Apesar do aumento das receitas, o déficit nas contas da Previdência aumentou 11,9% no ano passado e atingiu a marca de R$ 42,067 bilhões. Em 2005, a conta ficou negativa em R$ 37,576 bilhões.
O ministro da Previdência, Nelson Machado, considerou o resultado "bom", porque ele ficou abaixo do déficit esperado pelo governo, de R$ 42,4 bilhões. Com uma previsão mais pessimista, os analistas estimavam que o rombo ficasse em R$ 50 bilhões.
Machado atribuiu o resultado a medidas de gestão adotadas em 2006, como o maior controle das despesas com benefícios e o aumento de eficiência da máquina arrecadadora.
A arrecadação total no ano passado foi de R$ 123,52 bilhões, aumento de 13% em relação a 2005. Os gastos com o pagamento de 21,6 milhões de benefícios previdenciários e 2,9 milhões de assistenciais aumentaram 13,4%.
No primeiro ano do governo Lula, em 2003, o déficit fechou em R$ 26,4 bilhões. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, o rombo também quase dobrou, saltando de R$ 9,4 bilhões em 1999 para R$ 17,1 bilhões em 2002.
Para este ano, o Ministério da Previdência estima um déficit previdenciário de R$ 47,2 bilhões, influenciado pelo impacto do novo salário mínimo, de R$ 380, que começará a ser pago em abril, e pelo crescimento vegetativo do número de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).