Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
16/2/2017 | Atualizado às 8:44
[caption id="attachment_283388" align="aligncenter" width="580" caption="Eunício pediu e Jucá retirou a PEC"]
Pressionado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), retirou a proposta de emenda à Constituição (PEC 3/2017) que suspendia qualquer investigação contra quem viesse a substituir o presidente da República. Segundo reportagem do Estado de S.Paulo, Eunício foi pessoalmente até o gabinete de Jucá para fazer o pedido de retirada da proposta. Ele teria alegado que poderia ser acusado de legislar em causa própria se desse andamento à proposta.
A PEC 3/2017 sofreu imediatamente críticas das oposições e até mesmo de lideranças ligadas ao governo Michel Temer. O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), emitiu nota para dizer que o fato de membros do partido terem assinado a proposta de Jucá não significava que eles iriam apoiá-la. Leia a íntegra do texto. A nota diz que "não existe qualquer compromisso da bancada do PSDB com a aprovação da proposta em questão" e que "o assunto jamais foi objeto de discussão entre os senadores integrantes da bancada do PSDB" A proposta protegia os os chefes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal das ações da Procuradoria-Geral da República e do STF enquanto o investigado estivesse no comando do Executivo, em caso de impedimento de todos os outros na linha sucessória da Presidência da República. O conteúdo é similar ao dispositivo constitucional que já blinda o presidente da República de investigação por atos praticados fora do mandato. A PEC foi retirada do sistema do Senado na noite de quarta-feira (15). "Fiz um apelo para que ele retirasse e ele já retirou. Não está mais no sistema", afirmou Eunício ao Estado de S.Paulo. LEIA A ÍNTEGRA DA PEC 3/2017 Na prática, a proposta impediria que eventuais crimes praticados pelos presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), antes do início de fevereiro, quando ambos iniciaram seus mandatos para o biênio 2017/2018, pudessem ser investigados. Tanto Maia quanto Eunício, a exemplo do próprio Jucá, são citados em delações premiadas relativas à Operação Lava Jato, material que está sob análise do STF. O próprio Juca é investigado em vários inquéritos no STF. A emenda foi redigida no dia 7 de fevereiro e apresentada dias depois. Entre os senadores que haviam apoiado a PEC estavam o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG),;o líder do governo no Congresso, Aloysio Nunes ferreira (PSDB-SP); o presidente da comissão de Constituição e Justiça, Edison Lobão (PMDB-MA); e o líder do PMDB e ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).Temas
EM RESPOSTA AO SUPREMO
Senado defende regras da Lei do Impeachment para ministros do STF
NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS
Lula celebra 95 anos do MEC com caminhada e alfineta Bolsonaro
ALEXANDRE PADILHA