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Congresso em Foco
18/4/2007 | Atualizado às 20:01
Política é como nuvem, costumava dizer o ex-governador mineiro Magalhães Pinto, pois muda a qualquer momento. Ainda ontem (terça, 17), a bancada do PSDB na Câmara era contra a criação da CPI do Apagão Aéreo no Senado. Achava que, além de ofuscar a investigação dos deputados, poderia influenciar o Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que deve fazer no próximo dia 25 de um mandado de segurança sobre a criação da mesma CPI na Câmara.
Agora, a bancada tucana é favorável ao funcionamento de uma comissão parlamentar nas duas casas. O líder da legenda na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), mudou o discurso radicalmente: “Senadores tem todo o direito de criar CPI no Senado. Quem tem problema com duas CPIs é o governo. Vamos apoiar e trabalhar nas duas”.
Ontem, ao Congresso em Foco, Pannunzio afirmou que “duas CPIs funcionando ao mesmo tempo no Congresso era perda de tempo”, além de ser “incoerente”.
Coincidência ou não, o consenso entre os parlamentares do PSDB se deu no dia em que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), esteve no Congresso, onde se encontrou com os presidentes Renan Calheiros (Senado) e Arlindo Chinaglia (Câmara). Antônio Carlos Pannunzio, no entanto, nega peremptoriamente que o governador paulista teve influência na decisão.
CPI, mas com rusgas
O PSDB chegou a um consenso sobre a criação de uma CPI do Apagão Aéreo no Senado, mas isso não quer dizer que a relação com os Democratas (ex-PFL) melhorou. As rusgas entre os deputados continuam. O líder dos Democratas, Onyx Lorenzoni (RS), afirmou, sobre a postura dos tucanos nos últimos dias (acompanhado também pelo PPS), que a única legenda que fazia oposição ao governo era o seu partido. Pannunzio respondeu: “Onyx não é o paradigma de deputado para o PSDB. É uma intromissão dele falar por outro partido”.
Casas independentes
O deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), um dos autores do requerimento de criação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara e vice-líder da minoria, destacou a independência das Casas Legislativas para instalação da CPI. “É preciso compreender que as casas são independentes. Mas vale lembrar que o STF vai julgar não a instalação da CPI em si, mas sim a legitimidade de a oposição exercer seu direito constitucional de fiscalizar o Poder Executivo através de uma comissão parlamentar de inquérito”, afirmou. (Lucas Ferraz)
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