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Novo governo
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha, Sylvio Costa
8/12/2022 | Atualizado às 17:43
A 24 dias da posse presidencial, o ministério do terceiro governo Lula começa a ganhar feição. O presidente eleito da República, Lula (PT), deve divulgar na manhã desta sexta-feira (9), em Brasília, os primeiros nomes de seus assessores diretos. A expectativa é de que ao menos três ministros sejam anunciados: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública).
Outros cinco nomes também são dados como certos: Rui Costa (Casa Civil), Marco Aurélio Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Jorge Rodrigo Araújo Messias (Advocacia-Geral da União), Simone Tebet (Cidadania, ou Desenvolvimento Social) e Izolda Cela (Educação). Mas não há certeza se essas indicações serão confirmadas nesta sexta-feira.
Veja a lista dos nomes cotados para o ministério
A confirmação de que os primeiros nomes serão divulgados amanhã foi feita pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), após reunião do diretório nacional do partido no início desta tarde. "Ele acha que tem muita especulação. Então, aquilo que ele já tem certeza, que está certo, ele está querendo divulgar amanhã", disse Gleisi.
A deputada afirmou que não sabe quais nomes serão confirmados por Lula. "Não falou [quais áreas]. Deixamos para conversar agora no final da tarde para acertar isso. Eu acho que os que são mais evidentes, talvez Defesa também, que é importante", disse.
Lula projeta um ministério com pouco mais de 30 pastas. Ou seja, ainda há mais de 20 peças a serem definidas e movimentadas no tabuleiro. Decisões essas que passam pela acomodação dos partidos políticos e de personagens do próprio PT.
Dois dos principais coordenadores da equipe de transição, Gleisi Hoffmann e o ex-senador Aloizio Mercadante (PT) não deverão ser ministros. Cresceram nesta semana as chances de Mercadante, antes cotado para o Itamaraty, virar assessor especial de Lula, uma espécie de conselheiro direto do presidente da República, com assento no Palácio do Planalto.
A permanência na Câmara de Gleisi, inicialmente cotada para o ministério, já está sacramentada. Lula enxerga duas vantagens na presença dela na Casa. Para ele, a ida da paranaense para um ministério poderia abrir uma disputa interna pelo controle do PT com o seu afastamento da presidência do partido, o que poderia trazer forte desgaste para o governo.
Ele avalia, ainda, que Gleisi poderá ser mais útil na Câmara, cuidando da articulação política, do que em algum ministério. O presidente eleito ainda busca alianças com partidos que não apoiaram sua eleição para constituir uma base parlamentar.
Entre os nomes dados como certos para compor o governo, estão aliados considerados extremamente importantes pelo futuro presidente para sua eleição.
É o caso, por exemplo, da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Terceira colocada no primeiro turno da disputa presidencial, Tebet mergulhou fundo na campanha do segundo turno de Lula e atraiu um eleitorado mais conservador que resistia a apoiar o petista.
A emedebista, que está de saída do Senado, integra o grupo de trabalho de desenvolvimento social no governo de transição. Ela é a grande favorita para assumir a pasta que tratará do assunto, Cidadania ou Desenvolvimento Social. O PT, no entanto, resiste a entregar o comando do Bolsa Família à emedebista. Uma das saídas estudadas pelo presidente é manter o programa dentro da pasta, mas vinculado a uma secretaria que seria gerida por algum petista. Uma outra possibilidade cogitada é retirar do Desenvolvimento Social os programas de segurança alimentar associando-os aos programas de fomente à agricultura familiar. Seria criado, então, um Ministério do Desenvolvimento Agrário e Combate à Fome. Nessa hipótese, o nome cogitado é a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello, do PT.
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