Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Regulação abrangerá todos os trabalhos por aplicativo, afirma Coutinho

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Entrevista

Regulação abrangerá todos os trabalhos por aplicativo, afirma Coutinho

Deputado é relator do projeto analisado na Comissão Especial sobre Regulamentação dos Trabalhadores por Aplicativos.

Congresso em Foco

14/10/2025 | Atualizado às 9:53

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) defendeu a importância de regular todas as formas de trabalho intermediado por aplicativos. Coutinho é responsável pela relatoria do projeto de lei complementar 152/2025, que promoverá uma regulação do setor. A matéria está sob análise da Comissão Especial sobre Regulamentação dos Trabalhadores por Aplicativos da Câmara.

O relator afirmou que apresentará substitutivo à proposta inicial para englobar outros tipos de serviços, além de transporte e entrega. "Vamos fazer tudo junto, tudo que for aplicativo no Brasil. Vamos tentar regulamentar essa intermediação", disse. Segundo Coutinho, o formato mais adequado será em capítulos para contemplar as especificidades de cada setor.

"Vamos tratar do capítulo de quatro rodas, do capítulo de duas rodas, do capítulo de outras plataformas. A gente vai ver qual o tipo de trabalho que eles fazem. O grande peso disso é os trabalhadores, sejam entregadores ou motoristas. A ideia é fazer em capítulos para que a gente possa avançar."

A iniciativa de regulação partiu do governo, que resumiu o projeto de lei a trabalhadores sob duas rodas, responsáveis pelo serviço de entregas, e sob quatro rodas, referente ao transporte de passageiros. "O governo tinha inicialmente identificado essa necessidade, mas dividiu as negociações entre duas rodas e quatro rodas. O PLP era bom, tinha boas coisas, mas comunicou mal e houve uma reação muito grande", comentou o relator.

Coutinho também ressaltou a importância e praticidade do serviço prestado. "É um serviço ótimo, as plataformas prestam um bom serviço, eu gosto muito e muita gente gosta. É natural que eles ganhem o dinheiro deles pela inovação, por toda a ideia", afirmou. "Tem de ser uma relação justa de dois e de três, porque somos consumidores também, a gente precisa ser preservado."

Agasalho social

Entre os direitos que serão prioridade no relatório, o deputado apontou a previdência social como indispensável. "A gente precisa construir uma previdência para esse pessoal. Tem gente que trabalha há 10 anos e está completamente desassistido do ponto de vista social". Coutinho chamou o benefício de "agasalho social". Para adequar a previdência à categoria, o relator defendeu um posicionamento inovador, que ainda está em debate.

"Talvez a gente possa até ser, eu diria, inovador... sugerir coisas novas que estejam mais adequadas e que sejam não só naquela relação com o Estado, ou seja, previdência privada. Tem muitas ideias."

Outro direito fundamental do ponto de vista de Coutinho, é de seguro trabalhista. "Tem que ter um seguro, pelo menos o de moto tenho total convicção. O motorista também precisa ter. É um agasalho social que a gente precisa pensar", afirmou. "Tem de ser uma relação de ampla defesa e de discussão."

Sob competência dos legisladores

Segundo Coutinho, a necessidade de regulamentação não se resume ao Brasil, porque está sob discussão em outros países do mundo e na Organização Internacional de Trabalho (OIT). "A gente tem conhecimento de alguns países que avançaram com isso, outros que retrocederam. Acho que é oportuno que a gente legisle sobre essa matéria", destacou o deputado, que também é diretor de Micro e Pequenas Empresas da Frente Parlamentar Pelo Brasil Competitivo.

Leia Mais

Coutinho critica atuação do STF na regulação do trabalho por app

O relator criticou que a categoria, no Brasil, seja "terra sem lei". Para ele, isso permite brecha ao Judiciário para intervir no assunto, quando não é de sua competência: "A gente vê tribunais superiores no Brasil, por falta de uma legislação, começarem a querer discutir ou intervir nisso, e não cabe a eles que façam, cabe a nós que somos a Casa de fazer as leis e eleitos pelo povo".

Com esse objetivo, Coutinho ressaltou a atuação da comissão ao colher o ponto de vista dos três públicos interessados: trabalhadores, empresas operadoras e usuários. "Ouvimos primeiro os trabalhadores, agora vamos ouvir as plataformas. Já ouvimos a academia, o Ministério do Trabalho, a Corregedoria do Trabalho. Agora vamos ouvir as plataformas e depois a gente começa a elaborar a ideia", disse.

"Estou animado com as conversas que a gente está tendo, com as reações às audiências públicas muito menos acaloradas", afirmou o relator.

Desde que a comissão foi instituída, em 19 de agosto, 35 convidados contribuíram com o debate nas nove audiências públicas realizadas. O colegiado ainda aprovou 48 requerimentos, em maioria para incluir novos nomes à lista de ouvidos.

A comissão delibera até novembro deste ano, quando a matéria deve seguir ao Plenário, como estima Coutinho: "A nossa ideia é votar essa matéria na comissão até meados de novembro, que é quando a gente termina as audiências públicas, e já de imediato a gente fazer isso e levar para o plenário".

"Tem temas que são divergentes. O que for divergente acho que não tem nenhuma dificuldade, a gente leva ao Plenário e o Plenário decide. O importante é fazer em um formato que a maioria vença, não é porque sou o relator que vou ser o protagonista da lei."
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

augusto coutinho entrevista câmara dos deputados

Temas

Congresso

LEIA MAIS

Panorama

Comissão do Trabalho por Aplicativo avança e afunila texto do projeto

ECONOMIA

Transformação do trabalho por app em vínculo CLT pode reduzir salários

paz

Hugo Motta celebra assinatura de acordo de paz na Faixa de Gaza

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

TRANSPORTE PÚBLICO

Tarifa zero cresce e já está em 170 cidades; veja o raio-X nacional

2

SEM ACORDO

Congresso perde prazo e Novo Código Eleitoral não valerá para 2026

3

DESVIO DE APOSENTADORIAS

Viana quer convocar irmão de Lula: "CPMI do INSS não tem blindagem"

4

Liberdade de Expressão

Kim sugere "Lei Danilo Gentili" para garantir imunidade a críticos

5

Valorização profissional

Congresso debate jornada máxima e piso salarial para nutricionistas

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES