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Congresso em Foco
26/11/2016 | Atualizado às 9:45
[fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Por que a Advocacia-Geral da União - defensora dos interesses do Estado, e não de governos - teria que arbitrar o tal conflito entre os negócios privados de Geddel e as normas técnicas do Iphan, quase aritméticas e previstas em lei federal?
Por que o sub-chefe da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha (ex-advogado do notório Eduardo Cunha), pressionou o então ministro Calero para que o processo do Iphan fosse enviado à AGU, para que a ministra Grace Maria Fernandes Mendonça encontrasse uma solução heterodoxa e driblasse o embargo à construção?
O presidente da República é o gestor de um empreendimento chamado Brasil, que tem um PIB de U$ 2,2 trilhões, mais de 100 empresas estatais, bancos públicos, inúmeras autarquias, fundações e uma administração direta com mais de 2 milhões de servidores públicos responsáveis pela prestação de serviços a mais de 200 milhões de pessoas.
Também está sob a responsabilidade do presidente as relações internacionais, porque é o chefe da nação. Sob sua alçada estão as decisões administrativas que envolvem o patrimônio do país, sua riqueza agrícola, seu potencial energético e ambiental, a política industrial e os verdadeiros conflitos entre os auxiliares sobre o modelo de gestão pública.
Após o impeachment de Dilma Rousseff, o presidente está encarregado de organizar novamente as contas públicas e resgatar a credibilidade do governo, com incentivos a investimentos nacionais e internacionais. Precisa trabalhar duro para aprovar medidas que possibilitem essa reorganização do Estado e a contenção do crescimento da dívida interna. E, além de tudo isso, conseguir maioria parlamentar no Congresso para continuar governando.
Como alguém com tantas atribuições arrumou tempo na agenda para tratar de um assunto privado de um dos seus auxiliares do tamanho de um apartamento de R$ 2,6 milhões?
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