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Congresso em Foco
31/7/2008 | Atualizado às 13:11
O artista carioca Athos Bulcão morreu na manhã desta quinta-feira (31) no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília (DF). Segundo informações da Fundação Athos Bulcão, o artista teve uma parada respiratória.
O corpo será velado no Palácio do Buriti, em Brasília, a partir das 17h. Um cortejo saindo do Palácio às 22h seguirá para o cemitério Campo da Esperança, onde o artista será enterrado.
Doutor Honoris
Nascido no Rio de Janeiro em 1918, o artista chegou a Brasília dois anos antes da inauguração da cidade, em 1958. Athos Bulcão começou carreira de artista como assistente de Candido Portinari, na construção do painel da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Pintor, escultor e arquiteto, ele abandonou o curso de medicina para seguir carreira de artista plástico.
Em sua trajetória, o artista coleciona, entre outras obras, os painéis de azulejos e vitrais da Igreja Nossa Senhora de Fátima (Igrejinha) e o Palácio do Itamaraty, em Brasília, além dos relevos para o Memorial da América Latina, em São Paulo.
Entre outros títulos, Athos Bulcão recebeu do governo a Ordem do Mérito Cultural e da Universidade de Brasília (UnB), o título Doutor Honoris Causa, além da Medalha Mérito da Alvorada, concedida pelo governo do Distrito Federal. (Da Redação)
Leia o que diz o arquiteto Oscar Niemeyer sobre Athos Bulcão:
"É bom falar de um amigo, e melhor ainda quando se trata de um velho companheiro como Athos Bulcão.
Lembro que nos encontramos pela primeira vez no Café Vermelhinho do Rio. Ele colaborava com Portinari e eu iniciava a minha arquitetura.
Depois veio Brasília e para lá seguimos. Tempos difíceis de desconforto e solidão. E durante muitos anos ali ficamos, e o Athos a colaborar e enriquecer meus projetos com seu enorme talento. Até com o teto da capelinha do Alvorada e na fachada do teatro ele colaborou.
Quantas angústias e inquietações Brasília nos deu, sempre a sobrar tempo para rir um pouco,falar da vida, imaginar que um dia ela seria melhor para todos. Mas veio a ditadura, as ameaças e a violência. Foi quando em protesto deixamos a Universidade com mais de duzentos professores.
O tempo correu e, revoltados, partimos para o exterior. E pela França, Itália e Argélia continuamos os nossos trabalhos, de mãos dadas, solidários e amigos. Voltamos. Brasília nos convocava. E até hoje lá está meu querido companheiro, amado por todos, atento às suas velhas convicções, bom e generoso como sempre foi".
(Texto de Oscar Niemeyer para o Livro de Athos Bulcão)
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