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Congresso em Foco
21/4/2010 6:08
Folha de S.Paulo
Após 50 anos, Rio ainda tem o dobro de servidores do DF
Passado meio século da transferência da capital federal para Brasília, o Rio ainda concentra o maior número de servidores civis ativos da União, com quase o dobro do contingente do Distrito Federal.
O último boletim do Ministério do Planejamento sobre o quantitativo dos servidores federais civis do Poder Executivo, de janeiro, mostra 114.739 lotados no Estado do Rio de Janeiro, para 61.698 no DF.
Longe de ser esvaziado, o funcionalismo federal no Estado do Rio cresceu 18% durante o governo Lula, turbinado por concursos públicos e pela reintegração de 2.396 servidores que haviam sido demitidos no governo Collor (1990-92).
Antiga capital mantém funcionários sem cargo
Entre os mais de 100 mil servidores civis federais existentes no Rio de Janeiro, há pessoas "no limbo", sem nenhuma função na administração pública. Provenientes de órgãos federais que foram extintos, elas assinam ponto diariamente no Ministério do Planejamento e vão para casa.
Estão nessa condição, 82 servidores oriundos da Fundação Roquette Pinto, que administrou a TV Educativa do Rio de Janeiro, a do Maranhão e as rádios MEC até ser extinta, em 1997. Na ocasião, a fundação possuía aproximadamente 1.200 servidores.
Dilma diz que não é "Pitta, nem Lula é Maluf"
A pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que ela não é "Pitta, nem [o presidente] Lula é Maluf", em referência a uma comparação feita pelo pré-candidato tucano José Serra.
A declaração foi dada em entrevista à rádio Jornal, de Recife, cujo apresentador questionou, após citar o comentário de Serra, qual seria o papel de Lula num eventual governo Dilma.
Na semana passada, em entrevista à rádio Bandeirantes, Serra citou a sucessão do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP) pelo apadrinhado político Celso Pitta, morto no ano passado, para dizer que "não necessariamente o sucessor replica o antecessor".
Lideranças de partidos indecisos apoiam petista
Em jantar anteontem com integrantes de partidos da base do governo Lula, Dilma Rousseff (PT) recebeu declaração de apoio de deputados cujas legendas se dizem ou indefinidas ou com tendência de embarcar na campanha de José Serra (PSDB).
Lideranças das bancadas na Câmara de PTB, PSC e PP afirmaram, segundo relatos, que apoiarão a candidatura petista independentemente da posição de seus partidos.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, é um entusiasta da candidatura de Serra, mas o líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO), disse que "a quase totalidade" dos 23 deputados da bancada tem interesse em apoiar a petista.
PSDB faz notícia-crime contra instituto
O PSDB decidiu entrar com uma notícia-crime contra o Instituto Sensus no Ministério Público Eleitoral. Os advogados do partido pedirão abertura de investigação sobre o instituto de pesquisa por três crimes previstos na legislação: divulgação de pesquisa fraudulenta, divulgação de dados irregulares e obstrução à ação fiscalizatória de partido político.
Cada uma das infrações prevê, caso confirmada, detenção de seis meses a um ano e multa. A decisão, que leva para a esfera penal uma polêmica até aqui tratada na área cível, foi tomada após análise de relatório produzido pelo próprio PSDB, que apontou cinco irregularidades em pesquisa divulgada pelo Sensus semana passada, como revelou a Folha ontem.
Promotor vê atos ilegais em pré-campanha
O promotor mineiro Edson Resende considera ilegais atos praticados em eventos dos pré-candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) em Minas, flagrados pela Folha.
Resende, que coordena os 351 promotores do Centro de Apoio Operacional Eleitoral do Ministério Público do Estado, vê como pedido de voto "quase explícito" a faixa aberta na principal praça de Ouro Preto, no dia 6 de abril, para recepcionar Dilma. Dizia: "Minas Gerais é Dilma presidente e Hélio Costa governador".
Nesse evento, a faixa, que era segurada por militantes peemedebistas, era assinada pelo "PMDB-MG", partido do senador Hélio Costa, que pode ser responsabilizado no caso de abertura de inquérito.
