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O sopro da democracia vem com Lula, Orsi, Petro e Boric

"Brasil, Uruguai, Chile e Colômbia são hoje as democracias mais estáveis da América do Sul", escrevem Dirceu e Genro.

José Dirceu

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Tarso Genro

Tarso Genro

18/3/2025 | Atualizado 19/3/2025 às 16:30

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Artigo escrito em parceria com Tarso Genro, ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul

O futuro da América do Sul, sempre indeterminado pelas idas e vindas democráticas e ditatoriais, se agita como cavalos antes do temporal. A maior democracia do mundo agora vem exibindo sua política real, em relação aos pobres do mundo: expulsa os seus estranhos e bloqueia os produtos dos seus países originário, nas mesmas fronteiras que os repelem, tanto os acalentados pelo suor da terra, como os que vem das suas fábricas c ada vez mais improváveis.

Orsi, Petro, Lula e Boric durante posse do presidente uruguaio

Orsi, Petro, Lula e Boric durante posse do presidente uruguaioRicardo Stuckert/PR

Dia 28 de fevereiro, em Montevidéu, precedendo a posse do professor Yamandu Orsi na Presidência da República no dia 1º de março, o Instituto Novos Paradigmas e seus parceiros Fundação Siembra, Fundação Liber Seregni e Fundação Chile 21 - além de outras instituições apoiadoras - promoveram um Colóquio sobre a questão democrática na América Latina.

Lideranças partidárias, integrantes e ex-integrantes de governos do Brasil, do Uruguai e do Chile discutiram a questão democrática, nas suas diferentes perspectivas nacionais. A primeira mesa de trabalho teve a palavra de quatro integrantes do primeiro escalão da Frente Ampla, presentes no governo Orsi. Falaram Carolina Cosse, vice-presidente do Uruguai, o presidente da Câmara de Deputados Sebastian Valdomir, o secretário da Presidência Alejandro Sanchez - equivalente aqui ao chefe da Casa Civil - bem como a ex-senadora Monica Xavier, diretora do Instituto Nacional das Mulheres no atual governo uruguaio.

Os signatários do presente artigo destacam três temas nas intervenções que se sucederam até o fim do dia, que dizem respeito diretamente ao Brasil: o atraso nos preparos nacionais para o enfrentamento da crise climática, já como decorrência direta do mandato de Trump; o agravamento da crise de segurança pública no continente, vinculado ao descontrole soberano do território nacional; e o domínio das plataformas, na formação da opinião política, favorecedor da monetização do ódio em escala global. A magnífica resistência da presidenta Claúdia Scheinbaum, no México, e do presidente Petro, na Colômbia, é inspiradora para toda a América Latina.

A segurança pública é uma primeira problemática, que se deslocou das relações urbanas de vizinhança nas grandes regiões metropolitanas do continente, para uma relação - global e local - reestruturada pela instantaneidade da transmissão de sinais e dados, que frutificam ocupações territoriais pelo crime organizado. As plataformas são a segunda problemática, pois já não pretendem mais apenas servir-se do Estado, mas ser o Estado, conectado com a emissão de moedas privadas e informações ao gosto dos seus serviços. E a crise climática, como terceiro problema, que já é a degradação ambiental que pode ter chegado a um ponto de não retorno.

Brasil, Uruguai e Chile, com suas particularidades (mais a Colômbia em pacificação) são hoje as democracias mais estáveis da América do Sul, que tem uma enorme responsabilidade sobre o que acontecerá com o continente daqui para diante. O espaço geopolítico dos países mais populosos e industrialmente avançados Brasil e Argentina está assediado diretamente por duas experiencias cruéis: uma (a da Argentina) já no curso da sua degradação política total, com a extinção em andamento dos seus protocolos de democracia liberal; outra (a do Brasil) ainda atravessado por uma tortuosa superação recente.

Que num futuro próximo, nos EUA, Lincoln vença Trump e que Lula, Orsi, Petro e Boric, deem-se as mãos para frear o mais forte surto colonial-imperial que veio do Norte, após a Guerra do Vietnam. Para mostrarmos ao mundo que a integração com soberania política e a democracia com justiça social sobrevivem para figurar na História como valor universal, capaz de bloquear o retorno do fascismo e das políticas de ódio, que ele expele por todos os poros.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]

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Gabriel Boric josé dirceu Tarso Genro Lula democracia
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