Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
6/10/2015 | Atualizado às 15:19
[fotografo]CIMI[/fotografo][/caption]O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ordenou o corte de luz e ar condicionado do plenário de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa na noite desta segunda-feira (5), quando cerca de 200 indígenas, quilombolas, pescadores e camponeses ocupavam o local. Em dia que a Carta Magna completou 27 anos, o grupo protestou contra o descumprimento de garantias constitucionais e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere da Funai para o Congresso a competência de oficializar territórios indígenas e de populações tradicionais.
A vigília começou depois da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa, presidida pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), com o objetivo de o grupo ser recebido por Cunha. Segundo assessoria da Presidência, o peemedebista havia dito aos manifestantes que, se o plenário fosse desocupado, receberia 25 pessoas.
Diante da recusa do grupo, que preferiu ficar no plenário, Cunha considerou os indígenas como invasores e, por volta das 23h, ordenou o corte de energia da sala e que homens da Polícia Legislativa cercassem o local. Pimenta, que fazia a intermediação entre os indígenas e Cunha, convocou outros parlamentares para permanecerem ao lado do grupo. O líder do Psol, Chico Alencar (RJ), o líder do PT, Sibá Machado (AC), Alessandro Molon (Rede-RJ), Moema Gramacho (PT-BA), Odorico Monteiro (PT-CE), Bohn Gass (PT-RS) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foram até lá. A procuradora da República Débora Duprat também acompanhou os ocupantes.
"Foi uma vigília cívica, organizada, disciplinada. As lideranças assumiram o compromisso de que, às 7 horas da manhã, deixariam o espaço da Câmara e cumpriram integralmente", explicou o deputado. Pimenta convocava colegas e comentava o passar da noite pela sua página no facebook.
Chico Alencar também se manifestou pela rede social a respeito do assunto. "O presidente da Câmara, até agora, se negou a receber as lideranças. E, qualificando-os como 'invasores' que 'desrespeitavam o Legislativo' (já ter contas secretas...), ainda mandou desligar a luz e o ar do recinto. Uma 'Operação Asfixia' que não demoveu os ocupantes".
Molon fez o mesmo, considerando a resistência da vigília uma vitória. "Eles resistiram à noite toda, pacificamente, entoando cânticos e falando sobre sua luta secular por seus direitos. Saíram hoje de manhã fortalecidos, com o gosto de vitória na boca", postou ele.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), entidade vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), considerou as reações diante da vigília como mais "um dia triste na recente história de desmandos e autoritarismos praticados pelo atual presidente, deputado Eduardo Cunha".
Com informações da Agência Câmara
Mais sobre CunhaTags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Crise no Rio reforça necessidade da PEC da Segurança, diz relator
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas