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Congresso em Foco
10/12/2007 | Atualizado às 20:43
A construção e a exploração da usina de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), serão realizadas pelas empresas que fazem parte do consórcio Madeira Energia, que tem como principal acionária a estatal Furnas Centrais Elétricas S/A, detentora de 39% dos investimentos. O consórcio também é encabeçado por um fundo composto pelos bancos Banif e Santander, com 20% de participação. O custo estimado para o empreendimento gira em torno de R$ 9,5 bilhões.
A usina faz parte do complexo hidrelétrico do rio Madeira, onde também devem ser construídas as usinas hidrelétricas de Jirau, Guajará-Mirim (na fronteira entre Brasil e Bolívia) e Cachuela Esperanza, em território boliviano. Ainda não há previsão de quando serão realizados os próximos leilões.
O preço vencedor oferecido pelo grupo é de R$ 78,87 megawatt hora (MWH). Pelo acordo, o consórcio fornecerá, no mínimo, 70% da energia produzida para as distribuidoras e 30% para o mercado livre. Apesar de ter um potencial previsto em 3.150,4 megawatts, a usina deve operar até 2016 com a capacidade de 2.218 megawatts. Já em dezembro de 2012, a primeira das 44 turbinas deve começar a operar.
Exploração por 30 anos
As outras empresas que compõem o consórcio vencedor são a Odebrecht Investimentos em Infra-Estrutura Ltda (17,6%), a Construtora Norberto Odebrecht S.A. (1%); Andrade Gutierrez Participações S/A (12,4%) e a Cemig Geração e Transmissão S/A (10%). A concessão de exploração é válida por 30 anos.
Também concorreram ao leilão o grupo formado pelas empresas Suez Energy South América Participações Ltda e Eletrosul Centrais Elétricas S/A e o consórcio de Empresas Investimentos de Santo Antônio, composto pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF, pela CPFL Energia S/A e pela Endesa Brasil S/A.
Clima de confronto
Antes da realização do leilão, ocorrido na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília, manifestantes contrários à criação da usina de Santo Antônio foram tirados à força do local pela Polícia Militar do Distrito Federal. Ao todo, sete pessoas foram presas, acusadas de causar dano ao patrimônio público. Cerca de 80 manifestantes ocuparam por cerca de quatro horas as dependências da Aneel e tentaram impedir a realização do leilão (leia mais).
Eles alegam que a construção da usina vai contaminar o rio e piorar a qualidade de vida dos ribeirinhos. “Teremos um rio morto, estéril, com águas podres, contaminado por mercúrio, multiplicador da malária. Um rio a serviço das indústrias eletrointensivas e do agronegócio, imprestável para o povo, para a pesca artesanal, para o lazer e para as culturas de várzea”, diz manifesto assinado pela Via Campesina e outras organizações não-governamentais, que também protestam contra a transposição do Rio São Francisco. (Erich Decat)
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