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Jornais: em menos de 4 meses, União já deu quase R$ 30 milhões a partidos

Congresso em Foco

18/4/2010 5:07

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Folha de S.Paulo

União já repassou R$ 29 milhões a partidos em 2010

Os partidos políticos dispõem de pelo menos R$ 29 milhões para os gastos na atual fase de pré-campanha eleitoral. Este é o valor relativo ao Fundo Partidário já repassado pela União aos Diretórios Nacionais dos partidos nos dois primeiros meses deste ano. Pela lei, os partidos podem recorrer ao fundo para quitar compromissos dos pré-candidatos à Presidência, como viagens e hospedagem. A União centraliza repasses nos Diretórios Nacionais de cada sigla.

Se for mantida a tendência de crescimento registrada nos últimos seis anos, os 25 partidos habilitados deverão receber aproximadamente R$ 190 milhões no ano eleitoral de 2010. O Fundo Partidário é constituído de multas aplicadas nos termos do Código Eleitoral e dotações orçamentárias em valor nunca inferior ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior à proposta orçamentária, multiplicado por R$ 0,35.

Os recursos do fundo são distribuídos proporcionalmente a partir de um cálculo que leva em conta os votos obtidos pela sigla na última eleição para a Câmara, entre outros quesitos. Entre 2004 e fevereiro de 2010, os partidos receberam R$ 930 milhões em repasses. O bolo cresceu de R$ 121 milhões, em 2004, para R$ 183,4 milhões em 2009. De janeiro a fevereiro de 2010, o PT recebeu R$ 4,38 milhões, o PMDB, R$ 4,23 milhões, o PSDB, R$ 4 milhões, e o DEM, R$ 3,19 milhões.

Governador eleito do DF é cria de Roriz e de Arruda

O advogado Rogério Rosso, do PMDB, foi eleito ontem novo governador do Distrito Federal. Integrante das duas últimas administrações, marcadas por acusações de corrupção, Rosso ficará no cargo até 31 de dezembro, cumprindo um mandato tampão. Em uma disputa com diversas reviravoltas até minutos antes de a votação começar, 13 dos 24 deputados escolherem Rosso, num grupo de coalizão formado contra o governador interino e candidato à reeleição Wilson Lima (PR).

Rosso conseguiu apoio inclusive de parte do partido de Lima e do PTB, que também tinha candidato. A vitória em primeiro turno resultou de um acordo costurado entre aliados do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) contra Lima, candidato do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), favorito para a eleição direta de outubro.

Rosso é ex-presidente da Codeplan (Companhia de Planejamento do DF) no governo Arruda, órgão investigado por uma CPI na Câmara. O delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, foi presidente do mesmo órgão durante a campanha de 2006 que elegeu Arruda. Segundo Barbosa, o esquema de desvio de dinheiro público começou na Codeplan. O novo governador também foi administrador de Ceilândia, maior cidade-satélite de Brasília no governo Roriz, mas nega que sua ligação com os ex-governadores influenciará no seu mandato-tampão.

Só 28% ligam Serra ao PSDB, e 47% associam Dilma ao PT

Apesar de as duas últimas pesquisas Datafolha terem mostrado estabilidade nos posicionamentos de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial, vários resultados cruzados indicam haver ainda grande potencial para mudanças no desempenho de ambos os candidatos. No final de março, Serra estava com 36% e Dilma com 27%. Agora, três semanas depois, os percentuais são 38% e 28%, segundo o levantamento dos dias 15 e 16. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Mas continuam a ocorrer alterações na percepção dos eleitores sobre quem são os candidatos. O Datafolha sempre pergunta quem o eleitor acredita ser o nome apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja aprovação está em 73%. A curva dos que apontam Dilma como a candidata de Lula é ascendente. Em dezembro, 52% dos entrevistados a identificavam com o presidente. Em março, esse percentual pulou para 58% e, agora, para 61%.

Um dado curioso é que apenas 47% sabem dizer corretamente que o partido de Dilma Rousseff é o PT. Ou seja, as pessoas estão mais informadas sobre o apoio de Lula do que a respeito da filiação partidária da ex-ministra da Casa Civil. Ainda assim, o reconhecimento partidário de Dilma é o maior entre os pré-candidatos. Só 28% respondem que José Serra é do PSDB -e 5% acham que o tucano é o candidato apoiado por Lula. No caso de Ciro Gomes, 7% o identificam com o PSB, e 20% sabem que Marina Silva se filiou ao PV.

PT e PSDB comemoram resultado de pesquisa

Os aliados de José Serra (PSDB-SP) e de Dilma Rousseff (PT-RS) disseram ter recebido positivamente os resultados da mais recente pesquisa Datafolha, divulgada ontem, na qual o candidato tucano registrou 38% das intenções de voto, contra 28% da candidata petista -uma diferença de dez pontos percentuais. Para a direção nacional do PT, o Datafolha demonstra que Dilma se manteve estável, sem perder votos numa semana em que Serra teve grande exposição. O tucano se lançou pré-candidato no sábado retrasado.

O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, destacou os resultados sobre a declaração de voto espontâneo, que apontaram 13% para Dilma, 12% para Serra e 7% para Lula (que não pode se candidatar). Na pesquisa anterior, Dilma tinha registrado 12% e Lula, 8%. "Isso demonstra a migração dos votos de Lula para Dilma, conforme o eleitor vai conhecendo a candidata", disse. "Se chegarmos assim na fase da campanha na TV, está ótimo."

O deputado José Aníbal (PSDB-SP), apoiador de Serra, disse que a pesquisa Datafolha "repôs a verdade", referindo-se à última pesquisa do instituto Sensus, de Minas Gerais. Divulgada na terça, apontou um empate técnico (32,7% para Serra e 32,4% para Dilma). "Serra tem uma vantagem expressiva. Aquela pesquisa estava distorcida, deve ser desconsiderada."

Serra diz que vai criar ministério para atender deficientes físicos

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu ontem em São Paulo que criará um ministério extraordinário do deficiente físico. "Se eu merecer a confiança do povo brasileiro, vou fazer isso", disse o tucano durante visita a uma feira de produtos voltados para pessoas com deficiência. Foi a primeira promessa de campanha desde o lançamento da candidatura do tucano na convenção do PSDB, no dia 10.

Calcula-se que, no Brasil, aproximadamente 15% da população tenha algum tipo de deficiência -são quase 30 milhões de pessoas diretamente interessadas no assunto, sem contar familiares e amigos de deficientes.O assunto é tema de novela e o mercado para produtos e serviços voltados para a reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no país.

Em seu passeio pela feira, Serra abraçou e beijou paraplégicos, portadores de síndrome de Down e de paralisia cerebral, deficientes auditivos e visuais. Com um grupo de mulheres surdas, o pré-candidato apresentou-se, falando pausadamente "Meu-no-me-é-Ser-ra", enquanto fazia com as mãos a mímica de um serrote em ação. O candidato fez questão de mandar beijos na Língua Brasileira de Sinais (Libras) -mão na altura do coração e depois junto à boca.

Escolha de Plínio provoca racha no PSOL

Menos de quatro anos após disputar sua primeira eleição, o PSOL já vive um racha nacional, com direito a acusações de fraude, troca de insultos entre dirigentes e até ao "sequestro" de seu site oficial na internet. O partido se dividiu no fim do ano passado, quando sua principal estrela, Heloísa Helena, desistiu da corrida presidencial para tentar voltar ao Senado por Alagoas e pregou o apoio a Marina Silva, do PV. A decisão acendeu o pavio da crise, que explodiu semana passada com a indicação do ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, 79, para concorrer ao Planalto.

"Houve um acordo espúrio e oportunista", esbraveja Martiniano Cavalcante, que disputou a vaga com apoio de Heloísa. "A luta está aberta. Se for preciso, vamos à Justiça para afastar os burocratas que se apossaram do nosso partido." Plínio foi eleito por "unanimidade", mas só 89 dos 166 delegados participaram da votação. O grupo da ex-senadora não compareceu, em protesto contra a exclusão de 12 aliados acusados de fraude nas prévias estaduais. O ex-deputado Babá, que concorria com menos chances, desistiu na última hora para apoiar o vencedor.

Pré-candidato promete atacar Lula e Dilma

Com um discurso recheado de críticas a PT e PSDB -que considera duas faces da mesma moeda neoliberal- o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio sonha usar a candidatura ao Planalto para ampliar o número de entusiastas do socialismo. "Precisamos de alguém para dizer que existe uma alternativa ao modelo capitalista. Mas não vou à TV para dar aulas sobre o sistema de produção de mercadorias", promete.

