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Telefonema reforça suspeitas da PF no caso Itaipu

Congresso em Foco

27/5/2006 | Atualizado 28/5/2006 às 9:34

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Conversa telefônica entre o chefe de gabinete do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), Amauri Martins Escudeiro, com o engenheiro Luiz Geraldo Tourinho Costa, preso na Operação Castores, da Polícia Federal, reforça as suspeitas da PF do envolvimento de outros personagens na fraude de documentos da Itaipu Binacional, Eletrosul, Eletronorte e Furnas para cobrar dívidas, falsas e verdadeiras, das estatais. É o que diz reportagem do Correio Braziliense publicada na edição de hoje.



A conversa foi no dia 8 de abril, num sábado, deste ano. O chefe de gabinete do deputado diz ao engenheiro Tourinho que vai repassar cópias de documentos sigilosos de Itaipu.



"Nós recebemos as cópias dos documentos da Itaipu. Em resposta à notificação. Tem alguns documentos que são sigilosos, em caráter confidencial deles, que eu quero passar pra vocês e pro Arnoldo, que qualifica algumas coisas e vai ajudá-los em muito ainda", promete o chefe de gabinete do deputado Hauly. O deputado tinha requisitado, e recebeu do Ministério de Minas e Energia, documentação da estatal.



Em seguida, Escudeiro avisa que vai ao centro de Curitiba para tirar cópias "no Gabardo" (uma copiadora) e entregá-las, também, a um juiz federal "amigo". "E aí, entrega pra você", diz o assessor. A conversa dos dois prossegue e mostra, segundo entendimento da PF, excessiva intimidade entre Escudeiro e as seis pessoas presas pela Operação Castores da Polícia Federal, entre elas Laércio Pedroso, ex-funcionário da Itaipu e alvo principal da operação da PF.



"O Lalau deve estar chegando aqui daqui a meia hora, que ele ficou de vir aqui dez e quinze, dez e pouco", diz Tourinho Costa, referindo-se pelo apelido de Laércio Pedroso. Em seguida, Escudeiro responde: "Fala pra ele que eu preciso, eu, tem um molecão que eu emprestei e não entregou aquele anexo do xerox do.". E Tourinho Costa responde: "Sei, sei".



Escudeiro prossegue tratando de documentação da Itaipu: "E aí eu queria mostrar também, a posteriori, pra uma figura aí. Se ele me emprestava porque o cara vai me entregar na terça ou segunda. Ele viajou, esse sem vergonha, com o troço. Aliás, todo mundo que lê aquilo fica louco, né. Você leu, né?", pergunta Escudeiro. Tourinho Costa responde que não tinha lido, mas alguém tinha ouvido comentários. Escudeiro reafirma que o assunto é bombástico: "É leitura emocionante, cara. Começo, meio e fim".



Logo em seguida, na mesma manhã, Tourinho Costa telefona para Pedroso. Referindo-se com intimidade a Escudeiro e o seu porte avantajado, diz: "O grandão me ligou. Tá na city. Tá aqui em Curitiba. E tem uns documentos que ele quer nos entregar". Pedroso responde: "Documento pra me entregar. Tá legal. Eu tô chegando aqui no Betel (bairro de Curitiba)". Em seguida, Pedroso complementa: "Saindo daqui, deixo ele em casa, dou um pulinho aí. E aí a gente conversa, depois a gente telefona pra ele e vai se encontrar com ele".



Na última terça-feira Pedroso foi preso no aeroporto de Curitiba depois de entregar a Escudeiro uma mala com 64 quilos de documentos. Escudeiro despachou a mala como se fosse sua, mas a bagagem foi apreendida pela PF. Segundo Escudeiro, a papelada era destinada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional que discutia o suposto caixa 2 de Itaipu.



Explicações



Escudeiro, que passou a ser investigado e deverá prestar depoimento sobre o caso, justificou os telefonemas a Pedroso e Tourinho Costa como parte do seu trabalho para tentar descobrir como funcionava o caixa 2 de Itaipu que, segundo ele, beneficiaria o presidente da empresa, o petista Jorge Samek. "Eu estava repassando a eles a degravação da conversa telefônica entre Roberto Bertholdo e Sérgio Costa, diretor da Siemens. Quando falei que eram documentos sigilosos de Itaipu, não estava me referindo ao sigilo formal. Eram sigilosos para a direção de Itaipu", explicou Escudeiro.



O deputado Hauly disse que seu chefe de gabinete estava investigando o caixa 2 de Itaipu e, por isso, manteve contato com as pessoas que depois foram presas pela PF. "Não tenho nada a ver com esta gangue", reagiu Escudeiro. "Nós estamos investigando estes ladrões para pegar os tubarões", comentou Hauly.

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