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Congresso em Foco
11/11/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:31
![Bairro da Liberdade, em São Paulo [fotografo] Rovena Rosa/ Agência Brasil [/fotografo] Bairro da Liberdade, em São Paulo [fotografo] Rovena Rosa/ Agência Brasil [/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2020/04/Rovena-Rosa.-Agência-Brasil.jpg) 
 
 Além disso, outras áreas entram no contexto da formação de uma cidade inteligente. Uma das mais preocupantes mas que pode se tornar uma das mais rentáveis, se bem trabalhadas, é a que implica na coleta e destinação de resíduos sólidos. Com um grande potencial de reaproveitamento em diversas áreas e mesmo da geração de energia através da implantação de usinas, São Paulo reaproveita muito mal o lixo que produz. Segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), novas tecnologias de produção de energia elétrica a partir de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) poderiam movimentar anualmente R$ 11,6 bilhões em investimentos em infraestrutura no Brasil, totalizando R$ 145 bilhões até 2031, grande parte disso em nosso município. É muito potencial desperdiçado enquanto se perde tempo com leis que não atacam a raiz do problema, como proibição de canudinhos.
Mas os problemas que impedem que São Paulo seja mais inteligente, vão além do problema do deslocamento e do lixo. Bairros mais planejados, um novo adensamento, verticalização ordenada, maior mobilidade, criação de novos eixos comerciais desde que se respeite as características específicas de cada bairro, tudo isso melhoraria a estrutura da cidade e aproximaria as pessoas de suas demandas, impedindo o desconforto de precisar rodar horas para se chegar a algum local e diminuindo a poluição, por exemplo. Tudo isso de maneira sustentável, que amplifique áreas verdes e revitalize as históricas, e que permita práticas como o retrofit para destinar de maneira útil construções mal utilizadas. Além disso, esse planejamento pode melhorar a segurança e influi na avaliação positiva dos moradores de uma cidade, fazendo com que eles queriam permanecer ali com satisfação.
A pesquisa Viver em São Paulo: Qualidade de Vida revelou, no início desse ano, que 67% dos paulistanos, se pudessem, se mudariam de cidade. Ao mesmo tempo, num ranking com as 165 principais cidades inteligentes do mundo, elaborado pela IESE Bussiness School, São Paulo ocupa a 116º posição entre as 165 analisadas. Apesar de ser a mais bem colocada entre as seis cidades brasileiras que aparecem na pesquisa, ainda é pouco. Precisamos melhorar em ambos os números, e subindo no ranking que torna nossa cidade mais inteligente, também diminuiremos o número de moradores insatisfeitos e com vontade de se mudar.
*Janaina Lima é advogada, militante da educação na primeira infância e vereadora licenciada pelo Novo em São Paulo.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
Além disso, outras áreas entram no contexto da formação de uma cidade inteligente. Uma das mais preocupantes mas que pode se tornar uma das mais rentáveis, se bem trabalhadas, é a que implica na coleta e destinação de resíduos sólidos. Com um grande potencial de reaproveitamento em diversas áreas e mesmo da geração de energia através da implantação de usinas, São Paulo reaproveita muito mal o lixo que produz. Segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), novas tecnologias de produção de energia elétrica a partir de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) poderiam movimentar anualmente R$ 11,6 bilhões em investimentos em infraestrutura no Brasil, totalizando R$ 145 bilhões até 2031, grande parte disso em nosso município. É muito potencial desperdiçado enquanto se perde tempo com leis que não atacam a raiz do problema, como proibição de canudinhos.
Mas os problemas que impedem que São Paulo seja mais inteligente, vão além do problema do deslocamento e do lixo. Bairros mais planejados, um novo adensamento, verticalização ordenada, maior mobilidade, criação de novos eixos comerciais desde que se respeite as características específicas de cada bairro, tudo isso melhoraria a estrutura da cidade e aproximaria as pessoas de suas demandas, impedindo o desconforto de precisar rodar horas para se chegar a algum local e diminuindo a poluição, por exemplo. Tudo isso de maneira sustentável, que amplifique áreas verdes e revitalize as históricas, e que permita práticas como o retrofit para destinar de maneira útil construções mal utilizadas. Além disso, esse planejamento pode melhorar a segurança e influi na avaliação positiva dos moradores de uma cidade, fazendo com que eles queriam permanecer ali com satisfação.
A pesquisa Viver em São Paulo: Qualidade de Vida revelou, no início desse ano, que 67% dos paulistanos, se pudessem, se mudariam de cidade. Ao mesmo tempo, num ranking com as 165 principais cidades inteligentes do mundo, elaborado pela IESE Bussiness School, São Paulo ocupa a 116º posição entre as 165 analisadas. Apesar de ser a mais bem colocada entre as seis cidades brasileiras que aparecem na pesquisa, ainda é pouco. Precisamos melhorar em ambos os números, e subindo no ranking que torna nossa cidade mais inteligente, também diminuiremos o número de moradores insatisfeitos e com vontade de se mudar.
*Janaina Lima é advogada, militante da educação na primeira infância e vereadora licenciada pelo Novo em São Paulo.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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