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Bases para o desenvolvimento regional

Congresso em Foco

14/7/2015 9:00

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Wellington Fagundes* Nesta semana, o Senado Federal deverá apreciar um dos projetos de lei mais importantes, de interesse direto dos estados e municípios e, por consequência, do cidadão, cada vez mais ávido pela prestação de serviço público de qualidade, como contrapartida dos impostos que recolhe das mais diversas formas. É o Projeto de Resolução 001/2013, que trata da reforma das bases de aplicação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), incidente sobre as operações interestaduais. O projeto tem como objetivo por fim à "guerra fiscal" entre os estados e dar segurança jurídica aos novos investimentos necessários para o crescimento econômico da nação. A disputa entre os estados foi estabelecida pela ausência de uma política de governo voltada ao desenvolvimento regional. Essa lacuna política é histórica, diga-se de passagem, realçada pela carência de um projeto estratégico nacional. A falta dessa política de desenvolvimento gerou um forte desequilíbrio entre as regiões, causando grande concentração social e econômica, sobretudo no Sul e Sudeste. Os efeitos dessa concentração são aparentes, com desgaste efetivos dos recursos naturais, explorados ao extremo, e também com a exaustão econômica. A "guerra fiscal", a bem da verdade, por mais perversa que seja, de certa forma, ajudou na desconcentração social e econômica. Forçados pela necessidade de se promover a geração de emprego e renda, os governantes lançaram mão do expediente que dispunham para atrair grandes empreendimentos aos seus domínios territoriais e a sua gente. Em forma de incentivos fiscais, renúncias tributárias e concessões diversas, cederam com o ICMS - a principal fonte de receita dos estados. Isso causou a "erosão" da base de arrecadação dos estados. Tal situação atingiu diretamente o poder de investimento dos estados e de sua capacidade de realizar as ações necessárias ao cumprimento de suas obrigações institucionais. Esse fato contribuiu para o endividamento das unidades da Federação. Como exemplo, cito o caso de Mato Grosso, que carece de grandes investimentos em logística de infraestrutura de transporte para fazer frente à enorme produção do estado. Em 2011, por exemplo, segundo dados do Tribunal de Contas, o governo deixou de  arrecadar R$ 1,042 bilhão por  conta dos incentivos fiscais. Em contrapartida, o montante referente à renúncia fiscal superou as despesas realizadas em 23 funções públicas, entre as quais, estão Saúde, Administração, Agricultura, Habitação, Trabalho e Cidadania. Uma lógica seguida por  quase todos os estados que seguirem por esse caminho. A queda de ICMS teve um  "efeito dominó". Chegou aos cofres das prefeituras. Os municípios, a rigor, foram penalizados, sem  conseguir acompanhar a necessidade de expandir seus serviços para bem atender o cidadão. Recebendo cada vez mais obrigações - sem a devida contrapartida financeira, defeito este que precisa ser sanado com a reformulação do pacto federativo. Com vários personagens lutando para dar solução a essa situação indesejada, possivelmente devemos encaminhar esta semana, como relator, à apreciação da Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado um substitutivo ao Projeto de Resolução 1/2013. Uma vez aprovado, ele será levado ao Plenário do Senado, de forma a estabelecermos as bases para o desenvolvimento harmônico de que o Brasil precisa. A definição de um fundo de compensação, para a possível perda de receita dos estados, bem como do fundo de infraestrutura, permitirá estabelecer o tão sonhado redimensionamento da atividade do estado e dos novos investimentos, que deve ser traduzido em novo alento ao cidadão na hora de receber a atenção do poder público. E pela primeira vez, em muitos anos, existe um projeto consistente, que contemple a União, os estados e os municípios. Dessa forma, o Senado estará cumprindo de forma exemplar o seu papel, ajudando a corrigir o caminho do crescimento com paz e justiça social. *Wellington Fagundes é senador pelo PT do Mato Grosso. Mais sobre pacto federativo
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Senado Mato Grosso ICMS sobre importações economia brasileira economia guerra fiscal municípios união estados crescimento econômico pacto federativo ICMS Fórum desenvolvimento regional poder público Wellington Fagundes entes federados Comissão de desenvolvimento Regional Projeto de Resolução 001/2013

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