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Contradições da oposição facilitam vida de Temer

Antônio Augusto de Queiroz

Antônio Augusto de Queiroz

8/7/2016 | Atualizado às 11:00

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O mercado e a mídia, que têm cobrado austeridade do governo, ganharam novos aliados no Senado. Senadores de oposição têm ocupado a tribuna do Senado para "denunciar" a gastança do governo Temer. Esses senadores, ao assumirem o mesmo discurso fiscalista do mercado e da mídia, cometem um grande equívoco, até porque a variável de ajuste do novo governo serão os gastos sociais (previdência, assistência, saúde, educação), além da despesa com pessoal, segmentos que supostamente esses parlamentares deveriam defender. A presidente afastada Dilma Rousseff, em declaração recente, também questionou o fato de Michel Temer ter reajustado o Bolsa Família e não ter suspendido o reajuste dos servidores, que ela própria havia negociado. A impressão que fica é que Dilma e seus aliados, na avidez de pegar o novo governo em contradição, respaldam as propostas de corte de gasto social do novo governo, que só serão colocadas em prática após confirmado o impeachment. Aliás, a esse propósito, Michel Temer, incomodado com a pressão da mídia e do mercado, prometeu em discurso na primeira semana de maio que tomará medidas "impopulares" assim que for efetivado na Presidência da República. Ora, se a oposição, mesmo que sua intenção seja apontar contradições ou oportunismo do governo interino, insiste em questionar seus gastos, em tese permite ao presidente da República lembrar, quando for colocar em prática seu saco de maldades - e o fará assim que for efetivado - que a própria oposição vinha cobrando austeridade. Constrói-se, por vias transversas, um consenso antissocial, que nada deixa a dever ao consenso de Washington... Esse governo é maquiavélico e age estrategicamente. Ao manter o reajuste dos servidores, socorrer os estados com dificuldade e reajustar o Bolsa Família, sabe que receberá pressão da mídia e das forças de mercado para adotar medidas de corte de gastos. E, se a oposição se soma nesse coro, o caminho estará livre para, após passado o impeachment, promover os cortes sobre os direitos sociais. O governo, na verdade, está dando com uma mão agora e posteriormente poderá retirar com a outra. Ou alguém tem dúvida de que, após efetivado o impeachment e aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, do teto do gasto público, o governo irá invocar restrições fiscais, impostas pela Constituição, para impedir novos gastos ou até mesmo a realização dos já autorizados em lei? A necessidade de economizar com políticas públicas é inerente ao novo governo. Até porque, se não fizer a maior economia possível - e certamente sobre os gastos sociais -, como é que o governo irá honrar os juros e os encargos da dívida? O novo governo, a pretexto de "fazer caixa" e reduzir o deficit público, vai reduzir o tamanho do Estado na prestação de serviços e na oferta de bens e direitos, além de transferir atividades para o setor privado, mas não irá diminuir a capacidade de intervenção do Estado na economia - até porque precisa desse poder para colocá-lo a serviço do mercado. Ou seja, esse será o instrumento por meio do qual fará transferência de renda, com corte de direitos e conquistas sociais, para os detentores dos títulos da dívida. Assim, questionar o governo por estar gastando, seja com socorro aos estados ou com o reajuste dos servidores e do Bolsa Família, mesmo que isso aparente uma contradição, significa apoiar a política de corte que virá tão logo seja concluído o processo de impeachment e que incidirá sobre os assalariados e os mais pobres. Com uma oposição dessas, Temer não precisará de aliados! Mais sobre gastos públicos Mais sobre crise brasileira
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