Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. "Os partidos precisam se reinventar", defende Paulo Hartung

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

"Os partidos precisam se reinventar", defende Paulo Hartung

Congresso em Foco

17/11/2018 | Atualizado às 9:51

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A menos de dois meses de concluir seu terceiro mandato de governador, Hartung desistiu de concorrer à reeleição e diz não querer mais saber da política partidária[fotografo]Divulgação[/fotografo]

A menos de dois meses de concluir seu terceiro mandato de governador, Hartung desistiu de concorrer à reeleição e diz não querer mais saber da política partidária[fotografo]Divulgação[/fotografo]
Para o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, o sistema político e partidário do Brasil "virou água" e precisa ser reinventado urgentemente para que o país possa retomar o caminho do desenvolvimento. Desfiliado do MDB desde o último dia 7, Hartung entende que os partidos de centro, como o próprio MDB e o PSDB, perderam relevância e, para não sumirem, têm de refletir e fazer autocrítica para compreender por que foram rejeitados nas urnas em 2018. O centro foi o campo político mais afetado nas eleições do Congresso este ano. Dono da maior bancada em várias legislaturas, o MDB elegeu 34 deputados e terá a quarta maior representação na Casa (atrás de PT, PSL e PP). Já o PSDB, com 29 deputados, será apenas a nona em tamanho. Em compensação, a direita cresceu e vai ocupar mais da metade das cadeiras na Câmara. Em busca de respostas para a perda de espaço, Hartung tem se reunido com outras lideranças, como o senador Tasso Jereissati (CE), ex-presidente do PSDB. O objetivo deles, segundo o ex-emedebista, não é criar um novo partido, ao contrário do que foi noticiado, mas procurar alternativas para a criação de novas lideranças políticas no país. [caption id="attachment_315186" align="alignright" width="346"]tasso jereissati Marcos Oliveira Agencia Senado Governador tem conversado com o senador Tasso Jereissati para tentar entender o encolhimento do centro em 2018. Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado[/caption] Fora de partido A menos de dois meses de concluir seu terceiro mandato de governador, Hartung desistiu de concorrer à reeleição e diz não querer mais saber da política partidária. Quando deixar o cargo, além de voltar para a iniciativa privada, pretende participar de dois movimentos: um de renovação de lideranças políticas, o RenovaBR, e outro voltado para a melhoria da educação básica, o Todos pela Educação. Na visão do governador, o processo de desorganização do quadro partidário acumula mais de três décadas no Brasil, mas tem se agravado ano a ano. "Já temos uma legislação eleitoral ruim, com voto proporcional, coligações na eleição proporcional, uma estrutura caótica, regras eleitorais e ambiente tóxico para chegar a esse ponto, uma eleição que não discute o Brasil", considera. Vazio de propostas Hartung avalia que a situação piorou na eleição de 2014, com a falta de apresentação de propostas para o país durante as eleições. Já este ano, ressalta, o cenário se agravou por uma série de fatores internos e externos. "Um prometeu botijão de gás subsidiado de um lado; o outro 13º para o Bolsa Família. Enquanto isso o Brasil está produzindo déficit fiscal de R$ 150 bilhões, com crescimento medíocre e 12 milhões de desempregados", critica, em alusão aos candidatos que chegaram ao segundo, Fernando Haddad, e Jair Bolsonaro (PSL), presidente eleito. Parte do problema, segundo Hartung, está na crise da democracia representativa e não se restringe ao Brasil. "Há uma certa deslegitimização das instituições políticas mundo afora. Tem um elemento novo que precisa ser pensado que é a presença de novas tecnologias, impactando a vida humana, a forma de consumir e produzir, a forma de viver, tudo isso interfere na política. As instituições não conseguiram contemplar essa nova sociabilidade que está aí", afirma. Mal-estar O cenário no Brasil, de acordo com o governador capixaba, reúne outros elementos complicadores. "O quadro brasileiro é muito mais grave, porque juntou a isso o descaminho em que o país entrou, a política econômica que levou o Brasil a andar para trás. Se antes tinha três pessoas trabalhando em uma casa, agora só tem uma. Temos renda e emprego em queda. Um mal-estar horroroso", considera. [caption id="attachment_354760" align="alignleft" width="357"] Para Hartung, facada desferida contra Bolsonaro foi um dos fatores decisivos da eleição. Foto: Reprodução[/caption] "Do Plano Real em diante as famílias tiveram uma melhora de vida. Foram tendo acesso a bens e serviços. De um dia para o outro, começa a perder o que ganhou. Juntam-se aí os problemas da democracia no mundo com os de carne e osso do brasileiro, piorando de vida. Liga a TV é escândalo de corrupção um atrás do outro. Isso de certa forma produziu esse processo eleitoral. Não é uma coisa só, são vários elementos que levaram a eleição para esse caminho", acrescenta. Para ele, o ataque a Bolsonaro em Juiz de Fora também pesou na eleição do capitão reformado do Exército. "A partir daquele momento a campanha dele ganhou mais força. Mas vínhamos num ambiente muito ruim, muito propício para a demagogia e o populismo", avalia. Embora o clima de instabilidade persista, o momento é propício para o país rever o seu sistema político e eleitoral, considera Hartung. "Os partidos e o sistema eleitoral têm de se reinventar. Os dois fizeram água há algum tempo. Só que nos últimos anos isso se agravou de maneira dramática. Estamos num momento bom para o quadro partidário ser repensado, para a gente ver um modelo eleitoral adequado para o país, que aproxime a representação política da sociedade, que diminua o custo das campanhas e para que elas sejam mais programáticas", defende. [caption id="attachment_365333" align="alignright" width="357"] Clima de tensão durante protesto de moradores em frente ao Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo em Maruípe. Tânia Rêgo/Agência Brasil[/caption] Policiais e contas públicas Em fevereiro do ano passado Hartung viveu o momento mais crítico das suas três gestões à frente do Espírito Santo. A paralisação da Polícia Militar por 21 dias levou o caos às cidades capixabas. Em um único dia, segundo o sindicato dos policiais civis, foram registradas 43 mortes. Foram mais de 200 ao longe de toda a greve, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social. Os policiais reivindicam a correção da remuneração pela inflação do período junto com o retroativo referente a 2010. Mesmo sem disputar a reeleição, Hartung viu alguns de seus aliados serem derrotados em 2018. Seus três vice-governadores - Lelo Coimbra (MDB), Ricardo Ferraço (PSDB) e Cesar Colnago (PSDB) - não conseguiram mandato na Câmara nem no Senado. Também viu a volta ao poder do ex-governador Renato Casagrande (PSB), a quem havia derrotado em 2014. Entre os aliados do governador que se elegeram está o senador Fábio Contarato (Rede-ES), que foi corregedor-geral do estado na gestão de Hartung. O governador capixaba diz que chegou a hora de parar. "Estou fechando bem o meu mandato, com as contas em dia. O MEC distribuiu as notas de português e matemática do ensino médio, e o Espírito Santo está em primeiro lugar, sinais bons nas políticas públicas, sinal bom na organização financeira do estado. O Espírito Santo é um diferencial. É uma boa hora para virar a página de um ciclo, uma vida", afirma.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

democracia corrupção PSDB direita Jair Bolsonaro Paulo Hartung Fernando Haddad política brasileira crise política MDB centro RenovaBR

Temas

País

LEIA MAIS

TARIFAÇO DE TRUMP

Haddad sobre tarifas dos EUA: "Estamos longe do ponto de chegada"

VIDA QUE SEGUE

Alexandre de Moraes vai a estádio horas após sanção dos EUA

Sanção internacional

Associação Brasileira de Imprensa manifesta apoio a Moraes após sanção

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

TROCA DE DEPUTADOS

Câmara confirma perda do mandato de 7 deputados após decisão do STF

2

Vote já!

Últimas horas para votar no Prêmio Congresso em Foco: ainda dá tempo!

3

MUNDO

Foragida da Justiça, Carla Zambelli é presa na Itália

4

MUNDO

Alternativa local: entenda como a sanção a Moraes pode ser contornada

5

Tarifaço

Suco de laranja, carvão e peças de avião estão fora da tarifa dos EUA

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES