Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Os ventos que sopram do Norte | Congresso em Foco
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "COLUNA_LEITURA", "assettype": "CO", "articlekey": 31012, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Colunas_cima\",\"assettype\":\"CO\",\"articlekey\":31012}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Marcus Pestana

Sinfonia Barroca, o Brasil que o povo inventou

Marcus Pestana

A direita, a esquerda e o diabo no meio do redemoinho

Marcus Pestana

Poder, República e corrupção

Marcus Pestana

A doença, o diagnóstico e a cura

Marcus Pestana

Crônica de uma morte anunciada

Os ventos que sopram do Norte

Marcus Pestana

Marcus Pestana

7/11/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:57

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

A guerra dos sexos foi a principal característica desta campanha presidencial, observa colunista, que mora nos EUA | Foto: Andrea Hanks/White House Photo

A guerra dos sexos foi a principal característica desta campanha presidencial, observa colunista, que mora nos EUA | Foto: Andrea Hanks/White House Photo
Quase tudo já foi dito sobre as eleições americanas. Escrevo ainda no calor da apuração depois da postagem de mensagens dos dois candidatos à presidência dos EUA no Twitter que dão a dimensão do impasse que assistiremos nos próximos dias. Donald Trump lançou em letras garrafais: "Parem a contagem!". Em direção oposta o democrata Joe Biden afirmou: "Todos os votos devem ser contados". Mas as primeiras iniciativas de judicialização das eleições demonstram que o conflito político se arrastará por dias, semanas. Nunca houve na história americana um presidente que confrontasse de tal forma as instituições, tradições e práticas democráticas. Trump não tem nenhuma contenção na instrumentalização do poder e não reconhece legitimidade em seus adversários e críticos. Foi apontado por estudo da Universidade de Cornell como o maior disseminador de desinformação sobre a covid-19 e tornou prática cotidiana a promoção de fake news "chapa branca" contra adversários.  A vitória de Biden tem dimensão histórica e universal em dois sentidos. O primeiro é o fortalecimento da democracia nos EUA e no mundo, revertendo a onda que se convencionou chamar de "populismo autoritário". A postura agressiva e antidemocrática de Trump ecoa e estimula a radicalização de setores de extrema-direita em escala global. A eleição de Biden vai permitir que ele se alinhe a estadistas como Angela Merkel e Emmanuel Macron na defesa dos fundamentos do sistema democrático, do valor da tolerância e do diálogo, e do compromisso com a liberdade em todas as suas facetas. O segundo sentido é, em substituição ao unilateralismo do "América first", a retomada do multilateralismo e a valorização da integração global para o enfrentamento conjunto dos desafios sociais, econômicos, sanitários, ambientais, militares e de combate ao terrorismo. Acordos, como o de Paris em favor do desenvolvimento sustentável, serão revalorizados e organismos multilaterais receberão o prestígio que merecem. Aqui no Brasil temos muito a aprender e mudar. Dissolver o clima de contaminação ideológica das teorias da conspiração reinantes. Não há plano macabro e secreto da China de implantar o comunismo em escala global através da vacina, do 5G, ou seja lá do que for. Não há uma armação diabólica e um fio condutor ligando a nova constituição do Chile, a vitória da esquerda na Bolívia, o moribundo governo Maduro e o fracasso peronista na Argentina. É preciso urgentemente recuperar as melhores tradições diplomáticas brasileiras que sempre advogaram uma postura independente, profissionalizada, pragmática e sem alinhamentos automáticos. Não deveríamos ter saído da ideologização introduzida pelo petismo de um "terceiro-mundismo equivocado" para o extremo oposto de um alinhamento político e ideológico absoluto e sem resultados com Donald Trump. Por último, o processo eleitoral jogou luzes sobre aspectos em que o Brasil está muito melhor que os EUA. Isto é uma verdadeira vacina contra o nosso suposto "complexo de vira-lata" ou de "pária internacional". Temos um sistema público de saúde (SUS) mais bem resolvido que o americano, apesar de nosso investimento público por habitante ao ano ser nove vezes menor do que nos EUA (US$ 500 dólares aqui e US$ 4.500 lá). E, sem dúvida, o nosso sistema de eleição do presidente da República e de apuração é muito superior. > Leia mais textos do autor  O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

democracia Marcus Pestana trump eleições americanas covid-19 Biden

Temas

Colunistas
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Política Cultural

Lei do streaming tem que focar no produtor independente

2

POLÍTICA BRASILEIRA

Não sabem perder: o comportamento infantil do parlamentar brasileiro

3

previsões políticas

Golpe de 8 de janeiro. Eu já sabia...

4

ISENÇÃO DO IR

O papel central do relator no projeto do Imposto de Renda

5

ESTADOS UNIDOS

A cleptocracia das criptomoedas

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES