Depois de citar em seu discurso a presença do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) no jantar de comemoração dos 27 anos do PT, o presidente Lula só foi cumprimentar o ex-ministro da Casa Civil depois que os seguranças e a organização da festa retiraram a imprensa do local.
Segundo o jornal
O Estado de S. Paulo, já era madrugada de sábado quando o presidente cumprimentou com um caloroso abraço o deputado cassado, acusado de coordenar o mensalão. Circulando com desenvoltura entre as mesas, Dirceu ouviu várias manifestações de apoio à sua anistia. “Estou em casa”, comemorou o ex-ministro. Mas negou que esteja em campanha para reaver os direitos políticos via Congresso Nacional.
As 500 pessoas que jantaram com o presidente desembolsaram de R$ 200 a R$ 300 pelos convites e tiveram direito a mordomias, com direito a caixas de cigarrilhas "Dona Flor" e charutos feitos na hora. No cardápio, acarajés, carpaccio de salmão e pratos da nouvelle cuisine francesa, acompanhados de champanhe, espumantes nacionais, vinho tinto, uísque escocês, cerveja e caipiroscas. De sobremesa, musse de café e chocolate.
Ainda de acordo com o
Estadão, Lula trocou duas vezes o nome da governadora do Pará, a petista Ana Júlia Carepa, a quem chamou de “Ana Júlia Carepeta”.
O presidente teria cometeu outra gafe com os colegas ao elogiar a democracia no Brasil. “Ao lado de Ana Júlia e dos governadores
Jaques Wagner (Bahia), Marcelo Déda (Sergipe) e Wellington Dias (Piauí), caprichou nos 'elogios' aos colegas. 'Um país onde é possível um metalúrgico chegar à Presidência, um petroquímico chegar ao governo da Bahia, um advogadozinho ainda meio chumbrega chegar a governador de Sergipe, um bancário chegar a governador do Piauí e uma mulher com a perna quebrada chegar ao governo do Pará só pode ser uma democracia', disse. Referia-se, de novo, a Ana Júlia, que fraturou a perna e ainda usa bengala. 'Lula estava um pouco cansado e foi infeliz', ela tentou explicar”, relata a matéria de Vera Rosa.