Cúpula do governo faz "festa de família" em entrega de condecorações no Itamaraty
O presidente Lula e o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) resolveram fazer uma "festa em família" ao oferecer a condecoração da Ordem de Rio Branco a suas respectivas mulheres, além da mulher e do filho do vice-presidente José Alencar.
A distinção, criada em 1963, também foi dada a novos ministros, assessores do governo e celebridades, como Ronaldo "Fenômeno", Thaís Araújo e Fábio Barreto, diretor do filme "Lula, o Filho do Brasil".
Ao justificar a distinção a Marisa Letícia, Mariza Alencar e Ana Amorim, o chanceler disse na semana passada: "Eu não vou falar da minha mulher, mas, por exemplo, não se pode imaginar a atuação do presidente Lula sem o apoio da sua mulher".
PF vê indício de plano para desviar recursos de fundo da Bancoop
A Polícia Federal informou à Justiça a existência de indícios de que administradores de fundos de pensão de estatais tinham a intenção de desviar recursos aplicados no fundo de investimento criado pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), entidade investigada por supostos repasses ilegais ao PT.
Em representação à 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, o delegado Pedro Henrique Maia relatou que os créditos do FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) Bancoop I, lançado pela cooperativa em 2004, "não possuíam lastro, sendo apenas hipotéticos".
De acordo com Maia, uma das principais fragilidades dos créditos do fundo era decorrente da possibilidade de os cooperados da Bancoop se retirarem da entidade a qualquer momento, resgatando os recursos que tinham aplicado na cooperativa habitacional.
O Globo
Sede de campanha na UNE
A dois dias do início do congresso em que a União Nacional dos Estudantes (UNE) decidirá, entre outros pontos, se dará apoio oficial à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou ontem, por unanimidade, projeto do governo que prevê indenização de até R$ 30 milhões para a construção da nova sede da entidade estudantil, no Rio de Janeiro. O projeto, aprovado com o apoio da oposição, foi apresentado em 2008 pelo presidente Lula, que reconheceu a responsabilidade do Estado na destruição do prédio da UNE no Flamengo, em 1964, motivada pela repressão aos movimentos de esquerda.
O texto vai agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que o avaliará em caráter terminativo. A UNE e o governo trabalham para que os R$ 30 milhões sejam transferidos até julho, limite da legislação eleitoral para repasses dessa natureza. Alinhada com a administração petista, a UNE já recebeu R$ 9,39 milhões do governo entre 2004 e 2009.
Líder do governo defende reajuste escalonado para aposentados
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu ontem uma alternativa para o reajuste dos aposentados que ganham acima do mínimo: concedê-lo de forma escalonada, garantindo 7,7% aos que ganham até três mínimos, e 6,14% (proposta original do governo) para os que ganham acima de três mínimos. Quem ganha até o piso teve reajuste de 9,6% em janeiro. Vaccarezza tenta, com isso, evitar a provável derrota do governo em plenário, na votação da medida provisória do reajuste, marcada para dia 27.
Na semana passada, os líderes aliados fecharam um acordo para garantir um aumento de 7,7% a todos os aposentados que ganham acima de um salário mínimo, contrariando a orientação de Lula, que só havia concordado com a elevação de 6,14% para 7%.
Centrais preparam ato no Pacaembu para apoiar Dilma
Após promover debate com a presença de Dilma Rousseff no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em 10 de abril, as centrais sindicais preparam agora uma grande assembleia no estádio do Pacaembu, em 1ode junho. O ato, desta vez assumidamente político, pretende mobilizar milhares de pessoas e unir a militância em torno de Dilma, a convidada de honra. O evento marcará oficialmente o endosso institucional de CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB à campanha presidencial petista.
No ato, será entregue a Carta dos Trabalhadores, documento programático que incluirá reivindicações do setor. O conteúdo, ainda em negociação, deve incluir itens como a jornada de 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, políticas de valorização salarial e maior reajuste aos aposentados. As cobranças não devem causar constrangimento a Dilma, que já as ouviu em encontros da pré-campanha. De acordo com a CUT, a Carta também será entregue aos outros candidatos. O presidente Lula também foi convidado para o ato no Pacaembu.