Formado na esquerda cristã, Plínio presidiu a JUC (Juventude Universitária Católica). Apoiou o governo João Goulart e foi cassado poucos dias depois do golpe militar de 1964. Participou da fundação do PT, onde militou até 2005. Agora, prepara artilharia pesada contra o governo e o partido que ajudou a eleger. "Vou atacar o Lula fortemente. Politicamente, ele é um traidor da classe", dispara.

Popularidade de Dilma e Serra é testada no Twitter

A disputa entre tucanos e petistas no microblog Twitter apresenta números favoráveis para os dois lados. O pré-candidato a presidente José Serra (PSDB) é o campeão em número de seguidores, com mais de 200 mil. Dilma Rousseff (PT) passou dos 28 mil seguidores ontem, mas consegue mais mensagens positivas do que seu adversário.

Dilma ironiza elogios de tucano ao Bolsa Família

Na última terça, a uma rádio de Pernambuco, o pré-candidato tucano disse que, se eleito, irá "manter" e "fortalecer" o programa do governo federal. Ontem, Dilma disse em discurso para cerca de 500 pessoas em Porto Alegre que acha "interessante esse novo estilo da oposição, de tentar passar por aquilo que não foi nos últimos sete anos e meio".

PMDB lança pré-candidatura de Quércia para o Senado

O PMDB de São Paulo lançou a pré-candidatura de Orestes Quércia ao Senado em encontro ontem em Araraquara. O evento também serviu para referendar o apoio do PMDB pró-Serra à pré-candidatura do tucano à Presidência e legitimar a aliança do partido com o DEM em São Paulo.

O Estado de S. Paulo

Câmara do DF elege novo governador

Com os votos dos deputados sob suspeita de corrupção, um ex-secretário de José Roberto Arruda será o novo governador do Distrito Federal. O advogado Rogério Rosso (PMDB) foi eleito neste sábado na eleição indireta realizada pela Câmara Distrital para substituir Arruda, cassado em março pela Justiça Eleitoral por infidelidade partidária em meio ao escândalo de corrupção de Brasília. Rosso ocupará o cargo até o fim deste ano. Ele conseguiu vencer no primeiro turno ao obter os votos de 13 dos 24 deputados distritais. Votaram nele os nove parlamentares investigados no inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre eles Geraldo Naves (sem partido), que estava preso até semana passada, Eurides Brito (PMDB), Benedito Domingos (PP) e Pedro do Ovo (PRP).

A posse do novo governador será na segunda-feira. O petista Antônio Ibãnez ficou em segundo lugar, com seis votos, e o deputado Wilson Lima (PR), que estava como governador em exercício, ficou em terceiro, com 4 votos apenas. Suplente de deputado federal, Rogério Rosso, 41 anos, foi presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) na gestão de Arruda. O órgão é investigado pelo inquérito aberto a partir das investigações da Polícia Federal (PF), na Operação Caixa de Pandora, sobre o esquema de corrupção na cidade. Delator do esquema de corrupção, Durval Barbosa dirigiu a Codeplan na gestão do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

Ciro evita contato com o PSB há 20 dias

Magoado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na iminência de o PSB negar-lhe a candidatura à Presidência, Ciro Gomes decidiu mergulhar no isolamento. Há 20 dias, não fala com seus correligionários. O deputado se diz "injustiçado" pelo PSB, pelo PT e por Lula, que agiram para impedir alianças em torno de sua candidatura.

A gota d'água para a insatisfação de Ciro foi a visita da pré-candidata petista Dilma Rousseff ao Ceará, no início da semana passada. O Estado é o principal reduto eleitoral do socialista. Coube à ex-mulher de Ciro Gomes, a senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), verbalizar a mágoa do deputado com o governo. "Não havia necessidade de a Dilma ir lá nesse momento. Foi um desrespeito ao Ciro por tudo que ele sacrificou pelo governo Lula."

Ciro sempre manifestou lealdade ao presidente Lula, lembra Patrícia. Transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo, a pedido do presidente, com a finalidade de deixar uma porta aberta à possibilidade de disputar o governo paulista com o apoio do PT. Lideranças do PSB também acusam o governo de intervir junto aos partidos para minar as alianças em torno do nome de Ciro. O partido chegou a oferecer a vice-presidência ao PP do senador Francisco Dornelles (RJ). Também conversaram com o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Ciro nas eleições de 2002. O PTB optou, no entanto, pelo apoio à candidatura do tucano José Serra.

