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11/5/2019 | Atualizado 10/10/2021 às 16:25

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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto. José Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto. José Cruz/Agência Brasil
Daron Acemoglu e James Robison em seu "Por que as Nações Fracassam", após exaustiva pesquisa histórica, onde cotejaram a experiência de diversas sociedades com as diversas teorias do desenvolvimento, concluíram que a prosperidade ou a miséria são determinadas, em última instância, pela qualidade das instituições. Mal ou bem, no Brasil, aos trancos e barrancos, entre dois impeachments, turbulências políticas e crises econômicas agudas, consolidamos, nos últimos trinta e quatro anos, instituições democráticas e republicanas. Mas, tropeços e soluços continuam a ocorrer.  É preciso ter claro que nossa democracia é ainda tenra e não tem a solidez institucional dos países avançados europeus e dos EUA. É preciso cuidar com carinho da herança deixada pela redemocratização de 1985. Construímos um presidencialismo rígido, com um Congresso forte acompanhado de um sistema político e partidário frágil, inconsistente e pulverizado. É cada vez mais difícil erguer um ambiente saudável de governabilidade e convivência. Quando os governos perdem a sua capacidade de governar se instala grave impasse. O parlamentarismo precisa voltar à pauta de debates. Diante de quadro tão complexo e preocupante, o Governo Bolsonaro parece às vezes brincar com fogo, testando a nossa resiliência institucional. A convivência descoordenada, improvisada e sem bússola estratégica entre os núcleos econômico-liberal, militar, familiar-fundamentalista-olavista, jurídico-morista e técnico-político produziu crises desnecessárias e perigosas em curto espaço de tempo.  A percepção sobre o futuro não pode ser uma roleta russa permanente. O ápice da marcha da insensatez se deu nos recentes, agressivos e despropositados ataques de Olavo de Carvalho aos líderes militares que servem ao Governo e aparecem, cada vez mais, como fiadores da democracia, do equilíbrio e do mínimo de bom senso. O jornalista, astrólogo, "filósofo autodidata", agora transformado em guru, influenciador digital e ideólogo do bolsonarismo, era até então uma figura obscura, sem nenhuma importância pública ou repercussão acadêmica. É inegável que possuí certa erudição. Mas cultiva um anticomunismo antiquado e doentio, enxergando em tudo uma conspiração de um suposto "marxismo cultural", propugna um antiglobalismo anacrônico e retrógrado, nega realidades como a do aquecimento global e defende uma visão política populista, que nega as instituições e clama por uma relação direta e sem mediações entre o Presidente e as massas populares. A direita, seja liberal, conservadora ou autoritária, nunca teve uma presença tão forte e orgânica na história brasileira como agora. O "Guru da Virgínia" não teria maior importância se não fosse o apoio explícito do núcleo familiar-fundamentalista e a posição reticente de nosso principal mandatário. Na era do populismo global, o ideólogo do bolsonarismo abandonou qualquer elegância teórica ou civilidade na discussão, disparando contra seus adversários internos adjetivações grosseiras, desqualificações pessoais inaceitáveis e ataques repugnantes. As agressões ao vice-presidente Hamilton Mourão, aos Generais Santos Cruz e Villas Bôas devem ser repudiadas por todos os democratas. Em nome da democracia e das instituições brasileiras é preciso interromper esta marcha acelerada para o impasse e o abismo. Cultura é identidade, entretenimento e produção O que nos reserva o futuro imediato?
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