três senadores reapresentaram, em conjunto, duas propostas que faziam parte das chamadas reformas de base que o então presidente João Goulart pretendia implantar no Brasil. Em 13 de março de 1964, Jango discursou para 200 mil pessoas na Central do Brasil, no Rio. Durante uma hora, ele defendeu a implantação de uma série de medidas e reformas de caráter nacionalista. Ontem (13 de março de 2014), exatamente 50 anos depois, os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentaram uma proposta de reforma agrária e outra de retomada da definição de empresa de capital nacional nos moldes defendidos pelo ex-presidente. Ele foi deposto pelo golpe militar em 31 de março de 1964 - menos de 20 dias depois do famoso discurso que provocou a reação de segmentos da sociedade, como empresários, industriais e grandes fazendeiros.
Veja a íntegra do discurso de Jango
Para os três senadores, as propostas de Jango, como era mais conhecido, continuam atuais. Promover o debate sobre essas reformas e aprová-las seriam uma reparação histórica e a melhor forma de homenagear o ex-presidente, defendem. Na primeira proposta, Requião, Simon e Cristovam retomam a ideia de João Goulart de desapropriar as margens improdutivas de ferrovias e rodovias para instalar, no lugar, agricultores familiares, voltados à produção de alimentos. Já o segundo projeto recupera a definição de empresa nacional, alterada em 1995 pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
"Cinquenta anos depois, as reformas de base lançadas por Jango no comício da Central ainda são um programa revolucionário de governo. E tal qual meio século atrás, continuam necessárias e urgentes,para que o país se desenvolva, torne-se menos desigual e firme sua independência", disse Roberto Requião, responsável pela iniciativa, que também tem o apoio de Simon e Cristovam. Ontem, no plenário, os dois peemedebistas provocaram os demais senadores a levar adiante o debate sobre as propostas do ex-presidente. "Vamos ver o que pensa o PT sobre essas matérias, o que pensa o nosso MDB", provocou Simon, referindo-se ao partido da presidenta Dilma e à sua própria legenda. "Quem era João Goulart à época e quem somos nós hoje no Congresso Nacional?", emendou Requião.
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