PSDB e DEM festejam DataFolha; PT fala em 'bússola desregrada'

PT fala em "bússola desregulada" do Datafolha, os tucanos e democratas festejam, mas um aliado - do PPS - considera os resultados da pesquisa "uma segunda surpresa". Em síntese, essas foram as três reações básicas à divulgação da nova pesquisa Datafolha.

A avaliação da "surpresa" é do deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Para o deputado, a "primeira surpresa" aconteceu na pesquisa Datafolha feita nos dias 25 e 26 de março, quando o tucano José Serra, com 36% das intenções de voto, abriu 9 pontos de diferença em relação à petista Dilma Rousseff - 27% das intenções de voto. O levantamento anterior, de 24 e 25 de fevereiro, havia registrado 32% para Serra e 28% para Dilma.

A pesquisa em que Serra abriu 9 pontes foi feita uma semana depois de o ainda governador de São Paulo ter admitido, em entrevista à TV Bandeirantes, que seria mesmo candidato ao Planalto. "O que eu considero surpreendente é o fato de ele ter subido 9 pontos, na pesquisa anterior, só com essa declaração. Agora, pela nova pesquisa, o Serra não cresceu nada, oscilou apenas para cima, mas dentro da margem de erro, mesmo depois de ter deixado o governo, de ter lançado a candidatura em Brasília, de ter dado várias entrevistas e feito várias viagens. Então, para mim, foi surpreendente a subida anterior e foi mais surpreendente agora por ter apenas oscilado", disse Jungmann ao Estado.

Dilma ironiza 'novo estilo da oposição'

A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, ironizou os elogios que seu adversário na campanha política deste ano, José Serra (PSDB), fez ao Bolsa-Família. "Não quero polemizar com ele, mas acho interessante esse novo estilo da oposição, de tentar passar por aquilo que não foi nos últimos sete anos e meio", reagiu a ex-ministra-chefe da Casa Civil neste sábado, em Porto Alegre, ao ser provocada pelos repórteres a comentar as sucessivas declarações do tucano, que promete manter e ampliar o programa de transferência de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Se apoiassem tanto o nosso governo, por que não apoiaram antes?", questionou a petista. "É só isso que eu pergunto."

Em seu terceiro dia no Rio Grande do Sul, Dilma participou de uma plenária que lideranças do movimento sindical e social organizaram como ato de pré-campanha. À vontade, à frente de cerca de mil apoiadores que lotaram o salão de atos do Colégio Rosário para aplaudi-la e cantar seu nome, Dilma voltou a acusar a oposição de ser "lobo em pelo de cordeiro" dando a entender que desconfia das intenções da mudança de postura dos adversários. "Até ontem eram a oposição mais feroz, mais destrutiva, que foi contra o Bolsa-Família dizendo que era Bolsa-Esmola".

Por enquanto, Marina faz campanha apenas para os próprios fãs

Na quarta-feira, enquanto buscava notícias da filha caçula, internada por intoxicação alimentar, Marina Silva repartia-se. Tinha de atender o embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, dar entrevista a uma rádio sergipana, tirar fotos com eleitores do Maranhão e conversar com um colega verde da Paraíba. Todos a aguardavam em seu gabinete. Shannon estava empolgado em conhecer "a empregada que aprendeu a ler aos 16 anos e virou senadora", conforme lhe descreveu um assessor.

O ritmo da pré-campanha presidencial da senadora do PV tem de alucinante o que tem de autoafirmativo: uma agenda tomada de encontros com simpatizantes (estudantes e empresários que se identificam com suas causas), correligionários (de partido ou fé) e ambientalistas. Mais do que por militantes, Marina Silva vive cercada por fãs. "Nunca presenciei uma abordagem que expressasse insatisfação. E olha que estivemos em Mato Grosso", conta Guilherme Leal, presidente do Conselho de Administração da Natura e mais do que provável vice de Marina.

