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ENERGIA
Congresso em Foco
25/11/2025 | Atualizado às 8:42
A nova lei que moderniza o marco regulatório do setor elétrico foi sancionada com 22 vetos pelo governo federal. O principal deles barrou a mudança no preço de referência do petróleo, usado em políticas públicas e contratos do setor de energia. Ao mesmo tempo, o texto cria e detalha mecanismos de compensação para usinas de fontes renováveis que tiveram sua geração reduzida por determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS).
A Lei 15.269/2025, publicada nesta terça-feira (25) no Diário Oficial da União e sancionada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, tem três objetivos centrais:
O que foi vetado
O governo vetou a mudança no preço de referência do petróleo por entender que ela poderia:
Outros vetos atingiram pontos isolados do texto onde havia risco de repasse direto de encargos à conta de luz. Todos os vetos ainda serão analisados pelo Congresso, que pode mantê-los ou derrubá-los.
Compensação para usinas eólicas e solares
A lei trata também dos cortes de geração que atingiram usinas eólicas e solares nos últimos anos por razões de segurança do sistema. O texto:
A Câmara de Comercialização de Energia (CCEE) calculará os valores, atualizados pela inflação (IPCA). O governo busca, com isso, encerrar disputas judiciais e impedir que o custo recaia de forma desordenada sobre os consumidores.
Mercado livre e "supridor de última instância"
O marco também avança na abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL), o mercado em que empresas escolhem seu fornecedor de energia.
Entre as medidas:
A Aneel regulará esse supridor e definirá as tarifas aplicáveis.
Incentivo ao uso de baterias e ao armazenamento de energia
Um dos pontos mais modernos da lei é o estímulo a sistemas de armazenamento de energia, especialmente baterias (BESS). A lei:
A medida busca facilitar a integração de energia solar e eólica - fontes intermitentes - e reforçar a estabilidade do sistema em horários de pico.
Hidrelétricas, carvão e planejamento
O novo marco também altera regras de operação e planejamento:
Aneel ganha novas atribuições
A agência reguladora passa a ter responsabilidades mais claras, como:
A CDE, principal fundo do setor elétrico, terá regras mais rígidas para limitar gastos e um novo encargo complementar, acionado em caso de insuficiência de recursos.
Gás natural e transição energética
No setor de gás natural, a lei:
Também avança em medidas de transição energética, como:
Com a sanção da lei, o governo tenta equilibrar três metas estruturais: tarifas mais baixas, segurança no fornecimento e aceleração da transição energética. A disputa sobre vetos e regulamentações, porém, deve seguir no Congresso e no setor elétrico nos próximos meses.
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