Gabriela Prioli, da CNN, sofre ameaças após chacota de Bolsonaro

Em suas redes sociais, a apresentadora Gabriela Prioli, do programa de TV "O Grande Debate", da CNN, afirma ter sofrido ameaças desde que o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou em seu Instagram um comentário fazendo chacota de uma entrevista dada por ela à Veja. De acordo com ela, Bolsonaro sabia que sua publicação resultaria nesse resultado, e é parte de sua dificuldade em lidar com mulheres. O post em questão, divulgado na quinta-feira (1º), era uma captura de tela da manchete da Veja, onde ela afirmou que não receberia Bolsonaro em seu programa. Junto a isso, o presidente comentou: "Tabajara Futebol Clube diz porque não quer Neymar em seu time". Em seguida, Prioli afirma ter recebido centenas de ameaças em suas redes sociais, mas que isso não a intimida. Ela afirma que as ameaças direcionadas para ela eram parte de um resultado orquestrado pelo presidente. "Seu propósito é um só, e nós conhecemos bem qual é: ele quer coordenar a sua militância em um ataque violento contra mim. (...) Ele sabia que isso aconteceria, esse era o objetivo dele. Mas isso não me intimida, apenas reforça a minha convicção de que o presidente faz parte do que existe de pior na humanidade". Gabriela Prioli é crítica do governo Bolsonaro, e faz análises sobre o cenário eleitoral para 2022. No vídeo onde conta sobre as ameaças, aproveitou a oportunidade para relembrar que as ameaças chegaram justamente em um momento onde sua campanha se esforça para conseguir aceitação no eleitorado feminino. "O problema é que as mulheres do Brasil sabem exatamente quem é o Bolsonaro: um homem violento, agressivo, machista (...) O ódio de Bolsonaro às mulheres é tão forte que ele não consegue manter isso consigo. Das 100 últimas imagens em seu perfil do Instagram, só duas têm imagens de mulheres. As duas foram imagens de ataques", apontou. Na sequência, o ex-presidente Lula (PT), rival de Bolsonaro e seu concorrente nas eleições, se pronunciou no Instagram em defesa da apresentadora. "Minha solidariedade com a Gabriela Prioli. Não é possível termos um presidente que constantemente ofende mulheres e agride pessoas para aparecer, que não sabe conviver com ideias diferentes ou respeitar as mulheres", declarou.