Correio Braziliense

Vaga no Congresso, paletó nos estados

O telefone toca no diretório estadual do PSDB baiano, em Salvador. São 11h da manhã de quinta-feira, horário de trabalho. A funcionária atende prontamente. "Eu gostaria de falar com o José Valdomiro Pena (2º vice-presidente do partido)", fala a repórter. "O Zezito Pena?", pergunta a secretária. Ela informa, então, o paradeiro do dirigente: "Ele não está em Salvador, mas mora aqui pertinho. Tem fazenda no interior e fica muito lá". Não haveria nada de estranho se Zezito não fosse funcionário lotado no gabinete do líder do PSDB na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA). E o caso dele não é isolado. Levantamento feito pelo Correio, ao longo de duas semanas, mostra que algumas dezenas de dirigentes partidários estão acomodados em gabinetes de deputados e lideranças de bancadas. Eles trabalham no estado de origem dos parlamentares, sem a obrigação de bater o ponto para comprovar presença (veja quadro).

A prática se espalha por legendas de diferentes matizes, de centro, de esquerda, governistas, oposicionistas, grandes, pequenas. Há companheiros acomodados nos gabinetes do líder tucano, João Almeida (BA); do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN); do ex-presidente petista Ricardo Berzoini (SP); do contestador Fernando Gabeira (PV-RJ) e até do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Alguns dos dirigentes já deixaram o cargo no partido, mas o período de contratação ficou registrado nos anais da Casa.

Brecha para ilegalidades

Luiz Cláudio Romanelli Filho ficou na mão quando o Supremo Tribunal Federal vetou definitivamente a prática do nepotismo no serviço público. Ele perdeu o emprego que tinha no gabinete do pai, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), na Assembleia Legislativa do Paraná. Mas quem tem padrinho não morre pagão. Romanelli Filho foi acomodado no gabinete de Alex Canziani (PTB-PR), grande amigo de seu pai, na Câmara dos Deputados. "Ele é muito conhecido do deputado e trabalha com a gente lá", afirma a assessoria do petebista.

A mistura de nepotismo com favorecimento partidário também atinge a liderança do PV na Câmara. A mulher do chefe de gabinete do deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), Denise Guardieiro Cardozo, foi nomeada para a liderança do partido quando o parlamentar paulista era líder. Continua no cargo. Segundo o gabinete do atual líder, Edson Duarte (PV-BA), Denise é responsável pela assessoria das comissões. Procurada em seu local de trabalho na tarde de sexta, Denise não foi encontrada. "A sogra dela está hospitalizada, ela eventualmente tem saído", informou a assessoria da liderança.

Parlamentares elegem Rogério Rosso o novo governador do DF

Rogério Rosso é o novo governador do Distrito Federal. Ele foi eleito na tarde deste sábado (17/4), em sessão extraordinária da Câmara Legislativa com 13 votos a favor, número mínimo necessário para que não houvesse segundo turno. Votaram no candidato peemedebista os deputados Aguinaldo de Jesus, Alírio Neto, Ailton Gomes, Batista das Coopertativas, Benedito Domingos, Benício Tavares, Cristiano Araújo, Dr. Charles, Eurides Brito, Geraldo Naves, Pedro do Ovo, Rogério Ulysses e Roney Nemer.

Wilson Lima, inicialmente cotado como favorito a vencer o pleito, recebeu apenas quatro votos, dos distritais Jaqueline Roriz, Milton Barbosa, Paulo Roriz e Raimundo Ribeiro. O candidato petista teve a preferência de seis dos parlamentares: Chico Leite, Eliana Pedrosa, Erika Kokay, Paulo Tadeu, Reguffe e Cabo Patrício. O deputado Raad Massouh absteve-se na votação.

Rogério Rosso passa a ser o chefe do executivo local até o dia 31 de dezembro. A nova vice-governadora é Ivelise Longhi. Na próxima segunda-feira (19/4), haverá sessão solene na Câmara Legislativa, às 10h, para a tomada de posse do novo governador.

Policiais e manifestantes entram em confronto na Câmara Legislativa

Por volta das 16h05 deste sábado (17/4), no momento em que começou a transmissão ao vivo da sessão para as eleições indiretas na Câmara Legislativa (CLDF) nos telões colocados no lado de fora do prédio, teve início também um confronto entre manifestantes e policiais militares. Dezenas de pessoas tentaram entrar na Câmara, mas a polícia impediu, fazendo um cordão e empurrando os manifestantes, que atiraram latas e pedaços de pau. "Polícia pra ladrão, pra estudante não" e "não reconheço essa eleição, aí dentro só tem ladrão" são algumas das palavras de ordem.

