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censo 2022

Dobra o número de favelas no Brasil em 12 anos; saiba quais são as 20 maiores

Também subiu de 11,4 milhões de pessoas para 16,4 milhões de brasileiros a quantidade de moradores das favelas nesse período

Congresso em Foco

8/11/2024 11:56

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Paraisópolis, favela localizada na zona sul paulistana. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis

Paraisópolis, favela localizada na zona sul paulistana. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis
O número de favelas existentes no Brasil praticamente dobrou no intervalo de 12 anos. De acordo com dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a 2022, divulgados nesta sexta-feira (8), o país conta com 12.348 favelas distribuídas em 656 municípios. Em 2010, eram 6.329 favelas espalhadas por 323 cidades. Ou seja, houve um aumento de 95% no total de comunidades e de 103% no número de municípios com esse tipo de agrupamento de moradias. Também subiu de 11,4 milhões de pessoas (6% da população) para 16,4 milhões de brasileiros (8,1%) a quantidade de moradores das favelas nesse período. São Paulo ocupa a liderança disparada no ranking de favelas por estado, com 3.123 comunidades, quase o dobro do Rio de Janeiro, que fica em segundo lugar com 1.724 favelas. Pernambuco ocupa a terceira posição, com 849 favelas. Segundo o IBGE, favelas são áreas caracterizadas por insegurança jurídica, escassez de serviços públicos, padrões urbanísticos irregulares e ocupação de terrenos com risco ambiental.

Distribuição

Até 2010, o IBGE utilizava o termo "aglomerados subnormais" para se referir às favelas. Naquele ano, foram registrados 11,4 milhões de pessoas em 6.329 aglomerados, o que correspondia a 6% da população. Com melhorias metodológicas e tecnológicas, o Censo de 2022 permitiu um mapeamento mais preciso, incluindo áreas antes não identificadas, o que pode explicar o aumento observado na população e nas áreas mapeadas, além do crescimento demográfico. A distribuição de moradores de favelas no Brasil é desigual:
  • Sudeste: 43,4% da população de favelas (7,1 milhões de pessoas)
  • Nordeste: 28,3% (4,6 milhões)
  • Norte: 20% (3,3 milhões)
  • Sul: 5,9% (968 mil)
  • Centro-Oeste: 2,4% (392 mil)
Os estados com maior número de moradores em favelas são:
  • São Paulo: 3,6 milhões
  • Rio de Janeiro: 2,1 milhões
  • Pará: 1,5 milhão
Esses três estados juntos abrigam 44,7% da população de favelas no Brasil. Em termos proporcionais, o Amazonas tem a maior taxa de moradores em favelas, com 34,7% de sua população vivendo nessas áreas. Outros estados com taxas superiores à média nacional (8,1%) incluem Pará (18,8%), Espírito Santo (15,6%), Rio de Janeiro (13,3%), Pernambuco (12%), Bahia (9,7%) e Ceará (8,5%). Os estados com menores percentuais são Mato Grosso do Sul (0,6%), Goiás (1,3%) e Santa Catarina (1,4%).

O fenômeno urbano

O Censo também revelou dados sobre as 26 maiores concentrações urbanas do Brasil, onde vivem mais de 750 mil pessoas. Nesses centros urbanos, 16,2% da população reside em favelas, o dobro da proporção nacional (8,1%). As cidades com maior proporção de moradores em favelas são Belém (57,1%), Manaus (55,8%), Salvador (34,9%) e São Luís (33,2%). O Censo de 2022 apontou que 72,5% das favelas possuem até 500 domicílios. O total de domicílios em favelas é de 6,56 milhões, representando 7,2% do total de lares no país. A maioria (96,1%) são casas. Principais dados sobre os domicílios:
  • Média de moradores por domicílio: 2,9 pessoas (ligeiramente superior à média nacional de 2,8).
  • Acesso à água: 89,3% dos domicílios em favelas.
  • Acesso a esgoto: 61,5% (abaixo da média nacional de 65%).
  • Coleta de lixo: 76% dos domicílios possuem esse serviço.
Em 2022, as favelas abrigavam 958 mil estabelecimentos, com a maior parte dedicada a comércio e serviços (616,6 mil). Também há presença de estabelecimentos religiosos (50,9 mil), de ensino (7,9 mil), de saúde (2,8 mil) e agropecuários (995).

Composição racial

A população das favelas é predominantemente negra e parda:
  • Negros: 16,1% (contra 10,2% na população geral)
  • Pardos: 56,8% (contra 45,3% na população geral)
Juntas, essas duas categorias somam 72,9% da população das favelas, contra 43,5% no total do Brasil. A desigualdade racial é visível: 4,9% dos brancos moram em favelas, enquanto entre os pretos essa taxa é de 12,8%. Os indígenas têm uma taxa de 8%, com destaque para o Amazonas (17,9%).

Perfil demográfico

A população das favelas é mais jovem que a média nacional:
  • Idade mediana nas favelas: 30 anos (contra 35 anos no Brasil como um todo).
  • Índice de envelhecimento: 45 idosos para cada 100 crianças nas favelas, comparado a 80 no total do país.
A razão de sexo nas favelas é de 93,4 homens para cada 100 mulheres, similar ao total nacional.

As maiores favelas

A Rocinha, no Rio de Janeiro, é a maior favela do Brasil, com 72.021 moradores. Se fosse uma cidade, seria a 459ª maior do país, superando mais de 5.100 municípios. Juntas, as 20 maiores favelas do Brasil abrigam 858,6 mil pessoas, representando 5,2% da população total de comunidades no país.  
  • 20 maiores favelas em área (km quadrado):
1) 26 de Setembro - Brasília (DF), 10,5 2) Sol Nascente - Brasília (DF), 9,2 3) Morro da Cruz I e II - Brasília (DF), 5,9 4) Invasão Água Limpa - Itabirito (MG), 5,7 5) Valéria - Salvador (BA), 5,5 6) Coroadinho - São Luís (MA), 5,4 7) Santa Etelvina - Manaus (AM), 4,8 8) Parque Estrela - Magé (RJ), 4,6 9) João de Barro - Boa Vista (RR), 4,6 10) Jardim Progresso - Natal (RN), 4,5 11) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 4,3 12) Baía do Sol - Belém (PA), 4,2 13) Residencial Tiradentes - São Luís (MA), 4,2 14) Gapara - São Luís (MA), 4,1 15) Vila Nestor - São Luís (MA), 4,1 16) Nacional - Porto Velho (RO), 4,1 17) Santa Rita - Feira de Santana (BA), 4,0 18) Barra Alegre - Ipatinga (MG), 3,9 19) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 3,8 20) Água Boa - Belém (PA), 3,8
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