![Líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes [fotografo] Agência Senado [/fotografo]. Líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes [fotografo] Agência Senado [/fotografo].](https://static.congressoemfoco.com.br/2020/06/49867365138_a0fe693f06_c.jpg) 
 
Líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes [fotografo] Agência Senado [/fotografo].
O senador
 Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, disse em entrevista ao 
Congresso em Foco que o Executivo não tem intenção de mudar a regra do teto de gastos. O senador defendeu o
 Pró-Brasil, que impulsiona obras em infraestrutura, mas ressaltou que o programa vai ser feito dentro das regras fiscais atuais.
O teto foi 
aprovado pelo Congresso em 2016 durante o governo de Michel Temer (MDB) e limita o crescimento de despesas à inflação do ano anterior. O ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, que coordena o Pró-Brasil, nega que a regra fiscal será descumprida e defende 
investimentos privados para o programa.
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"O governo tem uma tranquilidade em relação a isso porque os ministros dessa área, Tarcísio e 
Rogerio Marinho, eles têm tido um desempenho muito competente. É natural que a gente tente a recuperação econômica e que, em eventuais esforços, o Congresso colabore com o governo para achar fonte de recurso. Não quer dizer necessariamente que isso venha romper o teto", disse o líder do governo.
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"Até o dia 31 de dezembro estamos no período de
 calamidade pública e a opção realmente é a saúde, isso os números provam. Não tem nenhum drama em relação a isso, temos que ir tocando e tentando achar condições, dentro do que é possível, dentro do que a economia permite, mas com determinação porque tem uma agenda propositiva nessa área", declarou o emedebista.
O líder do governo negou seja discutido no Congresso a possibilidade de prorrogar para 2021 o período de calamidade e que isso é uma iniciativa que deve partir do presidente Jair Bolsonaro.
"Acho que não, esse é o tipo de assunto absolutamente sensível que depende primeiro da análise do presidente da República, dos ministros da área estratégica. Pelo Congresso não tem nenhum tipo de iniciativa nesse sentido, essa é uma prerrogativa do Poder Executivo".
A ideia de flexibilizar o teto de gastos tem a oposição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse que não vai pautá-la. Em outra frente, ele tenta "furar o piso" em vez de "romper o teto", ao analisar uma proposta de emenda à Constituição 
(PEC) que diminui gastos obrigatórios, com redução de salários de servidores e desvinculação de fundos.
Há uma PEC, de autoria do senador 
Jaques Wagner (PT-BA) e relatoria do senador 
Weverton Rocha (PDT-MA), que retira gastos em obras da regra do teto. 
Jaques Wagner disse ao 
site que se movimenta para que ela seja pautada, mas evitou falar se o presidente do Senado, 
Davi Alcolumbre (DEM-AP), demonstrou intenção de pôr o texto em votação.
Perguntado sobre a 
reforma tributária, o senador 
Eduardo Gomes disse estar otimista que o Congresso e o governo vão chegar a um texto de consenso. "Tem pouco tempo que começou a ser discutido, mas por enquanto a visão de todo é otimista de que dessa vez a gente vai chegar em um texto final".
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