Lula defende política externa e rebate críticas
Ao discursar ontem no Dia do Diplomata, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu sua política externa e disse que o Brasil deve ser generoso, bondoso e humilde nessa área. Ele falou durante a formatura de novos diplomatas, no Itamaraty, e criticou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lembrando, sem citar nomes, o episódio em que o então chanceler Celso Lafer tirou os sapatos num aeroporto dos Estados Unidos, a pedido da segurança, em 2002.
- É assim que deve ser a diplomacia brasileira: sejam todos generosos, bondosos, humildes, mas orgulhosos de serem brasileiros e defenderem nossos interesses - disse o presidente.
PSB prepara terreno para a desistência de Ciro
Ao mesmo tempo em que busca uma saída menos traumática para a retirada da candidatura presidencial de Ciro Gomes, a direção do PSB tenta negociar com o presidente Lula e sua candidata, Dilma Rousseff, um comportamento equânime de ambos nos estados onde o partido terá candidato próprio ao governo local. O PSB quer a neutralidade de Lula e Dilma nos estados onde houver outros candidatos da base governista.
Ou que eles participem dos dois palanques aliados. A preocupação do PSB é com a possibilidade de Ciro sair atirando e causar estragos à précandidatura petista e, principalmente, aos próprios socialistas. A estratégia é tomar uma posição conjunta - candidatura presidencial e palanques estaduais - para evitar desgastes.
Dilma: Não é cabível vestir o boné do MST
A ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, pela primeira vez condenou indiretamente um ato do presidente Lula - o de usar um boné do MST (Movimento dos Sem-Terra) - e criticou as invasões de terras e de prédios públicos patrocinadas pelo movimento. Em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, a petista disse ser contra o enfrentamento de movimentos pacíficos por forças policiais, mas afirmou que o MST não pode tumultuar a vida da população.
Ela disse também que pessoas do governo não podem assumir a bandeira do MST.
Dilma afirmou que, além de 590 mil hectares de assentamentos na reforma agrária, o governo Lula aumentou o crédito rural para R$ 15 bilhões na última safra, e financiou 60 mil tratores para a agricultura familiar. Por isso, não haveria motivos para esse tipo de protesto.
- A gente não tem de dar palpite na forma deles de se manifestarem, mas não está certo tumultuar a vida das pessoas que não são responsáveis pelas políticas públicas - disse Dilma.
TRE cobre placas irregulares de Garotinho no Rio
Equipes de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE) vedaram ontem dois outdoors que exibiam fotos do pré-candidato ao governo do estado pelo PR, Anthony Garotinho. As placas, instaladas na Avenida Brasil, nos bairros de Realengo e Vila Kennedy, ganharam tarjas de "propaganda irregular". Além dos dois outdoors de Garotinho - que exibiam propaganda de seu programa na Rádio Melodia -, os fiscais do tribunal afixaram tarjas em placas do pastor Manoel Ferreira, pré-candidato ao Senado pelo PR na chapa de Garotinho.
As empresas que instalaram os outdoors foram notificadas pelo TRE. Os documentos também serão entregues ao Ministério Público Eleitoral, que pode representar ou não ao TRE. Tanto o pré-candidato quanto a empresa podem ser multados. Os valores variam de R$ 5 mil a R$ 25 mil por placa, ou o custo da propaganda, se este for maior.
PSDB pede inquérito sobre Sensus
A pesquisa do Instituto Sensus divulgada na semana passada será alvo de mais uma representação eleitoral apresentada pelo PSDB. Advogado do partido, Ricardo Penteado afirmou ontem que amanhã entrará com pedido de abertura de inquérito no Ministério Público Eleitoral para investigar a pesquisa, que apontou empate técnico entre os précandidatos José Serra (32,7%) e Dilma Rousseff (32,4%). A decisão foi tomada depois que o partido identificou irregularidades na pesquisa.
- Decidimos ingressar com pedido de investigação de crime eleitoral do instituto - disse o advogado.
Nos EUA, Marina tenta vitrine para campanha
A pré-candidata pelo PV à Presidência, senadora Marina Silva (AC), viaja no próximo fim de semana para Washington, para participar de eventos internacionais.
Embora o motivo da viagem seja a comemoração do Dia da Terra, para a qual Marina foi convidada a discursar, eventos paralelos estão sendo montados para tentar mostrar ao eleitorado brasileiro que a senadora também está ligada na agenda internacional. Sua aparição em Washington, avalia a coordenação de campanha de Marina, dará envergadura à candidata.
