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Congresso em Foco
5/9/2007 16:23
Em depoimento ao Conselho de Ética, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL) negou ter fraudado licitações públicas em programas governamentais e de vender uma fábrica à cervejaria Schincariol por valor acima do de mercado, após prometer que a empresa seria beneficiada junto ao INSS e à Receita.
Olavo fez coro ao discurso pronunciado ontem por seu irmão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao atribuir as denúncias de irregularidades à sanha de seus adversários políticos. O deputado disse ser vítima de “injúria” e, assim como Renan, também atacou duramente a imprensa. “Primeiro a mídia denuncia, julga e condena. Depois busca aliados para a execução”, declarou.
Na representação encaminhada ao Conselho de Ética, o Psol cita uma conversa gravada pela Polícia Federal durante a Operação Navalha entre o empresário Zuleido Veras, da construtora Gautama, e a diretora da Gautama Fátima Palmeira, na qual mencionam uma emenda que teria sido apresentada por Olavo e que beneficiaria a empresa.
Questionado sobre o assunto pelo relator do caso, Sandes Júnior (PP-GO), o deputado admitiu conhecer Zuleido e Fátima, mas negou ter contato íntimo com os dois, bem como ter apresentado emenda que favorecesse a empreiteira. Olavo afirmou não se lembrar de ter acompanhado o empresário, preso durante a Operação Navalha, em visitas a ministérios.
Fábrica completa
O deputado alagoano também negou haver irregularidades na venda da fábrica de refrigerantes Conny, de sua propriedade, para a Schincariol. Segundo denúncia da revista Veja, citada na representação do Psol, a empresa do deputado foi vendida por R$ 27 milhões embora fosse avaliada em R$ 10 milhões.
Ainda de acordo com a revista, o peemedebista teria prometido ajudar a fábrica em órgãos do governo federal. Segundo Olavo, o preço se justifica porque a Conny era uma empresa em ascensão no Nordeste. “Uma fábrica completa pronta para ultrapassar os limites de Alagoas”, afirmou. “Nunca misturei meu mandato parlamentar com meus negócios”, emendou.
O deputado classificou a denúncia do Psol como “anêmica em fatos” e de "aventureira", por se basear apenas em notícias publicadas na imprensa. “Representações como essa só servem como mecanismo de destruição de adversários políticos”, criticou. “Sou um homem discreto e de hábitos simples. Minha atuação de cerca de 17 anos foi pautada mais pelo silêncio e pela ação. Sou da máxima ‘a palavra é de prata, e o silêncio é de ouro’”, acrescentou. (Ana Paula Siqueira)
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