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PEC do Fim da Reeleição: dilemas e desafios à governança

A possibilidade de reeleição para cargos no Executivo favorece quem já está no poder, facilitando o uso da máquina pública para fins eleitorais.

Coletivo Legis-Ativo

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Joyce Luz

Joyce Luz

11/5/2025 | Atualizado às 15:55

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A proposta de emenda à Constituição (PEC) 12/2022, atualmente em discussão no Senado Federal, propõe reformulações profundas no sistema político brasileiro. Seu escopo inclui o fim da reeleição para cargos do Executivo presidente, governadores e prefeitos , a ampliação dos mandatos e a unificação das eleições a partir de 2034. Embora a proposta busque responder a demandas por maior equidade no processo eleitoral e racionalização institucional, ela suscita tanto expectativas positivas quanto importantes críticas.

Senador Marcelo Castro, relator da PEC do fim da reeleição

Senador Marcelo Castro, relator da PEC do fim da reeleiçãoEdilson Rodrigues/Agência Senado

Entre os argumentos favoráveis, o fim da reeleição é visto como um passo importante para reduzir distorções no jogo democrático. A possibilidade de reeleição para cargos no Executivo favorece quem já está no poder, facilitando o uso da máquina pública para fins eleitorais e gerando desequilíbrios nas disputas. Ao eliminar essa prerrogativa, a PEC tende a garantir maior isonomia nas competições e estimular a alternância no poder, considerada saudável para a vitalidade democrática.

Outro mérito reside na unificação das eleições, que pode reduzir custos e racionalizar o processo eleitoral. Eleitores e instituições seriam poupados de campanhas constantes, enquanto o debate público poderia ser concentrado em ciclos mais definidos e abrangentes. Isso também poderia fortalecer os partidos políticos, exigindo propostas mais integradas e articuladas em todos os níveis da federação.

Apesar desses potenciais avanços, a proposta carrega riscos e dilemas significativos. O mais evidente refere-se à ampliação dos mandatos. Mandatos mais longos cinco anos para prefeitos, governadores e presidente, e dez anos para senadores sem a possibilidade de reeleição, podem enfraquecer a accountability. O eleitor terá menos oportunidades de premiar ou punir gestores públicos de acordo com seu desempenho, o que pode desestimular a responsividade política.

Além disso, há um argumento de ordem prática frequentemente negligenciado nos debates sobre reeleição: a dificuldade de implementação de políticas públicas de médio e longo prazo em ciclos de governo limitados e não renováveis.

Sem a perspectiva de um segundo mandato, prefeitos podem perder incentivos para adotar políticas estruturantes, cujos resultados extrapolam o curto prazo e cujo reconhecimento eleitoral não poderá mais ser convertido em continuidade no poder. Isso pode favorecer gestões orientadas para medidas imediatistas e de alto impacto simbólico, em detrimento de projetos mais robustos e transformadores.

Por fim, a proposta de unificação das eleições também suscita críticas. A concentração de todas as disputas no mesmo calendário pode sufocar o debate sobre temas locais, relegando pautas municipais a segundo plano diante da força das campanhas nacionais. Isso tende a favorecer grandes partidos e candidatos mais conhecidos, aumentando a centralização política e limitando a diversidade de lideranças.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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