O Estado de S.Paulo
Ministério Público põe aparelhamento político de tribunais de contas na mira
O aparelhamento político dos tribunais de contas estaduais por partidos e governadores entrou na mira do Ministério Público. Levantamento da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon) e da Ordem dos Advogados do Brasil mapeou as nomeações fisiológicas de conselheiros e embasará ação a ser movida no Supremo Tribunal Federal.
A nomeação de membros de tribunal de contas exige idoneidade moral e reputação ilibada, além de notório saber jurídico, contábil, econômico e financeiro. Mas os partidos, conforme os autores da proposta, estão passando por cima das exigências constitucionais e nomeando pessoas despreparadas ou indiciadas em investigações criminais. Apenas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) tramitam hoje, segundo pesquisa realizada a pedido do Estado, 54 inquéritos e ações contra 32 conselheiros de tribunais de contas de 17 Estados.
Ex-ministra diz que, em 10 anos, miséria acaba no País
"Do ponto de vista do projeto que represento, achamos que acabamos com a miséria na próxima década." A afirmação foi feita ontem pela pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, em entrevista ao programa Supermanhã, de Geraldo Freire, da Rádio Jornal, a emissora de maior audiência em Pernambuco. Dilma voltou a atacar o "comportamento dúbio da oposição", que ratificou ser comparável a uma "biruta de aeroporto", porque, segundo ela, ora critica, ora elogia e ora volta a criticar programas do governo.
A ex-ministra da Casa Civil disse não esquecer que a oposição chamou o Bolsa-Família de "bolsa-esmola" e "bolsa-preguiça". E que os oposicionistas também afirmaram se tratar de "malabarismo e marketing político" as obras de transposição do Rio São Francisco. "De repente, visitam a obra e desandam a elogiar, depois, voltam a criticar", argumentou
PT cobra mudanças na campanha
Em reunião da Executiva Nacional do PT, dirigentes do partido expressaram ontem descontentamento com a coordenação da campanha de Dilma Rousseff. A portas fechadas, petistas cobraram mudanças na agenda da candidata e a apresentação de novas propostas, algo que vá além da comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique.
Desde que deixou o governo, há 21 dias, Dilma foi a Minas, Ceará e Rio Grande do Sul. Nos dois primeiros Estados, ela cometeu tropeços verbais e provocou mal-estar na relação com aliados do PMDB e do PSB.
A cúpula do PT avaliou que Dilma ainda não conseguiu abandonar o discurso de ministra, recheado de explicações técnicas. A estratégia de comparar as gestões do PT e do PSDB também é considerada insuficiente, pois o eleitor mais jovem não tem lembrança do governo tucano.
UNE receberá mais de R$ 15 milhões
Pacificada no governo Lula, a União Nacional dos Estudantes (UNE) deverá receber indenização superior a R$ 15 milhões, em ano eleitoral, por conta do incêndio em sua sede na ditadura militar. O projeto, enviado pelo Planalto ao Congresso, foi aprovado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois à sanção presidencial.
O texto prevê que a indenização não passe o limite de seis vezes o valor de mercado do terreno, na Praia do Flamengo, na zona sul do Rio. A pedido do governo federal, em 2008, a Caixa Econômica Federal avaliou a propriedade em R$ 6 milhões.
Líderes do MST negociam com autoridades federais em Brasília
Após invadir, na segunda-feira, a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília e em mais seis Estados, o Movimento dos Sem-Terra (MST) foi recebido ontem por autoridades federais. O primeiro encontro ocorreu no final da manhã, no gabinete do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que ouviu a pauta de reivindicação dos sem-terra.
À tarde os líderes do MST foram recebidos pelo presidente do Incra, Rolf Hackbart. No início da noite, segundo informações da assessoria do instituto, a reunião não havia terminado.
Hackbart também levou para o encontro os diretores do Incra ligados às áreas de obtenção de terras para a reforma agrária, desenvolvimento de projetos nos assentamentos e educação - as três principais reivindicações da jornada de ações do MST neste mês, conhecida como "abril Vermelho". Também estiveram presentes representantes do ministro Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário.
