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5/1/2021 10:40
Às críticas que se seguiram nos dias seguintes, Ludmila reagiu com forte ironia. Em uma das postagens, no domingo (3), a magistrada publicou um meme com a possibilidade de suas opiniões serem reportadas ao CNJ.Falas irresponsáveis ou imaturas que instigam comportamentos antissociais ou que incitam condutas prejudiciais à coletividade não podem ser toleradas. A liberdade de expressão encontra seu limite quando a fala pretende causar ou tende a causar ações nocivas a outrem.
- Vladimir Aras 🏡 🇺🇳 (@VladimirAras) January 3, 2021
A denúncia ao Conselho foi feita. Em uma peça apresentada nesta segunda-feira (4), um advogado do Mato Grosso do Sul considerou que a ação da juíza merece ser analisada pela corte disciplinar. "As pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconseqüente manifestação", escreveu José Belga Assis Trad, autor do pedido, "que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva."
O problema mais grave, segundo o advogado, é a confusão de papéis que esta fala poderia causar. "Ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista, o público que tem acesso ao conteúdo das postagens da doutora Ludmila Lins Grilo passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura", apontou o advogado.
Outra representação
Não é a primeira vez que Ludmila fica nos radares do CNJ. Em maio do ano passado, ela precisou explicar à corte uma imagem onde aparecia dando apoio a atos antidemocráticos, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Por conta destas atitudes, José Trad aponta que há chances de que a juíza esteja se valendo do alcance das redes sociais e de uma retórica inflamatória para alçar planos políticos. Ao Congresso em Foco, Trad disse que a ação, em relação aos quase 200 mil mortos pela pandemia, é um "comportamento insolente".
"É a hora do Congresso aproveitar a oportunidade e discutir se é o caso de impor uma quarentena a magistrados e membros do Ministério Público que queiram se candidatar [a cargos eletivos]", ponderou. José Trad disse não acreditar que o CNJ, instância máxima sobre a questão, aja de maneira "corporativista", visando proteger a juíza de eventuais sanções, que poderiam ir de uma simples advertência à aposentadoria compulsória, com vencimentos.
A juíza Ludmila Grilo não foi localizada para comentar a questão - mas o espaço permanece aberto para que ela se manifeste.
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