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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Patrícia Cagni
11/11/2016 | Atualizado às 17:15
[caption id="attachment_271025" align="aligncenter" width="614" caption="Ex-presidente diz que jamais recebeu vantagens indevidas e contesta reportagem"]
[fotografo]Douglas Magno/AFP[/fotografo][/caption]
Reportagem de capa da revista IstoÉ desta semana afirma que o empreiteiro Marcelo Odebrecht contou, em um dos 300 anexos da delação premiada do grupo, que entregou dinheiro em espécie ao ex-presidente Lula. De acordo com a revista, os valores fazem parte dos R$ 8 milhões destinados em propina ao petista entre 2012 e 2013, quando Lula não ocupava mais o Palácio do Planalto. Ainda segundo a publicação, o montante saiu do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, mais conhecido como "departamento de propina da empreiteira". A defesa do petista classificou a reportagem como "grosseira mentira" e disse que o ex-presidente jamais pediu ou recebeu recursos indevidos.
Conforme IstoÉ, outros delatores da Odebrecht citaram Lula como beneficiário do esquema de corrupção, como o pai do empresário, Emílio Odebrecht, o ex-executivo da empresa Alexandrino Alencar e o diretor de América Latina e Angola, Luiz Antônio Mameri. "Fazem parte do pacote de depoimentos relatos sobre uma troca de mensagens eletrônicas entre Mameri e Marcelo Odebrecht. Nessas conversas fica clara a participação de Lula para a aprovação de projetos da empreiteira no BNDES. Em seu depoimento, o diretor confirmou as mensagens e disse que as influências de Lula e do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, hoje preso, foram decisivas", diz a publicação.
Assim que a matéria foi publicada no site da revista, a assessoria de imprensa do ex-presidente divulgou nota afirmando que os advogados de Lula tomarão "as medidas judiciais cabíveis contra os proprietários da revista IstoÉ e os autores de sua capa desta semana". A assessoria também alega que não foi procurada pela revista para comentar a denúncia contra Lula.
"O ex-presidente Lula jamais recebeu ou pediu, nem direta nem indiretamente, valores ilícitos, seja da empresa citada pela revista ou por qualquer outra. [...] Como tem ocorrido com frequência, a revista faz escândalo sem observar os mínimos critérios jornalísticos. Não menciona suas supostas fontes, não cita testemunhos, não faz referência a documentos. Não explica sequer o enunciado da capa: quem teria pago quanto, a quem, quando, como e onde. Traz apenas um enunciado vago e falso, atribuído a uma suposta delação que estaria sob sigilo, algo impossível de ser checado jornalisticamente", ressalta a nota.
As negociações duraram cerca de nove meses até os advogados da Odebrecht chegarem a um entendimento com a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a colaboração dos 52 executivos da empreiteira com a Operação Lava Jato. Considerada a maior delação do mundo, o acordo inclui depoimentos de 50 executivos e mais 32 colaboradores e 300 anexos que citam políticos de diversos partidos. O caso envolve 50 advogados e R$ 6 bilhões em multa no acordo de leniência. De acordo com a revista, aproximadamente 100 parlamentares e 20 governadores e ex-governadores são delatados.
Abaixo, a íntegra da nota divulgada pela assessoria do ex-presidente Lula:
"A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está tomando as medidas judiciais cabíveis contra os proprietários da revista IstoÉ e os autores de sua capa desta semana, que é mais uma grosseira mentira contra o ex-presidente.
O ex-presidente Lula jamais recebeu ou pediu, nem direta nem indiretamente, valores ilícitos, seja da empresa citada pela revista ou por qualquer outra. A má-fé da revista é tão evidente que os autores sequer procuraram a defesa ou a assessoria do ex-presidente antes de publicar a mentira.
Como tem ocorrido com frequência, a revista faz escândalo sem observar os mínimos critérios jornalísticos. Não menciona suas supostas fontes, não cita testemunhos, não faz referência a documentos. Não explica sequer o enunciado da capa: quem teria pago quanto, a quem, quando, como e onde. Traz apenas um enunciado vago e falso, atribuído a uma suposta delação que estaria sob sigilo, algo impossível de ser checado jornalisticamente.
IstoÉ é uma publicação sem credibilidade, conhecida no mercado editorial pela venalidade e pela desfaçatez com que vende reportagens, capas e até editoriais, aos mais diversos "clientes". Confiamos na Justiça para deter a delinquência dessa publicação, típica da imprensa marrom.
Assessoria de Imprensa de Lula"
Leia também:
Marcelo Odebrecht e mais 50 funcionários do grupo fecham delação premiada
Leia a íntegra da matéria divulgada pela IstoÉ
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