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Fake news e a crise sanitária

Congresso em Foco

18/5/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:36

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[fotografo] Pixabay [/fotografo]

[fotografo] Pixabay [/fotografo]
Por Wilmar Lacerda* A tecnologia permitiu a disseminação da informação em uma velocidade antes inimaginável. Entretanto, a velocidade que a informação chega para as pessoas não favorece somente notícias e dados reais, uma vez que as notícias falsas - as chamadas fake news - ganham também um espaço enorme e prejudicam o direito dos cidadãos de serem devidamente informados. As fake news entraram em voga no campo político, mas elas não se limitam somente a ele. A saúde pública tem sofrido com essas notícias falsas há algum tempo, sendo isso um risco ao que há de mais sagrado: a vida. > Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do país Quando uma organização criminosa está no governo munida de exércitos de robôs direcionados a propagar notícias mentirosas e difamações é que temos que lutar mais ainda. Embora o Brasil tenha sido um exemplo mundial em políticas públicas de saúde nos últimos anos, o país tem enfrentado sérios problemas de desinformação. O governo de Jair Bolsonaro suja as mãos de sangue nestes dois assuntos. A equipe de governo de extrema direita, encabeçado por Paulo Guedes e sustentado pelos militares, segue a velha premissa: sucatear para privatizar. O SUS é alvo constante de ataques e desmontes, no intuito de entregá-lo à iniciativa privada e obrigar o brasileiro a se endividar com despesas médicas. Em momentos como este em que vivemos fica evidente a imensurável importância do SUS. Já se tratando de desinformação, este é o grande pilar de Bolsonaro. Utilizando-se de fake news Bolsonaro atacou os seus adversários nas eleições de 2018, por meio, principalmente, do WhatsApp e redes sociais como Facebook, Twitter e YouTube, onde possui até hoje exércitos de robôs. Bolsonaro trouxe para dentro do Palácio do Planalto a sua organização criminosa de destruição de reputações e propagação de fake news, o chamado Gabinete do Ódio, gabinete esse que já operava dentro da casa do povo, o Congresso Nacional. A CPMI das Fake News tornou público que o assessor do deputado Eduardo Bolsonaro era responsável por manter um perfil no Instagram que disseminava fake news e difamações. Eles também estavam presentes no Senado Federal, utilizando as dependências da casa para alimentar outro perfil no Instagram que propagava desinformação. Ela, a desinformação, sempre foi uma arma que Bolsonaro utilizou e continua utilizando. Agora o presidente usa sua máquina de fake news para atacar a vida do povo brasileiro diante da maior crise sanitária da nossa época, disseminando notícias falsas até mesmo no seu perfil oficial no Instagram sobre as mortes causadas pela covid-19. Infelizmente, as consequências imediatas da negação da ciência, bem como das orientações emanadas dos organismos internacionais, são vidas perdidas e famílias devastadas, vidas as quais são apenas números para Bolsonaro. "E daí? Quer que eu faça o quê?". O método de disseminação dessas fake news é algo já dissecado pela CPMI das Fake News e pelo STF, baseando-se no uso de rede sociais e aplicativos de mensageria para propagação de notícias falsas, sendo estes aplicativos algo muito difícil de se monitorar, pois a propagação do conteúdo é feita por mensagem privada ou em grupos e se espalham rapidamente, muito por conta do caráter aparentemente informativo e de utilidade pública da informação falsa que é repassada. As fake news na saúde pública atacam diretamente a vida do povo brasileiro, e temos como exemplo do perigo da desinformação as informações falsas a respeito das vacinas, onde um movimento antivacina desinforma a sociedade e a coloca em risco, podendo assim trazer de volta surtos de sarampo e outras doenças que estavam praticamente erradicadas por conta de vacina. No entanto, agora estamos diante mais uma batalha pela vida contra dois inimigos: a covid-19 e o governo de Bolsonaro. Lutar pela vida é lutar contra as fake news sobre o novo coronavírus e ao mesmo tempo contra Bolsonaro. Em pesquisa feita pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, é apontado que o aplicativo de mensageria WhatsApp é a principal fonte de informação de grande parte da população brasileira, onde em uma amostragem de 2.400 pessoas entrevistadas, 79% afirmam sempre utilizar o aplicativo como fonte de informação, e em outra pesquisa desenvolvida pela Fiocruz é relatado que 73,7% das informações e notícias falsas sobre a covid-19 circularam pelo WhatsApp. Essa é uma combinação perigosa, pois onde uma grande parcela da população brasileira se informa é onde está a maior parte das notícias falsas que atacam a saúde pública. Logo atrás do WhatsApp aparece redes sociais como YouTube, Facebook, Instagram e Twitter. Nestas redes há um maior poder de monitoramento, pois o conteúdo geralmente é público, havendo a possibilidade de denunciar as fake news para remoção do conteúdo e até mesmo medidas mais duras serem tomadas com base na legislação brasileira. Bolsonaro e seu gabinete do ódio se utilizou de todas essas redes para desinformar a população, difamar opositores e jornalistas, atacar a democracia. Por ser algo potencialmente perigoso para toda a sociedade, as fake news devem ser combatidas por todos nós, mesmo quando partem do presidente da República. Deve-se sempre checar se as informações recebidas pelos aplicativos de mensagem são verdadeiras, há agências de checagem de fatos que trabalham com isso, elas possuem sites que averiguam a veracidade da notícia, e caso a informação recebida for falsa deve-se alertar quem a enviou, para que não a propague mais ainda. Nas redes sociais, deve-se denunciar todo conteúdo de desinformação para a empresa responsável pela rede, todas elas têm mecanismos para isso. Se cada um de nós fizermos a nossa parte, o impacto negativo das fake news será minimizado.
Fontes:
https://www12.senado.leg.br/institucional/datasenado/publicacaodatasenado?id=mais-de-80-dos-brasileiros-acreditam-que-redes-sociais-influenciam-muito-a-opiniao-das-pessoas https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-04/whatsapp-e-principal-rede-de-disseminacao-de-fake-news-sobre-covid-19https://veja.abril.com.br/saude/oms-considera-movimento-anti-vacina-uma-ameaca-a-saude-mundial/   *Wilmar Lacerda é dirigente nacional do PT e vice-presidente do PT-DF. Atualmente é Chefe de Gabinete da Liderança do PT no Senado. > Cadastre-se e acesse de graça, por 30 dias, o melhor conteúdo político premium do país
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