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Congresso em Foco
6/11/2008 | Atualizado às 12:47
A visita do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a gabinetes estratégicos do PMDB no Congresso, ontem (5), sinalizou o reaquecimento de um antigo namoro entre as duas legendas.
Entre outros compromissos, Serra se reuniu com duas das principais lideranças peemedebistas no Congresso: o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), candidato do partido para a presidência da Câmara. O governador também se encontrou com o líder tucano na Câmara, José Aníbal (SP).
A visita de Serra ao Parlamento é providencial. Às vésperas da sucessão das presidências da Câmara e do Senado, um eventual estreitamento de relações com o partido vitorioso nas eleições municipais confere força ao PSDB, em sua condição oposicionista, para a corrida presidencial em 2010.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), foi uma espécie de cicerone da visita de Serra ao Parlamento. Ao Congresso em Foco, o parlamentar amazonense disse que o debate sobre a sucessão de Lula ainda é precoce, mas não descartou uma possível chapa PSDB-PMDB para as eleições presidenciais de 2010.
“As conversas são sempre boas, e espero que elas tenham um futuro”, disse Virgílio à reportagem. “Definir chapa não estaria ao meu alcance. Mas eu entendo que temos de ir construindo pontes, e as pontes estão sendo bem construídas pelo governador Serra, como também têm servido ao governador Aécio [Neves, de Minas Gerais] nesse campo.”
Identificação histórica
“É muito cedo para se falar em candidatura para 2010. Acho que a melhor forma para alguém se credenciar para uma eventual candidatura forte em 2010 é trabalhar bem em 2008, em 2009 e no começo de 2010”, sintetizou Virgílio, lembrando que Serra e Temer são amigos de longa data e colegas de “luta política”.
Segundo o senador, uma aliança PMDB-PSDB pode ser repensada nos próximos meses. Virgílio disse ainda que, embora estejam em situações opostas no cenário político nacional, as legendas têm semelhanças e uma clara identificação histórica.
“O PMDB é um partido com muita tradição, e que faz parte do governo – ao contrário do PSDB. Portanto, o PSDB tem mais dificuldade para sustentar seu crescimento. Porém, ele [o PSDB] é armado de algumas lideranças muito fortes, e de governos estaduais que representam 51% do Produto Interno Bruto”, pontuou.
“São partidos que se complementam. Nós jamais deixaríamos de conversar com as figuras que julgamos válidas do PMDB, assim como nós temos uma férrea aliança com o DEM e com uma que cada vez se cristaliza mais com o PPS de Roberto Freire”, completou Virgílio. Ele também destacou a “aproximação visível com os verdes”, em referência à aliança tucana com o candidato derrotado à prefeitura do Rio de Janeiro, deputado Fernando Gabeira (PV).
Xadrez
A sucessão na Câmara e no Senado pode significar muito mais do que um mero namorico entre PSDB e PMDB no plano federal. Também ameaça as pretensões do presidente Lula em emplacar a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para a Presidência da República, numa composição com os peemedebistas.
Embora o PT tenha declarado apoio à candidatura de Temer na Câmara, a falta de reciprocidade do PMDB à indicação de Tião Viana (PT-AC) no Senado pode azedar a relação entre os dois partidos.
À espreita, PSDB e DEM observam o desenho político que surge diante do impasse das presidências. Por tradição, o partido com a maior bancada tem a prioridade de indicação do nome para o posto – e, em ambas as situações, o PMDB tem a maioria. Mas o PT pretende revezar com o PMDB o poder no Legislativo. Até como contrapartida para os cargos que o governo federal já cedeu na Esplanada dos Ministérios aos peemedebistas.
O quebra-cabeça, que só será resolvido em fevereiro de 2009, quando tomam posse os novos presidentes de Câmara e Senado, poderia inviabilizar a já aventada chapa presidencial encabeçada por Dilma Rousseff e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Ex-tucano, Cabral também é visto com simpatia dentro do PSDB para uma eventual aliança com o PMDB em 2010, admite Virgílio. (Fábio Góis)
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