Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Senado adia votação de dívidas e incentivos fiscais

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Senado adia votação de dívidas e incentivos fiscais

Congresso em Foco

31/3/2015 | Atualizado 1/4/2015 às 8:38

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_191477" align="alignleft" width="285" caption="Diferenças federativas inviabilizaram pauta de votação"][fotografo]Moreira Mariz/Agência Senado[/fotografo][/caption]O Plenário do Senado decidiu adiar para a próxima semana a votação do PLS 130/2014, que torna válidos os incentivos fiscais concedidos por estados a empresas no processo conhecido como "guerra fiscal". Por sugestão do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o projeto, que tramita com urgência, foi apenas debatido. Jucá alegou que não havia consenso para garantir a aprovação do projeto, que ele considera positivo. Para não arriscar a derrubada, ele propôs que o Senado dê mais tempo para um entendimento. O projeto da convalidação dos incentivos fiscais era o terceiro item da pauta de votações do dia, atrás do projeto de Marco Legal da Biodiversidade (PLC 2/2015) e do que obriga a reindexação das dívidas dos estados e municípios (PLC 15/2015), mas foi alvo de um requerimento para passar à frente dos outros dois. Com o adiamento da votação, os demais projetos também tiveram sua apreciação postergada para a próxima semana. - Vamos ter aqui uma discussão longa e no final não teremos os votos necessários. Na tentativa de buscar uma confluência de votos para que a gente não arrisque a derrota do projeto e a ampliação da insegurança jurídica, o bom senso e o equilíbrio mandam deixarmos para votar na próxima semana - alertou Jucá. Além disso, Jucá argumentou que a convalidação faz mais sentido se encaminhada junto com a redução e unificação das alíquotas interestaduais do ICMS, medida que depende de um projeto de resolução do Senado. Ele propôs que esse passo também seja dado pela Casa até a semana que vem. - É fundamental aprovar uma resolução que reduza as alíquotas. Hoje o que é dado é um incentivo com o recurso de outros estados. É um modelo perverso. Essa questão será resolvida quando nós nivelarmos as alíquotas interestaduais - disse. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Delcídio do Amaral (PT-MS), foi favorável ao adiamento. Ele acredita que a convalidação é necessária, porém insuficiente, e que vale a pena esperar mais antes de votá-la se o tempo extra resultar em uma solução mais ampla para a "guerra fiscal". - Essa é a grande reforma que o Brasil precisa. É muito bonito convalidar, ninguém é contra, mas seria uma vitória de Pirro. Será que se gastarmos um pouco mais de tempo para trabalhar numa solução mais consistente vamos perder alguma coisa? - ponderou ele. Na opinião do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o adiamento será benéfico porque os senadores já se mostraram dispostos a buscar uma conclusão definitiva para o tema. - O Plenário já demonstrou que não vai sonegar essa discussão. Como a matéria é importante, é preciso dar um tempo para que seja construída uma solução que equilibre definitivamente os interesses dos estados brasileiros - disse Renan. Críticas A convalidação representaria a regularização de benefícios fiscais que os estados concedem a empresas para que estas se estabeleçam em seus territórios, gerando empregos e renda e promovendo crescimento econômico. Para conceder esses benefícios é necessário obter concordância unânime dos demais estados no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Ao longo dos anos, muitos incentivos foram oferecidos em desacordo com essa norma. A competição entre os estados na concessão é conhecida como "guerra fiscal". Os senadores que se posicionam contra o projeto argumentam que a simples convalidação dos benefícios irregulares, sem uma reforma mais ampla do ICMS, apenas incentivaria a "guerra fiscal". - Há um consenso em toda a Casa sobre a necessidade de haver a convalidação desses incentivos, só que para fazer isso nós temos que acabar com a 'guerra fiscal'. Se fizermos isso sem votar uma reforma do ICMS, a consequência é mais 'guerra fiscal' - advertiu Lindbergh Farias (PT-RJ). - O projeto traz inovações que permitem a eternização da 'guerra fiscal' e que vão inviabilizar qualquer reforma de ICMS no nosso país, na medida em que os estados ficam autorizados a conceder remissão dos créditos oriundos desses incentivos que foram contestados sem prazo. Se um estado concede um incentivo que impacta a receita de outro, a federação está vulnerável - questionou Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). O líder do PSD, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou ser a favor da convalidação. Apesar disso, ele disse crer que a aprovação do projeto não faria bem à economia já fragilizada do país. - Discutir essa matéria tão importante para a economia dos estados a toque de caixa não é salutar. O Brasil passa por um momento de ajuste fiscal porque fez desonerações onde não poderia ter feito - afirmou. Apoio Por outro lado, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que a concessão de incentivos pelos governos estaduais é apenas o exercício do "direito legítimo de um governante de fazer política fiscal". O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) disse que os estados mais pobres precisam ter "instrumentos de atração de investimentos privados para poderem gerar emprego e renda". O senador José Pimentel (PT-CE) lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já garantiu que a convalidação será apenas retroativa e não valerá para concessões futuras, o que traria segurança jurídica. Além disso, ele entende que o projeto está de acordo com resoluções recentes do Confaz e é necessário para manter a competitividade das regiões brasileiras com menos infraestrutura. - O projeto incorpora em grande parte proposta que o Confaz elaborou. Ele não retira nem acrescenta nenhum centavo nas receitas públicas estaduais. O que ele faz é resolver uma decisão que quebraria todo o setor produtivo do Norte, Nordeste e Centro-Oeste - frisou. Walter Pinheiro (PT-BA) fez críticas à postura do governo federal ao tratar do assunto, não adotando posições definitivas. Ele disse que a votação imediata da proposta passaria uma mensagem positiva para o Executivo. - Votar é sinalizar, inclusive para o governo, que queremos ajudar no ajuste fiscal e continuar gerando emprego e renda nos estados - disse. Tasso Jereissati (PSDB-CE) rejeitou a tese de que os incentivos fiscais sejam inteiramente responsáveis pela "guerra fiscal". Ele citou outros tipos de incentivos concedidos à indústria, como reduções de IPI para o setor automobilístico e para os eletrodomésticos da linha branca. - Essa política, hoje, pode e deve ser revisada. Mas é um erro chamar o incentivo como única causa da "guerra fiscal". Quero que me apontem alguma indústria em qualquer estado do Brasil que não tenha algum tipo de incentivo fiscal - ressaltou. Mais sobre ajuste fiscal Mais sobre economia brasileira
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures Senado PIB economia brasileira economia Renan Calheiros guerra fiscal pacto federativo comissão de assuntos econômicos Confaz indexador ajuste fiscal Produto Interno Bruto Joaquim Levy ICMS interestadual Conselho Nacional de Política Fazendária

Temas

Reportagem Congresso

LEIA MAIS

ECONOMIA

Governo assumiu compromisso com corte de despesas, diz Hugo

Câmara dos Deputados

Nelinho assume mandato após deputado Eunício Oliveira se licenciar

Apostas online

Senadores apresentam pacote com 17 projetos para regulamentar bets

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES