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Extradição
Congresso em Foco
6/10/2025 14:46
O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Tagliaferro, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais que sua audiência na Justiça italiana, realizada nesta segunda-feira (6), foi "fantástica". O encontro tratou do pedido de extradição apresentado pelo Brasil.
"Já passei pela audiência, foi fantástica. Acho que a minha expressão já diz tudo. Foi muito bom", disse o perito em computação, sorrindo. "O juiz recebeu muito bem, foi ótimo. E agora vamos pra luta", completou.
Tagliaferro foi preso pela polícia italiana na quarta-feira (1º) e levado a uma delegacia para cumprimento de medidas cautelares relacionadas ao processo. A audiência desta segunda serviu para notificá-lo oficialmente sobre o pedido de extradição.
Ele deixou o Brasil após ser acusado de vazar mensagens sigilosas do gabinete de Moraes. Em agosto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou-o ao STF por violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
O pedido de extradição foi autorizado por Moraes no mês passado. O Ministério da Justiça e o Itamaraty encaminharam a solicitação às autoridades italianas em 20 de agosto.
Depoimentos
Desde que se mudou para a Itália, Tagliaferro participou de duas audiências no Congresso Nacional por videoconferência, levantando questionamentos sobre procedimentos do gabinete de Moraes.
No Senado, no início de setembro, o perito afirmou que uma operação contra empresários teria sido ordenada com base apenas em uma reportagem jornalística, e que documentos foram manipulados para que a ação parecesse iniciativa da Polícia Federal. Segundo ele, os relatórios técnicos que poderiam embasar a operação só foram produzidos dias após a ação, ocorrida em 23 de agosto de 2022.
Moraes rebateu as acusações, afirmando que todas as decisões nos inquéritos das fake news e das milícias digitais seguiram os trâmites regimentais.
"Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais", disse o gabinete de Moraes em nota.
Na Câmara, ele depôs, no mesmo mês, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisa o pedido de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Tagliaferro afirmou que recebeu orientação para monitorar publicações da parlamentar e elaborar relatórios a serem enviados ao ministro. "A orientação era de que fosse feito um pente-fino", afirmou.
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