O Brasil que eu defendo: equilíbrio, resultados e compromisso com os municípios

Vivemos tempos de extremos. De um lado e de outro, assistimos à tentativa de transformar a política em trincheira ideológica, quando, na verdade, ela deveria ser o espaço da construção de soluções concretas para melhorar a vida das pessoas. Foi com essa convicção que assumi meu mandato na Câmara dos Deputados e é assim que venho pautando cada voto, cada posicionamento: em defesa do Brasil, dos brasileiros e dos municípios.

Nos últimos meses, tive a oportunidade de mostrar essa coerência em votações decisivas. Votei a favor da Tarifa Social de Energia e de Água, do Mais Médicos, do Desenrola dos Servidores, do Minha Casa, Minha Vida, da Anistia como instrumento de pacificação nacional e também da prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. Além disso, deixo claro: quando for a votação da proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, também estarei ao lado do povo, votando sim.

Do mesmo modo, tive coragem de dizer não àquilo que considero retrocesso ou privilégio. Votei contra a PEC da Blindagem, que busca aumentar a proteção judicial de parlamentares e reforçar seus privilégios. Um verdadeiro absurdo, num país onde a população clama por mais justiça e transparência. Também me posicionei contra o aumento do IOF, que pesaria no bolso da população, e contra o projeto de lei que restringiria o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Meu compromisso é claro: estar sempre ao lado do povo.

Essa coerência não nasceu em Brasília. É fruto de uma trajetória que começou em Viana, onde fui prefeito por dois mandatos. Encontrei uma cidade endividada, com obras paralisadas e serviços públicos fragilizados. Com muito trabalho e planejamento, conseguimos transformar esse cenário. A experiência foi registrada no livro Gestão Pública Voltada para Resultados onde mostramos como a administração pública pode ter metas, indicadores e foco em eficiência.

Também sou autor da obra Captação de Recursos Públicos, Gestão e Compliance, que será lançada no final de outubro. São anos ajudando prefeitos e gestores municipais a elaborarem projetos, acessarem recursos federais e garantirem transparência na aplicação dos recursos. Nosso objetivo foi oferecer, de forma inédita no Brasil, um guia para que os municípios não fiquem à margem das oportunidades de financiamento, transformando boas ideias em obras e serviços para a população.

Foram essas experiências práticas e com bastante conhecimento técnico que me levaram a ser reconhecido como uma das vozes mais ativas no Congresso em defesa do municipalismo e das pautas de prevenção de riscos e desastres. Precisamos de planejamento, mapeamento das áreas de risco, investimento em contenções e drenagem e de articulação federativa.

Tenho a firme convicção de que o Brasil não precisa de mais extremismo. Precisa de equilíbrio, diálogo e resultados. Precisa de parlamentares que tenham coragem de votar pensando no país e não em conveniências partidárias.

E é com esse espírito que sigo no meu mandato: com os pés fincados nos municípios, onde a vida acontece, e com o coração voltado para o que me move: a certeza de que a política só vale a pena se for para mudar a vida das pessoas.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].