Quando os ânimos pareciam serenados, houve novo confronto, em outra entrada da Câmara Legislativa. Os policiais passaram a bater nos manifestantes com golpes de cassetete. Pelo menos três estudantes foram presos.A confusão teria começado após os manifestantes jogarem cones de sinalização, bandeiras e peçados de madeira contra os policiais que faziam o cordão da isolamento na porta da CLDF. No entanto, eles reclamam que a polícia agiu com truculência.

Desiludido com o baixo nível da política - perfil José Eduardo Cardozo

Em uma carreira política, a perda de votos entre uma eleição e outra pode ser traduzida em três reações distintas: a tentativa por um cargo de menor expressão, a busca por mais recursos para a campanha ou o ponto final na carreira parlamentar. Entre as três possibilidades, o deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP) optou pela última. A saída de cena foi anunciada em carta de 136 linhas, na qual ele responsabiliza a ausência de reforma política - em especial a não aprovação do financiamento público de campanha - pela decisão. De proeminente político paulista, terceiro mais votado do estado para a Câmara dos Deputados em 2002, até o dia do basta, há cerca de um mês, o parlamentar completou oito anos de Congresso. Tempo que considera suficiente para desestimular a tentativa por um novo mandato. "Há um nivelamento por baixo da política que só legitima o mau parlamentar", criticou.

Atual secretário-geral do PT, Cardozo iniciou o ano sonhando com a indicação para o Ministério da Justiça. Ensaiava desistir de um novo mandato para trabalhar no Executivo por conta do horizonte nebuloso em São Paulo. Vereador mais votado da história do país, com 269 mil votos, em 2000, o político viu os 300 mil votos obtidos para deputado federal em 2002 minguarem para 124 mil em 2006. Uma nova eleição só seria possível com recursos pujantes de campanha. A saída da cena parlamentar pelo expresso Esplanada dos Ministérios acabou abortada quando foi preterido pelo à época secretário executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto, que acabou assumindo o ministério. Entre buscar recursos para as eleições e se dedicar à vida partidária, optou pela segunda alternativa.

PSB esboça golpe em Ciro

O PSB negocia com o PT apoio em cinco estados para dar por encerrada a discussão da candidatura própria e declarar adesão à chapa de Dilma Rousseff (PT) na disputa pela Presidência da República. Enquanto parte da militância do partido de Ciro Gomes (PSB-CE) defende a ideia de o deputado representar a legenda na corrida pelo Planalto, a direção do partido anda afinada com o governo, que trabalha para atrair o PSB para a campanha de Dilma. Para convencer os integrantes do partido que ainda insistem na tese da candidatura própria, os dirigente já avisaram que todos os cargos ocupados por integrantes do PSB na Esplanada dos Ministérios terão que ser devolvidos. "Não tem sentido sair para uma candidatura sem devolver os espaços que o partido controla no governo. Para acontecer, é preciso devolver os cargos. O próprio Ciro tem ministério ligado a ele", afirma o presidente do PSB de São Paulo, deputado Márcio França.

A farra dos deputados mineiros

Deputados estaduais mineiros estão despejando todos os meses na contabilidade da Assembleia Legislativa de Minas Gerais um grande volume de notas fiscais frias para justificar os seus gastos. Desde 2001, depois que tiveram de cortar seus supersalários (até RS 90 mil), os parlamentares têm direito mensalmente a uma verba indenizatória de R$ 20 mil para custear o mandato, mas só recebem o dinheiro se apresentarem o comprovante da despesa. E é aí que ocorre a farra e o descontrole com os recursos públicos: para mostrar que tiveram realmente os gastos e embolsar a verba, eles recorrem a notas frias, superfaturadas e fornecidas por empresas de fachada.

O Globo

PF já rastreia dinheiro sujo para caixa 2 nas eleições

As autoridades federais encarregadas de fiscalizar o processo eleitoral já detectaram indícios de que organizações criminosas, como a máfia dos caça-níqueis, estão se articulando para financiar políticos comprometidos com a legalização do jogo. Para coibir o caixa dois e o financiamento de campanhas com dinheiro sujo, como o proveniente do narcotráfico e de desmatamento ilegal, a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral vão monitorar a ação desses grupos na campanha. Dados preliminares indicam que até uma facção criminosa de São Paulo pretende financiar a eleição de candidatos. Outra fonte de preocupação para as autoridades é a movimentação de gráficas e empresas de informática. O novo presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, que controlará a disputa eleitoral, busca acordo para utilizar um software, já uado pela PF, para rastrear e impedir a lavagem de dinheiro.

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