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"Estou sob sigilo", diz ator que gravou vídeo de apologia ao golpe militar divulgado pela Presidência

Congresso em Foco

2/4/2019 | Atualizado às 11:02

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Paulo Amaral disse que foi contratado para ler um texto e que não sabia da finalidade do vídeo[fotografo]Reprodução[/fotografo]

Paulo Amaral disse que foi contratado para ler um texto e que não sabia da finalidade do vídeo[fotografo]Reprodução[/fotografo]
O artista que encarna o ardoroso defensor do golpe militar de 1964 em vídeo divulgado pela Presidência da República no último domingo (31) está impedido desde ontem, segundo ele mesmo, de se pronunciar sobre o assunto até que os responsáveis pela gravação se manifestem. "Estou sob sigilo. Não posso falar nada. O meu negócio era gravar um texto", disse ao Congresso em Foco o ator Paulo Amaral. "Me pediram para aguardar um ou dois dias. Eles devem falar sobre o assunto até amanhã", acrescentou, sem nominar quem o contratou. No vídeo, divulgado em rede social pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, ele diz que os militares salvaram o Brasil de uma ameaça comunista. A gravação foi reproduzida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. O Palácio do Planalto não respondeu, até o momento, quem foi o responsável pela divulgação do vídeo nem quem o produziu. O único a se manifestar sobre o assunto foi o vice-presidente Hamilton Mourão, que atribuiu a Jair Bolsonaro a divulgação do vídeo: "Decisão do presidente". Especializado em propaganda, Paulo Amaral mostra em seu perfil no Facebook vídeos de outros comerciais em que trabalhou. Um deles é sobre investimentos no Banco do Brasil gravado em 2011, no primeiro governo de Dilma Rousseff. Ele também protagonizou uma peça para o portal Mix Brasil contra a homofobia. Antes de ser proibido de falar, o ator disse ao jornal O Globo nessa segunda-feira (1º) que só ficou sabendo da divulgação do vídeo pró-golpe militar domingo à noite após receber uma ligação do filho e que, até então, não tinha a mínima da ideia do que seria feito com a gravação. No vídeo não há qualquer identificação do responsável pela leitura do texto, nem mesmo que se trata de um ator. "Um produtor me chamou, falou 'Paulo, eu preciso que você faça um texto pra mim, te pago tanto, você faz?'. Eu falei 'faço'. Mas morreu aí, não sei qual é a produtora, pra te dizer a verdade. Foi só isso. Não tinha nenhuma ideia. Só gravei. O rapaz arquivou e não falou se ia ser um comercial, não falou nada", afirmou Paulo ao jornal. No vídeo o ator diz que "houve um tempo" em que o "céu não tinha mais estrelas". "O Exército nos salvou. O Exército nos salvou. Não há como negar. E tudo isso aconteceu num dia comum de hoje, um 31 de março. Não dá para mudar a história", declara. Veja o vídeo: Em Israel, onde acompanha o presidente Bolsonaro em missão oficial, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse que o Planalto não vai comentar o vídeo. "Esse é um assunto que nós já caracterizamos como encerrado", afirmou. A oposição, no entanto, abriu várias frentes nessa segunda-feira para contestar a divulgação do vídeo, considerado uma apologia ao golpe militar. As bancadas do PT na Câmara e no Senado entraram com representações na Procuradoria-Geral da República, na Controladoria Geral da União (CGU) e na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão pedindo investigação sobre as circunstâncias da gravação e da divulgação do vídeo em defesa da ditadura militar. Os petistas também acionaram o Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro por ter compartilhado o vídeo em suas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro é defensor do regime militar. De acordo com o presidente, não houve ditadura nem golpe no Brasil. Ele também minimiza os casos de tortura, assassinato e desaparecimento de homens e mulheres no período, que se estendeu de 1964 a 1985. Estima-se que quase 500 brasileiros foram mortos durante a ditadura por discordarem do regime. Desde seu primeiro mandato como deputado federal, iniciado em 1991, Jair Bolsonaro coleciona frases e atos em defesa dos governos militares. Agora na Presidência, Bolsonaro recolocou o debate em pauta ao orientar as Forças Armadas a fazerem "as devidas comemorações" à tomada do poder em 31 de março de 1964, data que completou 55 anos no último domingo. Diante da repercussão negativa da sugestão, o governo passou a falar em "rememoração". O episódio suscitou manifestações em várias partes do país contra o golpe.
>> Oposição vai à Procuradoria-Geral da República contra vídeo divulgado pelo Planalto que defende a ditadura
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