Justiça suspende 26 sindicâncias da PF
A Justiça Federal determinou liminarmente a paralisação de 15 procedimentos disciplinares e 11 sindicâncias que têm como alvo delegados, agentes e escrivães da Superintendência da Polícia Federal na Bahia. Policiais sob investigação teriam agido com negligência, descaso e omissão na condução de inquéritos abertos há mais de 5 anos e sem solução à vista.
A decisão que manda suspender os trabalhos de duas comissões permanentes disciplinares é da juíza Marla Consuelo Santos Marinho, da 6.ª Vara Federal em Salvador. Ela acolheu mandado de segurança subscrito por seis delegados que se insurgiram contra a fiscalização da Corregedoria Geral da PF. A iniciativa dos delegados interrompe o mais ambicioso projeto da cúpula da PF, que classifica como afronta à atividade precípua de polícia judiciária que lhe é atribuída pela Constituição.
Condenado, o delegado do caso PC está solto e na ativa
Mesmo condenado a quatro anos e seis meses de prisão em todas as instâncias judiciais, por crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público), sem direito a qualquer outro recurso, o delegado federal Edson Antônio de Oliveira, ex-superintendente da Polícia Federal no Rio, continua solto.
Embora a condenação também o afaste do cargo público, Oliveira permanece atuando na Delegacia Defesa Institucional (Delinst), no Rio, onde preside investigações de possíveis crimes eleitorais. Um caso em que atua envolve o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
Justiça determina que 7 ex-chefes de gestão de Palocci devolvam salários
Uma decisão do Tribunal de Justiça determina que sete ex-chefes da antiga Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto (Ceterp), na primeira gestão do então prefeito Antônio Palocci (PT), em 1995, devem devolver salários pagos indevidamente.Os salários teriam superado o que a prefeitura pagava a seus secretários públicos, o que é proibido.
Na época, a Ceterp era uma empresa pública e virou de economia mista em 29 de novembro daquele ano ? no fim de 1999 foi totalmente privatizada e hoje pertence à Telefônica. A ação civil pública por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público Estadual, pede devolução da diferença de salários referentes ao período entre janeiro e novembro. Os advogados de defesa vão recorrer. As quantias (não informadas no acórdão do TJ) deverão ter atualizações monetárias
Juiz quebra sigilo fiscal e bancário da Bancoop
O juiz da 6.ª Vara da Fazenda Pública em São Paulo, Fausto Martin De Sanctis, determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) e do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC Bancoop 1 ), que tinha como cotistas os fundos de pensão da Petrobrás (Petros), e do Banco do Brasil (Previ).
A medida, fruto de um inquérito que corre em segredo de Justiça, foi solicitada pela Polícia Federal em uma investigação na sobre eventuais atos de gestão fraudulenta da carteira. A Bancoop também responde a inquérito no Ministério Público Estadual, que apura acusações de destinação de recursos para campanhas eleitorais de candidatos petistas. O tesoureiro do PT e ex-presidente da Bancoop, João Vaccari Neto, deve ser ouvido na CPI das ONGs no Senado e em uma CPI estadual que investigam o caso. A decisão de De Sanctis saiu no dia 9 deste mês. O juiz não quis comentar sua decisão.
Correio Braziliense
PV bate o martelo do vice de Marina Silva
Mais um traçado para a arquitetura da próxima eleição presidencial, em outubro, foi desenhado ontem, com a confirmação do nome para a vaga de vice na chapa da senadora Marina Silva (PV-AC). Pelo menos foi o que garantiu o presidente do partido, o vereador José Penna (PV-SP), à reportagem do Correio. De acordo com ele, o empresário e sócio da empresa de cosméticos Natura Guilherme Leal, 60 anos, foi mesmo o escolhido para o posto. O anúncio oficial, ainda segundo o líder do Partido Verde, será feito no dia 12 de junho, na convenção da legenda, que será realizada na capital federal ou em São Paulo.
"Não há qualquer dúvida. A escolha foi feita e o acordo está consolidado. Não adianta ficar procurando cabelo em ovo. Guilherme Leal é um exemplo do espírito empreendedor moderno no Brasil", destacou Penna. Apesar da certeza dada pelo presidente do PV, Leal ainda mantém o mistério sobre a decisão de concorrer ao pleito. Para quem o pergunta sobre a possibilidade, afirma que está estudando a proposta com a família e os amigos.
