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Congresso em Foco
4/6/2008 | Atualizado às 22:51
Dilma negou as acusações. “As declarações feitas pela Denise Abreu são falsas”, disse, irritada, a ministra, durante o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Fazendo menção à entrevista dada por Denise ao jornal paulista, Virgílio acrescentou que a ex-diretora informou que parentes do advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Lula cujo escritório representava os compradores das áreas à época, teriam usado a influência para initimidá-la.
“Segundo ela [Denise], Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios brasileiros para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20 por cento do capital das companhias aéreas”, disse Virgílio da tribuna do plenário. "Chega de proteção: desta vez ela vai precisar enfrentar a verdade e abrir mão de sua tropa de choque."
O senador tucano lembrou que, caso Dilma se recuse a prestar os esclarecimentos ela incorrerá em crime de responsabilidade, como reza o artigo 50, parágrafo 2º da Constituição Federal. Segundo a legislação, ela tem prazo de 30 dias para responder ap requerimento. Além do descumprimento do prazo e da recusa, ela ainda pode ser processada pelo crime supracitado caso omita ou preste informações falsas.
Cautela
Conhecido pela postura conciliadora, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), acatou a solicitação do colega Arthur Virgílio, mas pediu cautela aos senadores oposicionistas acerca das reações às denúncias contra Dilma Rousseff. Segundo Garibaldi, mesmo tendo sido a detentora de um importante cargo da União, Denise Abreu só pode legitimar suas acusações mediante a apresentação de provas irrefutáveis.
"As denúncias têm que ser fundamentadas", abreviou Garibaldi, destacando não acreditar que Dilma tenha sido "capaz disso" (interferir no processo de compra das aéreas). Para Garibaldi, justamente porque ainda não existem provas é prematuro o pedido de convocação da ministra para prestar esclarecimentos.
Diante da hipótese da abertura de mais uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as denúncias, Garibaldi manifestou objeção. "Tudo aqui está virando CPI, não pode ser assim. A CPI é um instituto relevantíssimo, e estamos vendo CPIs frustradas, terminando de maneira melancólica", concluiu. (Fábio Góis)
Atualizada às 22:37.
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