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Congresso em Foco
18/9/2006 7:24
A Presidência da República divulgou nota, nesse domingo (17), negando que o presidente Lula tenha dito qualquer frase que pudesse ser entendida como uma ameaça à democracia, durante jantar na casa do ministro do Desenvolvimento Luiz Furlan.
Em sua coluna de domingo, reproduzida por vários jornais, o jornalista Elio Gaspari relatou que Lula teria respondido ao empresário Eugênio Staub, durante jantar com empresários, sobre como pretendia fazer as reformas necessárias ao país: "Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é fechar esse Congresso e fazer o que é preciso".
Segundo relato da jornalista Sonia Racy, no jornal O Estado de S. Paulo, Lula teria dito, no mesmo jantar, que o Brasil só conseguiria crescer no ritmo da China se não tivesse Congresso. "Aqui é mais complicado. A China é uma ditadura. Para fazer isso, só se eu fechasse o Congresso", teria afirmado o presidente.
De acordo com as matérias, o clima de descontração não permitiu que a fala fosse entendida como ameaça, embora tivesse causado certa estranheza. Para evitar qualquer dúvida sobre sua defesa à democracia, Lula teria feito menção a uma famosa frase de Ulysses Guimarães: "O doutor Ulysses já dizia: ruim com os políticos, pior sem eles", falou o presidente.
Leia abaixo a íntegra da nota da Presidência:
"Diante de notícias publicadas em jornais de hoje relativas à postura do Presidente da República frente ao Congresso Nacional, cabe afirmar:
1. É falso que o presidente tenha, em qualquer momento, feito afirmação que pudesse ser entendida como uma ameaça ou hipótese de restrição ao livre, pleno e soberano funcionamento do Congresso Nacional;
2. A história de luta e compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a democracia e, por conseqüência, com a soberania e a independência dos poderes que constituem o regime democrático, é amplamente conhecida do povo brasileiro;
3. Ao longo de 44 meses de mandato, o presidente não só demonstrou absoluto respeito pela liberdade e soberania do Congresso como fez questão de prestigiá-lo e valorizá-lo com repetidos gestos de apreço;
4. Só o contexto eleitoral, com reiteradas tentativas de causar confusão e dificuldades para a expressão informada da vontade popular, explica a divulgação de pseudo-notícias como as que apareceram hoje."
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