Planalto cede e propõe novo reajuste
Desgastado após o confronto com seus aliados no Congresso, o governo acenou com uma saída honrosa para resolver o impasse da definição do índice de reajuste dos aposentados que ganham mais de um salário mínimo. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), anunciou ontem que o Executivo estuda criar uma terceira faixa de rendimento para aumentar em 7,7% o benefício daqueles que ganham até três salários mínimos. Quem recebe mais de R$ 1.395 ficaria com o índice de 6,14%, previsto na medida provisória que deve ser votada na Câmara no próximo dia 27.
Segundo Vaccarezza, a proposta já foi encaminhada aos ministros da Fazenda (Guido Mantega), da Previdência (Carlos Eduardo Gabas), e de Relações Institucionais (Alexandre Padilha). Mas o anúncio não passou de um balão de ensaio para testar o humor dos líderes da base aliada na Câmara e no Senado, que já tinham fechado acordo para conceder reajuste de 7,7% para todos os aposentados. Para viabilizar a proposta e criar uma terceira faixa de benefício, o governo consulta possíveis impedimentos jurídicos, como a possibilidade de quem ganha mais de três salários entrar na Justiça para garantir o mesmo índice de aumento.
Ficha Limpa começa a desbotar na Câmara
Um acordo costurado ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados começa a desenhar uma versão amarelada para o projeto da Ficha Limpa. Com a relatoria do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), os parlamentares acertam os ponteiros para levar a plenário proposta que exime de punição candidatos com condenação de até dois anos e que responderam a crimes enquadrados como culposos - sem intenção. A nova versão da Ficha Limpa também pode conceder ao político com histórico criminal a possibilidade de conseguir um efeito suspensivo do veto à candidatura se algum juizado emitir parecer informando que o processo ainda carece de mais tempo para apontar a culpa do postulante a algum cargo eletivo.
De acordo com o relator, o novo texto será elaborado levando em conta o "sentimento médio da Casa" para que o plenário possa aprovar o que foi acordado na CCJ. "Queremos federalizar a discussão. Vamos fazer uma redação equilibrada para evitar injustiças. Casos em que o crime for culposo saem, só ficariam os dolosos (com intenção)", argumentou Cardozo.
Ponto de encontro nacional
Governadores aproveitaram a comemoração dos 50 anos do Correio e de Brasília para celebrar a relação pessoal com a capital. Segundo eles, suas histórias se misturam com a da cidade. "Eu me recordo exatamente das primeiras fotos que vi de Brasília. E foram no Correio", disse o recém-empossado governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), nascido no Rio de Janeiro, mas que chegou com 1 ano à capital federal. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), lembrou que criou uma relação íntima com o DF quando acompanhava seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, desde o início da década de 1980. E lembrou que o Correio é o jornal que faz o debate político da cidade que inovou com seu projeto gráfico ousado. "Como todo brasileiro, tenho grande admiração por Brasília", disse.
Para o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), a cidade onde ele viveu de 1995 a 2001, quando trabalhou no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tem significado especial para os mineiros. "A decisão de JK de mudar a capital do Brasil foi acertadíssima", disse o tucano, que elogiou a arquitetura da cidade. O jantar também foi prestigiado pelo governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB).
Candidatura de Ciro rumo ao túmulo
Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem exatos seis dias para tentar reverter um jogo que os próprios aliados consideram perdido. Até o próximo dia 27, ele tem de apresentar credenciais suficientes para convencer o partido da viabilidade de sua terceira tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. A legenda já sinalizou que não tem condições financeiras e políticas de bancar a campanha. O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, também não esconde o clima de sepultamento em torno da candidatura de Ciro.
Oficialmente, o martelo só deve ser batido na próxima terça-feira, em reunião nacional do PSB. No mesmo dia, Ciro encontrará o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O socialista deixou claro que não cogita permanecer no Legislativo. A única moeda para convencê-lo a abandonar a disputa seria um ministério importante em caso de vitória petista nas eleições de outubro. "Ele (Ciro) está frustrado porque contou com a rejeição (dos petistas) a Dilma Rousseff. Pensou que o PT não conseguiria emplacar outro candidato e abraçaria sua candidatura se ele polarizasse com Serra", resume o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vacarezza (PT-SP).
Temas
Violência contra Mulher
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