Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
sexta-feira, 4 de julho de 2025
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Artigos >
  3. Desoneração da folha: a saúde é novamente esquecida | Congresso em Foco

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

impostos

Desoneração da folha: a saúde é novamente esquecida

Marcio Bosio

Marcio Bosio

3/12/2021 | Atualizado 10/12/2021 às 18:46

A-A+
COMPARTILHE ESTE ARTIGO

Foto: Pablo Valadares/Ag. Câmara

Foto: Pablo Valadares/Ag. Câmara
A Câmara dos Deputados aprovou a continuidade da desoneração da folha de pagamentos até o final de 2023. Trata-se de um excelente programa de apoio à manutenção de empregos e poderia ser ainda mais especial se fosse também utilizado para geração de tecnologia, principalmente para saúde. Desde o início da pandemia do coronavírus, em 2020, o segmento tem se reinventado para atender a demanda da população brasileira. Mesmo lutando contra um cenário totalmente desfavorável, com o câmbio imprevisível, desequilíbrio tributário e o custo Brasil nas alturas, o setor conseguiu entregar o que o país precisava no momento mais crítico: quando os maiores exportadores fecharam seus mercados e deixaram o resto do mundo à deriva. Nas próximas semanas, o Senado Federal irá debater o Projeto de Lei nº 2541/21, que prevê a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores até 2023. Entre os segmentos beneficiados estão as comunicações; construção civil; couro; calçados; call centers; indústria têxtil; fabricação de veículos; proteína animal; máquinas e equipamentos; tecnologia da informação; transporte rodoviário coletivo; de cargas e transporte metroferroviário de passageiros. O setor de saúde não consta e, desde 2018, nem se cogita inclui-lo entre os contemplados com a medida. Por isso, causa estranheza e perplexidade que, quando se busca alavancar a atividade econômica e incentivar a criação de empregos, novamente, a saúde esteja sendo esquecida pelas autoridades. A lição de 2020 - de que, nos momentos estratégicos, ter tecnologia própria e capacidade produtiva é fundamental para qualquer país e que o setor de saúde é vital, - parece já ter sido esquecida pelas autoridades competentes. A sensação que fica é a que o executivo e o legislativo resolveram excluir a saúde de qualquer política de Estado, por não olharem os aprendizados recentes. Contudo, essa é uma postura completamente míope. Nos últimos 24 meses, a indústria brasileira de dispositivos médicos fez pesados investimentos para atender a demanda advinda da pandemia da covid-19. Primeiro, porque 2020 foi um ano atípico. Ou seja, enquanto algumas indústrias tiveram que investir para dar conta da demanda, outras ficaram com uma produtividade abaixo da média. Tivemos um desequilíbrio produtivo e setorial que não se enxerga quando se vê apenas os números totais de desempenho do setor. Cabe destacar que, neste período, muitos atendimentos ficaram represados; porém, nos próximos anos, serão realizados, pois as pessoas continuam doentes. Não bastasse todo esse desequilíbrio produtivo, a indústria nacional segue sofrendo com a política tributária, a qual tem privilegiado as importações em detrimento a quem produz dentro do Brasil. Considerando que a única medida governamental foi reduzir o imposto de importação, o resultado prático das portarias GECEX nº 269 e nº 273 de 2021 é a geração de empregos na China. Aplaudimos o fato de o programa da desoneração da folha ter a possibilidade de continuidade, no entanto, é necessário que ele seja ampliado, sobretudo para setores estratégicos como é o caso da saúde. O segmento de dispositivos médicos, ao longo de toda a pandemia, não mediu esforços para atender à demanda imediata e realizou a maior reconversão produtiva de sua história. Assim, luvas máscaras e respiradores foram produzidos em escala nunca vista, fruto desses investimentos. Mas agora, o setor precisa de apoio para garantir a manutenção dos esforços produtivos. O segmento sofre com um cenário fiscal de incertezas econômicas, déficits produtivos e concorrência desleal dos importados. A indústria brasileira de saúde está na UTI e, ao não ser inclusa na desoneração da folha de pagamento, as autoridades brasileiras contribuem de maneira direta para a piora do paciente. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

economia desoneração desoneração da folha de pagamento Fórum Opinião desoneração da folha PL 2541/2021 Márcio Bosio

Temas

Congresso
ARTIGOS MAIS LIDOS
1

João Cauby

O triunfo da morte na guerra do Oriente Médio

2

James Görgen

Afetos artificiais e publicidade opaca nas eleições 2026

3

Marcela Padilha

Dia do Hospital: um olhar para o futuro da assistência hospitalar

4

Rosana Valle

O governo Lula, o IOF e a judicialização da derrota no STF

5

Eduardo Vasconcelos

Importância do currículo escolar para a melhoria educacional no Brasil

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES

[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER_VAST", "exhibitionresource": "ARTIGO_LEITURA", "context": "{\"positioncode\":\"VAST_Leitura_Artigos\"}" }