Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Pobreza
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Júlia Schiaffarino
7/1/2022 | Atualizado às 15:26
"Até 2019 havia atrasos, mas o que não vinha num ano chegava no outro via restos a pagar. Com essas reduções, além de comprometer os serviços, é impossível ampliar as metas de atendimento por pessoa. Acontece que as metas que temos hoje foram pactuadas 2015 e, desde então, não houve nenhuma ampliação de estrutura, apesar de todo aumento de pobreza", acrescentou.
Dados do IBGE indicam que durante o primeiro ano da pandemia 12 milhões de brasileiros viviam em condições de extrema pobreza, isto é, com menos de R$ 162 mensais. Em um cenário simulado com a ausência de programas sociais de mitigação da crise, como os benefícios sociais, este número chegaria aos 27,3 milhões de pessoas.
Deputado Danilo Cabral é autor da PEC que estabelece um repasse mínimo constitucional para o SUAS. Foto: Câmara dos Deputados[/caption]
Conforme o texto, pelo menos 1% da receita corrente líquida (RCL) deve ser aplicada no União no Sistema Único de Assistência Social. Para isso haveria uma regra de transição, com o aporte de 0,5% da RCL nos dois primeiros anos.
"A proporção de pessoas em situação de pobreza - com até R$ 450 mensais - atingiu 34 milhões e o desemprego 15 milhões de brasileiros. O SUAS é central na articulação e implementação de políticas sociais para o combate à pobreza e exclusão justamente deste grupo", comentou o deputado Danilo Cabral.
"Em 2014, o montante de recursos para o financiamento do SUAS, atualizado pelo IPCA, foi de R$ 3,4 bilhões. Na PLOA 2022, apenas R$ 1 bilhão. Ter uma fonte permanente de financiamento para o SUAS é importante para que ele não esteja subordinado a vontade do governante de plantão", acrescentou o deputado que tem articulado o texto junto a bancadas e instituições representantes da assistência social.
O deputado André Figueiredo comenta que a expectativa é de que a matéria entre na pauta em fevereiro ou março. Ele observa, porém, que ainda está pendente a construção de um consenso uma vez que o governo orientou contra a PEC durante os debates na comissão.
"O Ministério da Cidadania fez pedidos de ajustes e nós acatamos. Mas, de última hora o Ministério da Economia disse que não aceitava por conta da vinculação do repasse. Daí o governo votou contra na comissão", disse. "O nosso problema é que o sistema de assistência social está completamente sucateado".
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Cidadania, responsável pelo SUAS, questionando os cortes, impactos e caminhos para solucionar a questão, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.
> Governo deve apostar em pauta de costume para falar com eleitorado, avaliar líder
> "Cheque em branco" inviabiliza fiscalização de gastos com combustíveis
Temas
LEIA MAIS
SEGURANÇA PÚBLICA
Crise no Rio reforça necessidade da PEC da Segurança, diz relator
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos
Relações exteriores
Senado dos EUA aprova projeto que derruba tarifa contra o Brasil
TENTATIVA DE GOLPE
Entenda em 10 pontos o recurso de Bolsonaro contra a condenação no STF