Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Nos faltam noções básicas sobre leis | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Pedro Valls Feu Rosa

Direito criminal e prisão domiciliar

Pedro Valls Feu Rosa

Hora de usar a ciência contra a criminalidade

Pedro Valls Feu Rosa

O que aconteceu, Brasil?

Pedro Valls Feu Rosa

Vivemos o fim do mundo livre?

Pedro Valls Feu Rosa

A quantas anda a Justiça dos homens?

Nos faltam noções básicas sobre leis

Pedro Valls Feu Rosa

Pedro Valls Feu Rosa

26/8/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:58

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

[fotografo]Nelson Jr./STF[/fotografo]

[fotografo]Nelson Jr./STF[/fotografo]
Há alguns dias fiquei a meditar sobre meus tempos de bancos escolares. Quantas coisas maravilhosas aprendi! Zelosas mestras me ensinaram a ler e a escrever. Me deram noções de ciências e de história. Me guiaram através do complexo mundo dos números. E muito mais. O fato é que cheguei ao Curso de Direito com uma razoável formação cultural. Mas eis que, ao longo de minha caminhada pelo universo jurídico, percebi que algo está faltando no ensino médio: noções básicas sobre leis. Esta percepção foi ampliada durante o exercício da magistratura. Quantas pessoas encontrei penalizadas civil e mesmo criminalmente por não terem conhecimento de regras jurídicas básicas. Quantas mais vi irremediavelmente prejudicadas por não terem sido orientadas acerca de seus direitos ou das consequências de seus atos. Este surpreendente quadro, registro, é praticamente mundial. Enfrentá-lo é trabalho que consumirá ainda algumas décadas - e que não beneficiará a atual geração. Daí uma interessante ideia que li nas páginas do respeitado jornal britânico 'The Times': estabelecer serviços de orientação legal nas comunidades. Autor da ideia, o magistrado inglês Robert Ringer ponderou sobre as vantagens que uma orientação jurídica preventiva traria para a economia e a sociedade em geral. Segundo argumentou, "milhões de pessoas não estão recebendo os benefícios a que tem direito. No longo prazo isto não apenas as prejudicará como custará à sociedade mais do que se tivessem tido acesso à ajuda de que necessitavam". E concluiu: "Orientação legal e acesso à justiça é um direito humano - talvez o mais fundamental de todos, pois nenhum direito é real a menos que se tenha a capacidade de exercê-lo". Medite, agora, sobre aqueles tantos que assinam contratos em branco. Que pensam equivaler um recibo a escritura de imóvel. Que são enganados enquanto consumidores. Que são iludidos e envilecidos pela administração pública. Que teriam suas vidas mudadas para melhor se tivessem à disposição uma orientação jurídica preventiva - afinal, sabemos todos que prevenir é melhor que remediar. Contemplo, com olhos de ver, a realidade do povo brasileiro. E o vejo, tão perdido, a parafrasear Castro Alves exclamando "Direito, ó Direito, onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes"?
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Justiça Legislação direito direito humano

Temas

Colunistas
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Fascismo 4.0

Democracia indiferente e fascismo pós-algoritmos

3

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

4

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

5

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES