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18/5/2019 | Atualizado 10/10/2021 às 16:25

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"Governo demonstra dificuldades de abandonar a retórica de palanque", avalia Marcus Pestana
A prioridade para a educação povoa, desde que o mundo é mundo, o discurso dos líderes políticos. Quase sempre de forma apenas retórica, vazia, carente de diagnósticos precisos e estratégias corretas de transformação efetiva da realidade. É preciso levar a discussão educacional para além dessa usual torrente de obviedades, platitudes e boas intenções. Se o problema fosse só a superficialidade do debate ou a ineficácia das políticas públicas, estaríamos numa plataforma melhor para a virada do jogo. Mas não. Como se não bastassem os graves problemas presentes, a educação brasileira patina, neste exato momento, no pântano do radicalismo ideológico que teima em tirar o foco das questões essenciais e substantivas. Na última quarta-feira, dezenas de milhares de pessoas em mais de duzentas cidades foram às ruas contra cortes orçamentários nas Universidades. Não eram apenas eleitores da oposição a Bolsonaro. É verdade que a esquerda universitária e o movimento sindical dos professores têm dificuldade de aceitar a legitimidade de Bolsonaro, que é, gostemos ou não, o presidente de todos os brasileiros, democraticamente eleito. Mas o governo também demonstra dificuldades de abandonar a retórica de palanque, o que ficou claro nas atitudes do Ministro da Educação que se esmerou em apagar incêndio com mais gasolina e na frase do Presidente chamando os manifestantes de "idiotas úteis". À margem disso tudo, está a vida real. O cotidiano das crianças e jovens no sistema educacional brasileiro. No ranking internacional PISA, que mede o desempenho da educação em 73 países, não estamos bem na foto: 59º. lugar em leitura, 63º. em ciências e 65º. em matemática. Temos 27% de analfabetos funcionais entre os brasileiros de 15 a 65 anos. A cobertura de creches para a primeira infância, que está provado é o período que define a capacidade de desenvolvimento cognitivo e dos talentos e habilidades das crianças, não cobre um terço da necessidade. A evasão no ensino médio é ainda grande. Mais do que guerrilha ideológica, parta de onde partir, precisamos de ideias claras, projetos consistentes, ações concretas, certo pragmatismo e boa gestão. Menos retórica ideológica, mais ação transformadora. A receita para uma boa educação não é nenhum segredo ou fórmula mágica. Avaliação de desempenho, qualificação e valorização de professores, foco em metas e prêmio por resultados, mobilização e participação intensa das famílias, descentralização e fortalecimento das diretoras para que a escola seja menos estatal e mais comunitária, introdução de novas tecnologias pedagógicas para que o quadro negro possa competir com a "lan house", transformação da escola num ambiente lúdico e acolhedor que mobilize a atenção das crianças e dos jovens. Ou seja, há bússolas e planos de ação baseados em evidências nacionais e internacionais e em experiências exitosas mesmo em municípios pobres como Sobral, no Ceará, Teresina, Oeiras e Cocal dos Alves, no Piauí, que não deixam o pessimismo tomar conta e mostram que outra educação é possível. Educação é cidadania, cultura, dignidade, qualificação de capital humano, aumento de produtividade. Em última instância, só ela pode transformar o Brasil. Chega de baboseira ideológica rasteira, vamos arregaçar as mangas e dar uma guinada na educação brasileira. > Leia os últimos textos de Marcus Pestana >> Olavo versus militares: populismo ou institucionalismo? >> Cultura é identidade, entretenimento e produção
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