Para Kátia Abreu, maioria do Parlamento discorda de Salles

A senadora Katia Abreu (PP-TO) disse, neste sábado (5), que a maior parte do parlamento discorda da política ambiental do governo de Jair Bolsonaro. Em vídeo publicado por conta do dia internacional do meio ambiente, a senadora - ela própria uma integrante da bancada ruralista e defensora de demandas dos agricultores - disse que a situação que passa o país "muito nos traz constrangimento."

Neste Dia do Meio Ambiente, enviei um comunicado para diversos países reiterando que o povo brasileiro não concorda com a postura do governo Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles em relação ao desmatamento. Assista! pic.twitter.com/3dzDmx0ZEq

- Kátia Abreu (@KatiaAbreu) June 5, 2021

Em sua fala, Kátia, que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) do Senado, relembrou argumentos utilizados pelos agropecuaristas para provar seu sucesso - entre eles, o fato de que tal produção ajuda a alimentar parte da humanidade. A atual política, no entanto, não seria bem-vista por essa bancada, segundo a senadora. "A grande maioria dos brasileiros e a grande maioria do parlamentares do Brasil, do Congresso Nacional, não concorda com o que está acontecendo no Brasil com relação à causa ambiental", disse A senadora também renovou o pedido pela demissão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do cargo. No vídeo, legendado em inglês para alcançar um público internacional, a senadora explica a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) contra o ministro. "Nós estamos atentos no Congresso Nacional, para que estas investigações sejam ágeis, que elas possam ser céleres", disse. "Porque não concordamos que este ministro não pode continuar à frente da pasta enquanto os fatos não forem esclarecidos." Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que tanto o MPF quanto a PF investiguem o ministro Ricardo Salles por suposta obstrução de Justiça durante uma operação que fez apreensões recordes de madeira desmatada da Amazônia em 2020. > Hidrelétricas da bacia do Paraná estão com piores níveis em 91 anos, diz ONS > "Dia D", "Arraial" e prazos menores: estados buscam acelerar vacinação